As inlicenciaturas estão novamente na agenda. Um currículo "bem feito", é apenas um meio para atingir um fim: um iceberg de privilégios a que se julgam com direito.
Não havia necessidade! Nada disso é necessário para ir para o governo. Nem licenciatura. Nem mérito. Nem responsabilidade. Nem ética. Ou se têm ou não se adquirem por um "currículo à maneira".
Em 05/07/12, quando se discutia e se comparava a trapalhada da licenciatura de Sócrates com a trapalhada da licenciatura de Relvas, coloquei aqui este texto d' As farpas* sobre "os privilégios que a chamada carreira política permite àqueles que a seguem".
Ontem como hoje, só mudaram as ostras...Não havia necessidade! Nada disso é necessário para ir para o governo. Nem licenciatura. Nem mérito. Nem responsabilidade. Nem ética. Ou se têm ou não se adquirem por um "currículo à maneira".
Em 05/07/12, quando se discutia e se comparava a trapalhada da licenciatura de Sócrates com a trapalhada da licenciatura de Relvas, coloquei aqui este texto d' As farpas* sobre "os privilégios que a chamada carreira política permite àqueles que a seguem".
"Entre os privilégios que ainda existem em
Portugal – e que seria bom que acabassem, uma vez que o país, como bem
manifestou ainda a última questão das ostras*, começa a odiar todo o
privilégio - contam-se em primeira linha os privilégios que a chamada
carreira política permite àqueles que a seguem.
Para servir tais privilégios, a opinião pública obteve meios de dividir uma coisa essencialmente indivisível e una –a probidade – em probidade política e probidade individual.
Uma vez admitida esta casuística um tanto imoral, o indivíduo considera-se irresponsável perante a sociedade por todas as ignomínias, por todas as baixezas, por todas as infâmias que comete na política. É vulgar dizer-se: “Velhaquíssimo em política, mas de resto um perfeito cavalheiro!”
Ora nós não queremos defender o privilégio para a engorda da ostra. Notamos só que a política assim considerada fica sendo igualmente - uma ostreira de tratantes."
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*Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão (Coord. M. Filomena Mónica), As Farpas, Principia, pags. 157 e 158.
**Refere-se ao marquês de Nisa que teve o monopólio da cultura das ostras, em viveiro, ao longo de parte da costa portuguesa.
Para servir tais privilégios, a opinião pública obteve meios de dividir uma coisa essencialmente indivisível e una –a probidade – em probidade política e probidade individual.
Uma vez admitida esta casuística um tanto imoral, o indivíduo considera-se irresponsável perante a sociedade por todas as ignomínias, por todas as baixezas, por todas as infâmias que comete na política. É vulgar dizer-se: “Velhaquíssimo em política, mas de resto um perfeito cavalheiro!”
Ora nós não queremos defender o privilégio para a engorda da ostra. Notamos só que a política assim considerada fica sendo igualmente - uma ostreira de tratantes."
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*Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão (Coord. M. Filomena Mónica), As Farpas, Principia, pags. 157 e 158.
**Refere-se ao marquês de Nisa que teve o monopólio da cultura das ostras, em viveiro, ao longo de parte da costa portuguesa.
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