11/06/25
04/05/25
Para todas as mães
Não, pessoal, vocês não têm!
...
24/03/25
Chuva... Chuva...
R. Strauss - Sinfonia Alpina
Preludio - Gota d´água - Chopin
Young People's Chorus of New York City/USA: Três Cantos Nativos dos Índios Kraó, EJCF Basel 2014
17/03/25
O bom da partida é o regresso
Io mi sento morire
Partir vorrei ogn' hor, ogni momento:
Tant' il piacer ch'io sento
De la vita ch'acquisto nel ritorno:
Et cosi mill' e mille volt' il giorno
Partir da voi vorrei:
Tanto son dolci gli ritorni miei
08/02/25
A cultura portuguesa
- O Português é sobretudo profundamente humano, sensível, amoroso e bondoso, sem ser fraco. Não gosta de fazer sofrer e evita conflitos, mas, ferido no seu orgulho pode ser violento e cruel.
- A capacidade de adaptação é uma das constantes de alguma portuguesa. “o português adapta-se a climas, profissões, a culturas, idiomas e a gente de maneira verdadeiramente excecional”...
- “Outra constante da cultura portuguesa é o profundo sentimento humano, que assenta no temperamento afectivo, amoroso e bondoso. Para o português o coração é a medida de todas as coisas.”
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(1) Reacção de uma eurodeputada, Ana Catarina Mendes (do PS), à posição do líder do seu partido, Pedro Nuno Santos, que, num momento de lucidez, referiu que deve haver adaptação dos imigrantes à cultura do país que os acolhe (aculturação).
(2) Para Vargas Llosa, a cultura estabeleceu sempre categorias sociais entre aqueles que a cultivavam e aqueles que a desprezavam ou ignoravam ou dela eram excluídas por razões sociais e económicas. Em todas as épocas havia pessoas cultas e incultas e entre os dois extremos pessoas mais ou menos cultas ou pessoas mais ou menos incultas. Mas no nosso tempo tudo isso mudou, toda a gente é culta, e há uma cultura para todos os disparates...
E isto já é outra coisa!
(3) Alguns trabalhos, mais eruditos ou mais populares, sobre a cultura portuguesa que têm passado nos media, como, por exemplo: "O Tempo e a Alma", com José Hermano Saraiva; "Visita Guiada", com Paula Moura Pinheiro; "Primeira Pessoa", com Fátima Campos Ferreira; "Terra Nossa", com César Mourão, "A nossa cultura" - Observador; "Portugal fenomenal", com Tiago Góes Ferreira... mostram algumas das várias vertentes de abordagem da cultura portuguesa.
15/01/25
Ideias que curam
Procuramos a felicidade. Tudo o que fazemos na nossa vida são meios para atingir a felicidade e o bem-estar.
No entanto, a experiência da tristeza e de outras emoções negativas fazem parte desta procura. Ela é mais marcante em datas e momentos especiais em que tudo o que acontece merece uma maior valorização: as festas, as datas comemorativas, os dias de aniversário são acompanhados de tristeza, exactamente porque neles nos recordamos dos ausentes. (Reacções de aniversário)
Há momentos, como o Natal, tempo de amor e de paz, em que essas memórias são particularmente dolorosas, como as expectativas não concretizadas de uma reunião familiar, como foi o caso este ano, devido às guerras, à falta de saúde, à gripe e outros vírus, à solidão da velhice e tantas ausências que nos fazem sentir ainda mais a fragilidade do nosso bem-estar.
Para além dos comprimidos e xaropes prescritos para contrariar a maldita gripe, se houver vontade, que falta muito quando estamos doentes, podemos encontrar lenitivo na prática que ajuda a superar pensamentos, sentimentos e emoções negativas e desajustadas.
O filósofo William B. Irvine (referido por Marianna Pogosyan, "5 Ancient Ideas That Can Help You Flourish Today", Psychology Today ) recorda-nos algumas “ideias antigas” que podem ajudar o nosso bem-estar.
1. Visualização negativa de gratidão.
Face ao sofrimento, por mais sombrio que possa parecer, podemos usar a “visualização negativa para despertar um profundo apreço pela vida”, como faziam os filósofos estóicos.
Afinal, há tantas pessoas em situações piores do que as nossas que, só por isso, já vale a pena estarmos felizes.
2. Enquadramento para reduzir emoções negativas.
Como nas molduras das pinturas ou fotografias, “as molduras psicológicas que pomos à volta dos acontecimentos da vida podem influenciar as nossas reações emocionais .” Ou seja, o sofrimento devido a algo externo não se deve “ à coisa em si, mas à avaliação que fazemos dela; e isso podemos terminar a qualquer momento.” Podemos experimentar diferentes molduras para vermos perspectivas diferentes, podemos até reagir com humor...
3. A meditação da “última vez”.
Haverá sempre uma última vez para tudo o que fazemos. Pode ser apenas um momento de recordar como fomos felizes ou pensar que a felicidade está a acontecer agora e aproveitar o tempo para amarmos ainda mais quem merece o nosso amor. E, afinal, ainda podemos ir além do que estava previsto (última vez+1).
4. Conhecer tudo para cultivar o prazer.
Podemos tornar-nos conhecedores de arte, música, natureza, culinária... Porque ao sermos conhecedores do mundo em que vivemos, podemos aproveitar plenamente as nossas vidas e perceber que vivemos num “jardim prazeroso”.
5. Meditação antes de dormir.
Na hora de dormir podemos avaliar os nossos comportamentos e atitudes durante o dia para termos mais autoconsciência: se fui gentil, fui curioso, fiquei chateado por algo insignificante, se fui capaz de manter a calma face aos contratempos, ou se experimentei alegria e prazer.
Em resumo, perante as adversidades e contrariedades da vida, falhas de expectativas e mudanças de planos, temos várias prescrições de terapias, a nível da saúde e também a nível psico-social, que nos podem ajudar a remover essas pedras indesejadas do nosso caminho de bem-estar.
Até para a semana.
08/01/25
Eça e Offenbach
"Sim, Offenbach, com a tua mão espirituosa deste nesta burguesia oficial — uma bofetada? Não! Uma palmada na pança, ao alegre compasso dos cancans, numa gargalhada europeia.
Offenbach é uma filosofia cantada."
11/12/24
Um hino à alegria
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03/11/24
"Q"
25/10/24
Onde florescem os limões
17/10/24
Pedro e o lobo: a actualidade de Esopo
01/09/24
Hoje apetece-me ouvir
01/07/24
"Lembra-me um sonho lindo"
Fausto: O barco vai de saída, outra vez
11/06/24
Sans peur du lendemain
26/03/24
Mãe e Filho: uma relação única
10/03/24
Em Quem confio
COMO DE VÓS...À memória do Papa Pio XII que quis ouvir, moribundo,o "Alegretto" da Sétima Sinfonia de BeethovenComo de Vós, meu Deus, me fio em tudo,mesmo no mal que consentis que eu faça,por ser-Vos indiferente, ou não ser mal,ou ser convosco um bem que eu não conheço,importa pouco ou nada que em Vós creia,que Vos invente ou não a fé que eu tenha,que a própria fé não prove que existis,ou que existir não seja a Vossa excelência.Não de existir sois feito, e também nãode ser pensado por quem só confiaem quem lhe fale, em quem o escute ou veja.Humildemente sei que em Vós confio,e mesmo isto o sei pouco ou quase esqueço,pois que de Vós, meu Deus, me fio em tudo.11/10/1958Jorge de Sena, Antologia Poética, Guimarães, p. 111
29/02/24
Meditar à minha maneira
Por esta altura da Quaresma acontecem actividades várias um pouco por todo o País que outra coisa não são que formas de meditação profunda.
Na nossa cultura, o tempo pede essa reflexão sobre nós próprios, requer a concentração na vida efémera, no sofrimento que nos atormenta mas, por mais atroz que possa ser, também se oferece como forma de superação.
Este é o tempo, quando pensamos nesta vida, que nos traz momentos de felicidade mas que nos alerta para todo o background que marca a nossa existência, a começar pelo sofrimento psíquico, medo, tristeza, stress, irritações e injustiças...
Então é possível procurar momentos de serenidade, paz, segurança, o conforto comigo próprio, que se não for felicidade não deixa de ser um estado verdadeiramente tranquilo em que "nada me perturba, nada me espanta" (Sta Teresa D' Ávila), nada interfere na minha vida .
Os benefícios da meditação são verificáveis na medida em que as pessoas que a praticam são mais felizes e vivem mais satisfeitas do que a média. E isto é muito importante para a sua saúde:
- Reduz as perturbações mentais como a ansiedade, a depressão e a irritabilidade
- Melhora as relações interpessoais
- Ajuda no impacto que podem ter doenças graves na nossa vida como a dor crónica... etc.
É necessário desfazer alguns mitos:
- A meditação não é uma religião embora muitas pessoas que a praticam possam ser religiosas
- Podemos meditar em qualquer lado e em qualquer posição. Para praticar, não é necessário sentar-se numa posição especial ou respirar de maneira específica.
- E, muito importante, “a meditação não é aceitar o inaceitável. É ver o mundo com maior clareza permitindo-lhe agir de forma mais sábia e fundamentada e mudar aquilo que precisa de ser mudado.”(Williams, M. e Penman, D. - Mindfulness - Atenção plena, Lua de papel, p.16)
A “Ladainha” e o “Terço cantado” são manifestações de meditação que se realizam em S. Miguel d’ Acha e que são levadas a efeito todas as 5.as e 6.as feiras da Quaresma. *
Rezar e meditar não são a mesma coisa mas têm uma ligação muito forte, podendo até ser assimiladas uma à outra.
Podemos dar a esta forma de meditar a designação de Meditação guiada ou Meditação cantada. O mantra “Rogai por nós” ou a repetição do "Pai nosso", p.ex., levam-nos, como refere John Main, para “um modo de oração profunda que nos encaminhará para a experiência da união, longe das distracções superficiais e da autocomiseração.“
“O fundamental é exercitar a focalização da mente num ponto, num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional.“ (Meditação cristã: como surgiu e como praticar)
Como tal, também o fundamento da meditação cristã é contemplar diferentes aspectos da vida de um Ser exemplar que se oferece como modelo para a nossa vida.
Esta possibilidade está à disposição de quem quiser meditar durante 30 minutos às 5.as feiras e durante uma 1H30 às 6.as feiras durante o tempo da Quaresma.
Até para a semana.
11/01/24
"As cantigas são tantas, que a mim até se mudam"
1. "As cantigas são tantas, que a mim até se mudam", é o nome da exposição de Filipe Faria inaugurada no dia 18/11/2023, no Centro Cultural Raiano, com a participação musical de Fátima Torrado Milheiro. O evento integra o Programa "Fora do lugar".
2. É também um livro com as fotografias da exposição de Filipe Faria e uma longa entrevista a Fátima T. Milheiro.
Como é referido por Filipe Faria no belo livro sobre o evento, é possível que o som nunca se extinga e se tivéssemos uma máquina que o captasse - como dizem que dizia Marconi - podíamos ouvir esse som sempre que quiséssemos.
"Podíamos ouvir tudo. Ouvir a primeira inspiração dos nossos filhos e dos nossos pais. Ouvir o primeiro grito da Humanidade, cada sermão, conselho sábio ou riso de todas as gerações. Ouvir o som grave da primeira erupção ou o canto agudo daquela ave que escapou para longe. Todos nós podíamos ouvir tudo. Ouvir tudo, para sempre.Depois de produzido, o som não morria mas perdia poder, enfraquecia. Estas ondas sonoras, fracas, sem destino preciso, permaneciam eternamente a flutuar. Qualquer som podia, em teoria, ser recuperado. Ouvido pela primeira ou pela enésima vez. Qualquer som de qualquer lugar ou tempo passado. O primeiro e o último. Um som perdido podia ser ouvido, novamente, com o equipamento certo. Um equipamento poderoso. Um que conseguisse ouvir e escolher. Um por inventar.Todos os sons são sons perdidos… "
Alguns sons são especiais. Podemos lembrar o som da fala da mãe, do pai, dos irmãos, dos amigos, dos que nos amam muito e também dos que não gostam de nós. Há um som particularmente importante: O som do meu nome. O nosso nome, o nome de uma pessoa é o som mais importante e doce de qualquer linguagem. (Dale Carnegie, Como fazer amigos e influenciar pessoas)
08/01/24
"Vão sem mim que eu vou lá ter"
Andamos nisto: um movimento perpétuo. Ainda não sairam de todo do governo e já prometem: "agora sim damos a volta a isto"...
Pois é. "Vão sem mim que eu vou lá ter".