30/11/12

Ultimatistas e boicotadores




Numa democracia, a liberdade de expressão é componente essencial e o contraditório faz parte do exercício da liberdade.
O politicamente correcto, o mainstream da política, é fazer ultimatos ao governo para que se demita. Todos os dias há mais um bem pensante comentador político e económico a exigir que o façam porque já não tem legitimidade.
O mesmo se passa com o presidente da república.
Exigem a marcação da agenda das instituições: quando falam não deviam falar quando não falam o silêncio é ensurdecedor.
Os bem pensantes comentadores políticos e económicos querem que Isabel Jonet diga o que eles pensam e que não diga as verdades que são sua opinião.
Os bem pensantes políticos e económicos não gostaram que Fernando Nobre tivesse direito, como qualquer homem livre, de se candidatar pelo PSD à Assembleia da República.
O mainstream exige o boicote ao Pingo Doce porque a empresa de Soares dos Santos mudou a sua sede social.
Debates tipo prós e prós confirmam, patrões e sindicatos em harmonia, que o pensamento único, é o que fica bem ao serviço público pago pelos contribuintes.
Ou então fazem-se cartas abertas.
É assim o exercício da liberdade.
Mas há um pormenor: os outros, discordantes, também devem poder expressar-se livremente, fazerem as opções políticas que quiserem, por quem quiserem.
E querem continuar a ajudar quem querem. É o que farei como sempre fiz.
Nos EUA, como se viu há pouco tempo, prós e contras, sabem que são mais quatro anos.

28/11/12

Sonho de ser organista

Órgão renascentista da Sé de Évora. Tirada daqui
Foi concretizado o sonho de ser organista de uma catedral. Antoine Sibertin-Blanc. Ouvi-o algumas vezes.

“La Coca”


"La Coca" é sobre o que está a pensar: “cinco décadas de história do tráfico entre o Minho e a Galiza. Negócios de cigarros, uísque, barras de ouro, gado, café e, mais recentemente, a droga."
É sobre o enriquecimento rápido que pelos vistos acontece sempre. Antes e depois do BPN.
E sobre aquilo em que não está a pensar a menos que leia o livro. "La Coca" refere-se a uma frase de Picasso. "La Coca" é o que precisamos de ter: cabeça. Para pensar.
Merece qualquer prémio.
Rentes de Carvalho vai receber em Castelo Branco, dia 28 de Novembro, o Grande Prémio de Literatura Biográfica – 2010/2011, pelo seu livro "Tempo Contado".

27/11/12

"O povo é quem mais ordena"


Esteja quem estiver no poder, compete-nos ter uma cidadania activa. Normalmente, essa cidadania é exercida através da participação em acções organizadas pela sociedade, em associações de solidariedade ou através da iniciativa individual e do espírito de entreajuda. De uma forma negativa através de acções críticas aos governos quer seja o governo do país quer seja o governo local, da câmara municipal, ou outros poderes. 
Queremos construir um mundo melhor e por isso temos que questionar: Por que chegámos aqui ? Deveríamos estar noutro patamar do desenvolvimento moral ? Podíamos viver num mundo melhor ? 
Por que não temos serviços de proximidade? Por que não há segurança? Por que morrem as pessoas em casa, sozinhas? Por que esperamos horas na consulta externa ?...
A realidade é que há recuos e avanços permanentes e regressamos a momentos que pensávamos já ultrapassados e que não seriam facilmente  imagináveis.
Este livro (orig. de 1994, tradução de 1996) de Benjamin Spock "trata da deterioração da sociedade contemporânea e daquilo que as pessoas empenhadas podem fazer para legar um mundo melhor a todas as crianças".
É, de algum modo, uma autobiografia onde o autor de "Meu filho, meu tesouro" fala da sua vida familiar, profissional e de cidadão. Como tal refere a sua intervenção social e politica.
É uma visão desiludida da política. O episódio que conta acerca das promessas dos políticos como, por ex., numa campanha eleitoral, ter apoiado um politico que era contra a guerra do Vietname e logo que eleito redobraram os ataques no terreno (pag. 28).
Foi candidato por um partido minúsculo, o partido popular, que obteve oitenta mil votos e o deixou muito satisfeito (pag. 30). Lembra-me a satisfação que tive quando M. L. Pintasilgo obteve 7,38 % dos votos nas eleições de Janeiro de 1986.
Mas Benjamin Spock, fala-nos também de esperança e diz que a política é fundamental para podermos viver num mundo melhor. Por isso, é necessário o exercício da cidadania e de uma cidadania activa.
O exercício da cidadania começa no voto. O voto não pode ficar para os outros sejam eles quem forem. Temos vindo assistir a um crescimento da abstenção que enfraquece a democracia representativa. Mas, ainda assim, 
Depois da tomada de posse dos órgãos eleitos, os cidadãos, individualmente e em grupo, devem vigiar o cumprimento das promessas e fazer pressão junto desses órgãos: escrever-lhes cartas e, se necessário organizar piquetes e manifestações. 
...Hoje em dia, os traficantes da política são muito mais sofisticados. Sabem que poucas pessoas estudam realmente as questões e compreendem as políticas seguidas pelos partidos e candidatos. Sabem que slogans sonantes e acusações enganadoras podem conquistar mais votos do que debates sérios sobre questões complexas...
A televisão, infelizmente, presta-se a meias-verdades ditas de forma fluente mas insincera mais do que à análise de problemas complexos...
Não admira que as vedetas televisivas sejam consideradas autoridades em todos os assuntos e que alguns deles troquem de carreira, enveredando por altos cargos políticos. 
Um mundo melhor necessita de uma cidadania activa.
Tão importantes como as campanhas para as legislativas são as eleições para as autarquias e para a gestão escolar. Os debates e o activismo político de base, a nível local, são vitais para um processo verdadeiramente democrático, pois os assuntos locais, ao serem persistentemente debatidos, depressa se fazem ouvir no cenário político global. O poder autárquico, ao sentir-se pressionado pela comunidade para a necessidade da existência de infantários públicos dirigir-se-á às instâncias superiores para solicitar orientação e apoios.
Tão importante como irem votar é o facto de os pais se manterem politicamente activos entre eleições. A sua opinião de cidadão pode ser dada a conhecer através de uma carta para o director do jornal local ou de telefonemas para um talk show com intervenções telefónicas em directo. Pode escrever cartas aos presidentes das câmaras, aos deputados, ao primeiro-ministro, ao presidente, não apenas uma vez mas sempre que se sinta particularmente irritado com uma situação. Pode frequentar encontros e debates públicos e levantar questões da assistência... (pag.179)
Mudar o mundo é tarefa política, é tarefa de cada um de nós. Mas um mundo melhor para os nossos filhos faz-se com melhores cidadãos. E essa  mudança para melhor é sempre não-violenta.

22/11/12

Sísifo visto por ...

Sisifo, de Tiziano Vecellio, 1548-1549
(Wikipedia)


... José Gomes Ferreira:
«Sísifo é a história da humanidade. Essa é a nossa condição humana... os deuses condenaram-nos a isso... O sistema financeiro criou em nós a ilusão que já não era preciso empurrar a pedra e passámos a viver de crédito... Sabemos que não é assim. Sabemos que temos que empurrar a pedra.»

«E foram mais seis meses de sacrifícios sem sentido para milhões de portugueses, o Sísifo empurrando a pedra eternamente, como punição infernal "por viver acima das suas posses".»

ou Vicente Jorge Silva, em 18-4-2011, mesmo antes deste governo o ser.

O Sísifo dos dias de hoje é a rotina: métro, boulot, dodo. A rotina, como Camus também refere: levantar-se, transporte, quatro horas de escritório ou fábrica, refeição, transporte, quatro horas de trabalho, refeição, sono, e segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, sempre tudo se repete.
As consequências do absurdo pode ser a revolta. Ou não. À medida que se perde um pouco da omnipotência tornamo-nos mais humanos, repetindo até ao fim do tempo esta rotina: empurrar a pedra todos os dias.


14/11/12

Simpatia: qualidade essencial do professor


Georges Mauco, em 1967 (edição portuguesa de 1968), pesquisou junto dos alunos a qualidade essencial do professor. A simpatia definida na tabela abaixo caracteriza o professor amado pelos alunos.
A lista define quase um adulto sem defeitos que é aquilo que se pede ao professor que seja.
A simpatia do professor é essencialmente a sua disponibilidade afectiva para com o aluno e, por isso, é muito mais do que um técnico competente que dá aulas. Foi sempre assim mas hoje, mais do que nunca, face aos problemas que os alunos apresentam na sala de aula, principalmente com perturbação do comportamento e de oposição, perturbação de hiperactividade com défice de atenção,  são necessários  professores com estas características. 


Professor simpático
Professor antipático
Firme, benevolente e confiante.
Amabilidade natural.
Gostando dos alunos.
Um grande camarada.
Calmo e amável.
Cordialidade, bondade, paciência.
Alegre e bom.
Nobre, discreto e correcto.
Procurava compreender os alunos.
Maternal e gostava de nós.
Gostava da sua aula e dos seus alunos.
Gostava de todos os alunos com «benevolência»,
Humana e dura (isto é, firme).
Justo, amável e confiante.
Simples e bom.
Delicada e amável.
Compreensivo e divertido.
Gostava dos alunos com autoridade.
Todos gostavam dele.
Encorajava com bondade.
Cordial e amável.
Primeiramente severo, punha depois à vontade.
Contacto directo e firme.
Autoridade pessoal, amado.
Firmeza e disciplina sem castigos.
Simples e bonacheirão.
Benevolente e afectuoso.
Delicado, amável e bondoso.
Temido e respeitado, mas amado.
Quase paternal.
Excelente coração.
Gostava dos seus alunos e respeitava-os.
Vivo e sensível.
Preocupava-se com os seus alunos.
Comunicativo, sociável, disciplina natural devido à personalidade do professor e ao seu juízo.
Alegre, sempre de humor constante, procurava interessar.
Nunca distante, podia-se-lhe falar.
Distante e vago.
Mole e sem entusiasmo.
Distante.
Glacial, exigente e julgando-se perseguido.
Pouco caloroso.
Duro e distante.
Autoritário e frio.
Colérico e com movimentos ridículos.
Injusto, não gostava de crianças.
Distante e altivo.
Nada de pessoal e humano.
Caprichoso, preguiçoso, sem autoridade.
Seco, minucioso, irónico.
Colérico, brutal, não se interessava, muito distante, frio.
Distante e trocista.
Muito distante e frio.
Brutal, sem qualquer esforço para compreender.
Afastado de todos os problemas (dos alunos).
Desconfiado, lunático.
Não se interessava pela aula.
Irregular, altivo ou demasiado familiar.
Procurava agradar, vexado quando não conseguia.
Não estimado, não obedecido.
Gritava muito, castigava injustamente.
Falta de tacto, frio, distante.
Gostava de meter medo.
Colérico e mau.
Muito distante e parecia ausente.
Orgulhosa e colérica.
Brutal e sem coração.
Estava como que ausente.
Não fazia trabalhar, não se interessava.
Desdenhosa, fria, dava as aulas
com indiferença.
Pouco justo nas sanções, parcial nas recompensas.    

11/11/12

Sistema de acompanhamento do progresso do aluno

Há necessidade de um instrumento de informação realista que permita gerir as expectativas e motivações dos alunos relativamente ao seu desempenho escolar.
Temos os planos de recuperação, acompanhamento e desenvolvimento. Sabemos que a ineficácia destes planos principalmente de recuperação e de acompanhamento é muito grande. Para além de serem muitas vezes um  exercício formal necessário (é interessante que, na escola, para abreviar, se fala muitas vezes de plano de retenção...).
Por isso este instrumento pode ser um óptimo contributo no conjunto de  medidas que podem ser implementadas, designadamente os planos de melhoria.
Se nos confrontamos com a questão: um aluno que inicia um ciclo com nível 2 numa determinada disciplina que expectativa poderá ter da sua aprendizagem, do seu esforço ? Infelizmente, a resposta será  de que venha a terminar com nível 2.
Claro que isso não faz sentido e a gestão da expectativa deverá ter como meta o nível seguinte.
Por isso, é necessário que se faça alguma coisa e esta informação disponibilizada através deste instrumento de trabalho do Prof. Júlio Diamantino poderá trazer algo de novo à orientação e aconselhamento do aluno no âmbito do SPO e do conselho de turma..

06/11/12

Austeridade, a sra Merkel, o outro lado do atlântico e os mesmos de sempre




Adaptações curriculares


 
O filme “A caixa” de Manoel de Oliveira conta a estória de um pedinte que acaba por ter aquilo que todos desejam: a possibilidade de pedir com eficácia, com resultados. Claro que acaba por suscitar o interesse de outros e a caixa do peditório acaba por lhe ser roubada. 
Só que há um problema: o ladrão não tem uma estória para contar. Como poderá convencer alguém se não tem uma estória para convencer as pessoas? Não tem uma história e a estória é a base para se poder pedir na rua e ser bem sucedido.
Já todos vimos certamente, pedintes que mostram esse “currículo” na praça pública à compaixão de quem passa. 
Há algum tempo David Rodrigues, num colóquio sobre “inclusão /exclusão que paradigma”, realizado na ESE de Castelo Branco, contou também uma estória que veio ao encontro daquilo que estamos a reflectir: Um pai queixava-se, na escola, que o seu filho não transitava de ano e o insucesso era já habitual para aquela criança e para aquela família. E dizia: “ se ao menos o meu filho tivesse um problema visível, já não havia problemas”. 
Esta necessidade de ter uma estória, a narrativa de uma queixa que impressione os outros parece ser um dado fundamental para obter a justificação suficiente e necessária para entrar num regime educativo especial, para ter medidas de avaliação diferentes como as previstas na legislação, para ter compaixão e tolerância e uma avaliação menos penalizadora para o aluno. 
Ter uma estória é assim fundamental também na escola. E se essa estória for devidamente escrita num relatório médico, ou mesmo psicológico, tanto melhor. 
Mas uma das coisas que mais me incomoda na escola é a situação daqueles alunos que não têm estória. 
Os pais não estão informados para reivindicarem os seus direitos, isto é, a aplicação da legislação em vigor no que diz respeito à avaliação. 
Incomoda-me ver alunos esquecidos que chumbam anos seguidos e não se faz nada ou quase nada por eles. Não há regimes educativos especiais, não há adaptações curriculares e os alunos continuam a repetir anos a fio sem que se altere seja o que for. 
Então mas a educação não é sucesso para todos ? Até onde vai a possibilidade de adequação ou adaptação curricular? 
A formalização da avaliação deve ser objectiva e rigorosa mas o que fazer aos alunos que não conseguem ultrapassar as suas dificuldades ? 
Repetir o ano é uma forma de desperdício escolar e sabemos quanto custa um aluno, anualmente, ao estado. 
O abandono e a repetição de ano são os tipos de desperdício escolar mais relevantes e indicadores do estado da educação. 
As reformas educativas que alterações têm introduzido relativamente a este problema ? 
Continuam a ser os eternos esquecidos do sistema educativo. 
O actual ministério da educação parece que quer alterar este estado das coisas em beneficio da equidade, contrariamente à ideia de se manter os alunos todos num currículo que não lhes altera a situação. 
É verdade que tem havido tentativas (pief, cef, pca) para resolver este problema mas são pouco consistentes e aparecem e desaparecem como os governos que criam essas respostas . 
Que significado poderá ter a orientação escolar e profissional para os jovens com insucesso escolar quando sabemos que o insucesso gera: 
- sentimento de ser desprovido de competências, 
- perspectivas temporais limitadas e perspectivas limitadas ao presente ou ao passado recente: “não me falem de futuro”, 
- representação do emprego sob a forma de “lugares” mais ou menos bons, 
- a verdadeira formação adquire-se pela experiência prática, 
- identidade de pessoa sem qualidade, 
- sentimento de desespero, 
- consciência aguda dos obstáculos.
Que projecto de vida então ? Como fazer as transições de ciclos, de tipo de ensino ? 
Se defendemos a equidade temos de defender várias vias curriculares para os alunos poderem optar. Condená-los ao insucesso é a pior das iniquidades.
É que o insucesso nem sempre depende, apenas, da criança. 


"Em busca da esmeralda perdida"



Este trabalho de pesquisa podia chamar-se "os salteadores da arca perdida" ou Indiana Jones na terra dos afectos…
No fundo, a psicoterapia é procurar as ligações/vínculos que são os factores protectores da nossa vida psicológica e da nossa vida.
Nesse mundo de aventuras os factores de risco parece que são sempre, à medida que nos vamos desenvolvendo, mais difíceis e imprevisíveis antes de se atingir o objectivo. O que acontece é que no nosso tempo estes laços são muito frágeis devido às situações familiares e sociais complexas em que vivemos:
- separações familiares disfuncionais,
- violências hard e soft, guerras, acidentes de viação, doenças,
- perturbações do quotidiano: stress, falta de tempo ou tempo a mais (desemprego…).
Se viver é um risco nem sempre é fácil aceitá-lo. Por isso se desiste.
As crianças também vivem este contexto e correm risco de perturbação de desenvolvimento.
É neste ponto que nos podemos perguntar para que serve a psicologia? Para voltar atrás à procura das ligações, das pontes caídas, e descobrir que caminho podemos seguir para melhor podermos passar para o outro lado, o lado do equilíbrio psicológico.
Ao longo do desenvolvimento deparamos com muitas situações de perigo: real ou imaginário, tão importante como o real. Algumas estão devidamente assinaladas e os sintomas são claros para sabermos o caminho mas outras merecem um cuidado especial por parte do psicólogo.
Tenho vindo a deparar com mais frequência com situações de luto e de depressão infantil. Não são situações relativas a esta ou àquela crise social. O que acontece é que hoje estamos mais atentos e as razões indicadas acima não são de hoje mas têm vindo a contextualizar a sociedade actual.
Muitas vezes estas situações não perfazem totalmente os critérios para podermos falar de depressão infantil mas aparece num sentimento de tristeza associado à perda do objecto do afecto ou à ausência do objecto de afecto ou à insegurança que é sentida pelas dificuldades de ligação ao objecto do afecto.
Os sintomas são as conhecidas  “dores de barriga” associadas a choro, mais ou menos persistente, mas com força suficiente para perturbar a frequência regular das aulas, necessária para não se perder o fio à meada do currículo.
O sentimento de perda está normalmente presente. E um pormenor pode desencadear o processo: uma situação de perda da autoestima, um insanável conflito parental onde a criança é a última a ser considerada, um horário com “furos” e sem objectivos,  e as secas à porta da escola porque os pais nunca chegam a horas à saída...
Estas crianças apresentam medos difusos, não concretos e objectivos. E como sabemos o medo inventa coisas terríveis como se fossem reais.
Como podemos explicar às crianças que essas coisas terríveis não são reais, não existem ?
Os pais têm que estar atentos aos sintomas que podem aparecer e que são resultantes das actividades escolares ou das interacções entre pares no tempo que os filhos passam na escola.
Mas não se esqueçam que a procura da esmeralda perdida deve começar em casa, onde reside muitas vezes a forte ligação a um filho que não pode ter dúvidas acerca do amor dos pais, algumas vezes está na escola ou no caminho para a escola. Ou não.
O mundo afectivo dos pais pode desabar, e aí é necessário procurar ajuda, mas a ligação aos filhos tem de ser mais forte do que tudo o que nos possa acontecer.
Já aqui falei que este seguro afectivo deve fazer parte do enxoval do bebé de qualquer casal que vai ter um filho. Os pais deveriam ter o compromisso, perante qualquer perigo, de nunca romperem esse seguro afectivo.

03/11/12

Escritores da Beira



Rui de Pina
João Roiz de Castelo Branco
Amato Lusitano
Gonçalo Anes Bandarra
Gonçalo Fernandes Trancoso
Pedro da Fonseca
Frei Heitor Pinto
Frei Bernardo de Brito
P. António de Andrade
Frei Manuel da Rocha
Martinho de Mendonça
Ribeiro Sanches
Frei Joaquim de Santa Rosa de Viterbo
José Silvestre Ribeiro
José Germano da Cunha
João Franco
José Augusto de Castro
Afonso Costa
Faria de Vasconcelos
Nuno de Montemor
Hipólito Raposo
Vieira de Almeida
Cassiano dos Santos Abranches
José Lopes Dias
José Crespo
José Marmelo e Silva
António Paulouro
Vergílio Ferreira
Manuel Antunes
Vasco Miranda
Orlando Vitorino
Eugénio de Andrade
Eduardo Lourenço
João Maia
José Cardoso Pires
António Alçada Baptista
Albano Martins
 E.M. de Melo e Castro
António Salvado
José Correia Tavares
Pinharanda Gomes
Arnaldo Saraiva
Maria de Loudes Hortas
João Camilo
José Manuel Capêlo
Carlos Correia
José Oliveira Barata
Luís Osório