11/06/25
01/06/25
Os anjos vão dormir...
Os anjos vão dormir...Os anjos vão dormir: a noite caimas libertam os astros para desvendaremo que apaixona os homens sobre a terra,que gritos soltam estes, como fazem guerrase criam desencontros de hora a horae se atropelam sem real razão.Pena que a escuridão seja tão longa,que o reinado de estrelas não dissipeo negro tenebroso da maldade:o breu a consumir cabal alívioou confiança no florescimento.Como saber se os anjos quand' auroravirão, calmos de sono, despertar-nos ?
António Salvado, Repor a luz
04/05/25
Para todas as mães
Não, pessoal, vocês não têm!
...
24/03/25
Chuva... Chuva...
R. Strauss - Sinfonia Alpina
Preludio - Gota d´água - Chopin
Young People's Chorus of New York City/USA: Três Cantos Nativos dos Índios Kraó, EJCF Basel 2014
17/03/25
O bom da partida é o regresso
Io mi sento morire
Partir vorrei ogn' hor, ogni momento:
Tant' il piacer ch'io sento
De la vita ch'acquisto nel ritorno:
Et cosi mill' e mille volt' il giorno
Partir da voi vorrei:
Tanto son dolci gli ritorni miei
16/03/25
Camilo - 200 anos do nascimento
12/02/25
A cultura portuguesa - Os melhores dos melhores
Crítica feita sobretudo de humor. Rir das nossas virtudes e defeitos é um bom princípio para sabermos situar-nos no mundo em que vivemos, e não nos tornarmos insuportáveis para os que nos estão próximos...
Ser melhor significa também que se pode ser crítico com total liberdade, sem medo de ser incomodado pelos censores estatais ou informais ou pelos agentes do cancelamento...
Algumas das nossas “elites” não têm esta capacidade. Como, p.ex., o despautério de uma esquerda globalista que diz os maiores disparates, sem se rir, da cultura portuguesa.
Felizmente, temos outras vanguardas em que só os melhores têm esta capacidade crítica. De Gil Vicente a Eça de Queirós, de Eduardo Lourenço a Miguel Esteves Cardoso.
Um Alípio Abranhos do séc. XX pode passar pela Câmara Municipal, Governo ou Parlamento. Temos vindo a divertir-nos com episódios dos passantes por esses sítios de poder sem qualquer noção do sentido de estado ou do ridículo...
As “Aventuras” de Miguel Esteves Cardoso – (1ª parte - As minhas aventuras na República Portuguesa", Independente Demente) mostram como os portugueses têm humor suficiente para se verem ao espelho e serem capazes de sorrir de si próprios e em especial dos políticos que os governam.
Por exemplo, a “Aventura do sofrer” (p. 42): “Em Portugal sofre-se muito. Eu sofri muito. Tu já sofreste muito. Só Deus sabe o que ele já sofreu. De resto, sofre-se muito neste país. O próprio país sofre. Sofre só por si com ponto final. E sofre coisas exteriores a si. Sofre de dúvidas. Sofre quedas. De escadotes. De cabelos. Sofre alterações. Sofre cataclismo. Sofre de sucessivas. Sofre de chofre.
Esta afirmação sofre de contra-argumentação.”...
Até para a semana.

08/02/25
A cultura portuguesa
- O Português é sobretudo profundamente humano, sensível, amoroso e bondoso, sem ser fraco. Não gosta de fazer sofrer e evita conflitos, mas, ferido no seu orgulho pode ser violento e cruel.
- A capacidade de adaptação é uma das constantes de alguma portuguesa. “o português adapta-se a climas, profissões, a culturas, idiomas e a gente de maneira verdadeiramente excecional”...
- “Outra constante da cultura portuguesa é o profundo sentimento humano, que assenta no temperamento afectivo, amoroso e bondoso. Para o português o coração é a medida de todas as coisas.”
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(1) Reacção de uma eurodeputada, Ana Catarina Mendes (do PS), à posição do líder do seu partido, Pedro Nuno Santos, que, num momento de lucidez, referiu que deve haver adaptação dos imigrantes à cultura do país que os acolhe (aculturação).
(2) Para Vargas Llosa, a cultura estabeleceu sempre categorias sociais entre aqueles que a cultivavam e aqueles que a desprezavam ou ignoravam ou dela eram excluídas por razões sociais e económicas. Em todas as épocas havia pessoas cultas e incultas e entre os dois extremos pessoas mais ou menos cultas ou pessoas mais ou menos incultas. Mas no nosso tempo tudo isso mudou, toda a gente é culta, e há uma cultura para todos os disparates...
E isto já é outra coisa!
(3) Alguns trabalhos, mais eruditos ou mais populares, sobre a cultura portuguesa que têm passado nos media, como, por exemplo: "O Tempo e a Alma", com José Hermano Saraiva; "Visita Guiada", com Paula Moura Pinheiro; "Primeira Pessoa", com Fátima Campos Ferreira; "Terra Nossa", com César Mourão, "A nossa cultura" - Observador; "Portugal fenomenal", com Tiago Góes Ferreira... mostram algumas das várias vertentes de abordagem da cultura portuguesa.
22/01/25
Percepção e Realidade
15/01/25
Ideias que curam
Procuramos a felicidade. Tudo o que fazemos na nossa vida são meios para atingir a felicidade e o bem-estar.
No entanto, a experiência da tristeza e de outras emoções negativas fazem parte desta procura. Ela é mais marcante em datas e momentos especiais em que tudo o que acontece merece uma maior valorização: as festas, as datas comemorativas, os dias de aniversário são acompanhados de tristeza, exactamente porque neles nos recordamos dos ausentes. (Reacções de aniversário)
Há momentos, como o Natal, tempo de amor e de paz, em que essas memórias são particularmente dolorosas, como as expectativas não concretizadas de uma reunião familiar, como foi o caso este ano, devido às guerras, à falta de saúde, à gripe e outros vírus, à solidão da velhice e tantas ausências que nos fazem sentir ainda mais a fragilidade do nosso bem-estar.
Para além dos comprimidos e xaropes prescritos para contrariar a maldita gripe, se houver vontade, que falta muito quando estamos doentes, podemos encontrar lenitivo na prática que ajuda a superar pensamentos, sentimentos e emoções negativas e desajustadas.
O filósofo William B. Irvine (referido por Marianna Pogosyan, "5 Ancient Ideas That Can Help You Flourish Today", Psychology Today ) recorda-nos algumas “ideias antigas” que podem ajudar o nosso bem-estar.
1. Visualização negativa de gratidão.
Face ao sofrimento, por mais sombrio que possa parecer, podemos usar a “visualização negativa para despertar um profundo apreço pela vida”, como faziam os filósofos estóicos.
Afinal, há tantas pessoas em situações piores do que as nossas que, só por isso, já vale a pena estarmos felizes.
2. Enquadramento para reduzir emoções negativas.
Como nas molduras das pinturas ou fotografias, “as molduras psicológicas que pomos à volta dos acontecimentos da vida podem influenciar as nossas reações emocionais .” Ou seja, o sofrimento devido a algo externo não se deve “ à coisa em si, mas à avaliação que fazemos dela; e isso podemos terminar a qualquer momento.” Podemos experimentar diferentes molduras para vermos perspectivas diferentes, podemos até reagir com humor...
3. A meditação da “última vez”.
Haverá sempre uma última vez para tudo o que fazemos. Pode ser apenas um momento de recordar como fomos felizes ou pensar que a felicidade está a acontecer agora e aproveitar o tempo para amarmos ainda mais quem merece o nosso amor. E, afinal, ainda podemos ir além do que estava previsto (última vez+1).
4. Conhecer tudo para cultivar o prazer.
Podemos tornar-nos conhecedores de arte, música, natureza, culinária... Porque ao sermos conhecedores do mundo em que vivemos, podemos aproveitar plenamente as nossas vidas e perceber que vivemos num “jardim prazeroso”.
5. Meditação antes de dormir.
Na hora de dormir podemos avaliar os nossos comportamentos e atitudes durante o dia para termos mais autoconsciência: se fui gentil, fui curioso, fiquei chateado por algo insignificante, se fui capaz de manter a calma face aos contratempos, ou se experimentei alegria e prazer.
Em resumo, perante as adversidades e contrariedades da vida, falhas de expectativas e mudanças de planos, temos várias prescrições de terapias, a nível da saúde e também a nível psico-social, que nos podem ajudar a remover essas pedras indesejadas do nosso caminho de bem-estar.
Até para a semana.
08/01/25
Eça e Offenbach
"Sim, Offenbach, com a tua mão espirituosa deste nesta burguesia oficial — uma bofetada? Não! Uma palmada na pança, ao alegre compasso dos cancans, numa gargalhada europeia.
Offenbach é uma filosofia cantada."
11/12/24
Um hino à alegria
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03/11/24
"Q"
25/10/24
Onde florescem os limões
17/10/24
Pedro e o lobo: a actualidade de Esopo
28/09/24
01/09/24
Hoje apetece-me ouvir
01/07/24
"Lembra-me um sonho lindo"
Fausto: O barco vai de saída, outra vez