27/05/20

"Técnicos de representação permanente"




A Autoeuropa era um dos sítios onde a encenação político-partidária era pouco provável. Pela lógica, seria o local ideal para falar de empresas e de exportações... Mas enganei-me. 
Quase fiquei envergonhado com o descaramento do sr. primeiro-ministro que deu como adquirido que daqui a um ano estarão, ele e Marcelo, a almoçar na Autoeuropa. Ou seja, Marcelo já está eleito e ele, Costa, primeiro-ministro de um governo minoritário, também estará à frente do executivo. 
Sendo assim para quê realizar eleições ? O povo vai votar para quê ?
Marcelo em vez de se distanciar desta posição não o fez. Aliás, não sabemos se se vai recandidatar e os motivos por que o faz.

O motivo que se conhece - a gente nunca sabe quais são os motivos reais - para justificar a saída da procuradora geral da república, Joana Marques Vidal, foi que Marcelo defendia mandatos mais longos e únicos.
Podemos perguntar se fez alguma coisa para aplicar esta posição ao seu próprio cargo, um mandato único de 6 anos, por ex.. Que se saiba nada foi feito.

Todos sabemos que um presidente, após eleição, é presidente de todos os portugueses. Com Marcelo não é diferente. Mas todos sabemos também qual foi a base eleitoral que o levou ao mais alto cargo da Nação quando foi necessário lutar contra as ideias “do homem novo” de António Nóvoa.

A cooperação institucional é sempre de elogiar mas aquilo a que assistimos é a uma concordância completamente desproporcionada com Costa como aconteceu recentemente no diferendo com Centeno. 
Marcelo bate-se pela verdade. Foi para isso que foi eleito. Mas qual é a verdade sobre Tancos, a verdade sobre os incêndios de 2017?
A verdade sobre o novo banco, sobre a TAP?
Sobre as PPP rodoviárias ruinosas, as PPP da Saúde que têm resultados positivos?
A verdade sobre o interior e a coesão territorial? A redução dos preços das scuts afinal podem esperar que a covid passe. A coesão vem a seguir.
A verdade sobre as carreiras dos professores e pessoal de saúde ?
A verdade sobre a austeridade que Costa diz que não há e não quer mas a carga de impostos nunca foi tão elevada como nos dois últimos anos?
A verdade sobre a reforma política e eleitoral?
...

Desde o mergulho no Tejo, nas vitórias e também nas derrotas, aprecio a vertente afectiva da personalidade de Marcelo. É genuína e uma das suas mais valias. A sua formalidade-informalidade permanentes é de elogiar, a sua capacidade cognitiva é de relevar ... e nisso não há surpresas na sua actuação...

Mas Marcelo e Costa também sabem que os partidos à sua esquerda aceitam a democracia e o parlamento como mal menor... e que com eles não haverá medidas estruturantes necessárias ao país e ao regime democrático e parlamentar.
É por isso que as pessoas deixam de votar. Porque não querem fazer parte duma encenação em que o espectáculo já esta montado. 

A covid não explica tudo! O "teatro" da Autoeuropa foi enjoativo. E não é possível ficarmos indiferentes a estes “técnicos de representação permanente “ *.
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* A expressão é de Pedro Santana Lopes 


  







20/05/20

Fátima, fados e bola

Santuário de Fátima, 13-5-2020


Amália Rodrigues - "Canção Do Mar"


Estádio Nacional do Jamor vai receber o Portugal Padel Masters



1. Antes do 25 de Abril, havia uma canção de protesto (1) que começava assim: “Cortejos e procissões,/Fátima, fados e bola,/ são estas as distracções/ dum povo que pede esmola...”. 
Fátima, fados e futebol era, ainda é, o ópio do povo, principalmente para os intelectuais de esquerda que revelavam também desta forma o seu fanatismo ideológico, como o pior dos fanatismos religiosos.

2. Em 1955, o sociólogo e filósofo Raymond Aron escreveu “O ópio dos intelectuais”, onde “fez uma análise fulminante dos mitos e ilusões que dominavam o pensamento que hoje seria chamado de “progressista”. 
Não deixa de ser curioso que, em 2018, foi inaugurada a “internacional progressista”.
Raymond Aron, a partir da tristemente célebre frase de Marx de que “A religião é o ópio do povo”, apontou as semelhanças do esquerdismo com uma religião fanática e fundamentalista. (2)

3. Desde então, o fanatismo e a intolerância tomou conta de intelectuais e académicos, impiedosos nas críticas às falhas das democracias, ao mesmo tempo que silenciam os regimes totalitários de esquerda e que mantêm em vigor os mitos de sempre: o mito da esquerda bondosa, o mito da revolução popular, o mito do proletariado, o mito do progresso.

5. A ironia de tudo isto é que, passado este tempo, nunca estes símbolos da vida dos portugueses foram tão fortemente desejados.
Fátima continua a ser o lugar de espiritualidade a que muitas pessoas se sentem atraídas, tenham muita ou pouca fé, sejam mais simples, letradas ou intelectuais.
O fado foi completamente reabilitado, por gente de esquerda, coitada da Amália molestada a seguir ao 25 de Abril!, e agora é, para a UNESCO, património imaterial da humanidade.
O futebol nunca esteve tão entranhado nos hábitos dos Portugueses. 

6. Na realidade precisamos de rituais (3), de vivências tradicionais que passam por estas manifestações. Precisamos de símbolos e de parábolas. Símbolos de paz, de tolerância, de superação, de sucesso, de fraternidade, de bondade, de perdão, de respeito pelos mais frágeis, crianças e velhos...
Precisamos de símbolos porque o "símbolo" é um elemento essencial do processo de comunicação, nas mais variadas vertentes do ser e do saber humano e que fazem parte do nosso património cultural e espiritual.
Esta crise sanitária, com a falta destas manifestações, veio revelar uma sociedade distópica e atípica. O isolamento social é perturbador do funcionamento psicológico, das manifestações afectivas entre seres que necessitam de relação interpessoal. 
Os símbolos unem as pessoas.
Com esta crise, todas essas manifestações, familiares, quotidianas, terminaram ou passaram a ser virtuais. A carga simbólica do isolamento, da solidão, do luto e do silêncio presentes na figura do Papa Francisco na Praça de S. Pedro ou no deserto do Santuário de Fátima, em 12 e 13 de Maio, foram extremamente expressivas desta necessidade humana.
Este pesado silêncio, este luto, nem sempre feito, nunca foi vivido por tanta gente ao mesmo tempo. Um tempo tão estranho como este está a ser vivenciado por milhões de pessoas. 

Por isso, com toda a racionalidade (4), voltaremos a Fátima, ao futebol e a cantar o fado.

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(1) Fiquei a saber que existe um Observatório da canção de protesto.
(2) O fanatismo político frequentemente praticado por intelectuais e militantes de esquerda espelha uma assimilação da fé religiosa no que ela apresenta de mais vicioso e perverso, a saber, sua inclinação para a violência justificada por um conjunto duvidoso de certezas fundamentalistas. (Sinésio Ferraz Bueno )
(3) Talvez por isso, os “progressistas”, precisem tanto de manifestações deste tipo, como o 25 de Abril, o 1º de Maio ou a “festa do Avante”!
(4) A questão de R. Aron é a de saber se é possível vislumbrar o “fim da era ideológica” e o triunfo do poder da razão. 










14/05/20

Controlar as emoções destrutivas

Estamos tristes e sensibilizados com mais um caso de maus tratos que vitimaram uma criança de 9 anos.
E, novamente, nos interrogamos sobre a violência do ser humano no relacionamento com as crianças.* 

Mas o que já sabemos sobre estas tragédias do ponto de vista sistémico ajuda-nos na compreensão destes casos. 
O filicídio materno e ou paterno é um acontecimento de grande complexidade mas, mesmo assim, podemos estabelecer os perfis das vítimas e dos criminosos. Há muitas semelhanças mas também algumas diferenças entre os abusadores maternos e paternos.**

Tanto quanto sabemos a situação socio-familiar tinha tudo para correr mal.

Em geral, nestas situações encontramos:
- familias disfuncionais com problemas relacionais e familiares: separações, divórcios, violência doméstica, ciúmes, litígio pela regulação das responsabilidades parentais;
- história anterior de maus-tratos infligidos contra os filhos e relacionamentos emocionais desajustados, de que a fuga da criança seria um sinal a valorizar;
- contexto de toxicodependência;
- condições socio económicas desfavoráveis: desemprego, dificuldades financeiras;
- comportamento antissocial, comportamento agressivo e história de condenações anteriores;
- As vítimas são sujeitas a modelos de maus tratos intrafamiliares.

Neste caso, também não ajudou a circunstância de confinamento imposta pela covid-19 e a necessidade de acesso à internet para continuar as aprendizagens escolares de forma não presencial.
A escola para estas crianças funciona quase sempre como um factor de protecção e está em condições de perceber muitos sinais de perigo que as crianças nos dão.
Este conjunto de vulnerabilidades podem ser comuns à vida familiar de muitas outras crianças. A dificuldade está em perceber até onde os factores de risco podem ser contrabalançados com os factores de protecção.

E isto nem sempre é fácil de interpretar para quem trabalha com estas situações podendo-se cometer erros de subavalição que levam a desfechos trágicos.
Sem dúvida que a avaliação das competências parentais, dos factores de risco e dos factores de protecção não podem ser minimizados em qualquer circunstância e em especial quando se trata de confiar a educação da criança aos progenitores ou a um deles.
Como costumamos dizer cada caso é um caso e não deve haver uma regra preferencial para atribuição do poder parental. Sem dúvida que é desejável a guarda partilhada, porém essa pode ser a decisão errada.

O que podemos fazer para que este mal seja erradicado da nossa sociedade? Há medidas que abrangem vários sectores mas a educação na família e na escola é fundamental.
Educar com o coração** ou seja educar as competências emocionais para poder ser capaz de controlar as emoções destrutivas .
Os próprios pais devem reconhecer que quando não são competentes para educar os filhos devem pedir ajuda. Porém, é mais frequente assistirmos a conflitos entre progenitores que querem a qualquer preço ficar com a criança como forma de vingança em relação ao outro progenitor. 
Uma educação eficaz tem que ter no seu currículo*** uma componente emocional sem a qual as aprendizagens vão criar pessoas que até podem ser profissionalmente competentes mas muito frágeis no relacionamento humano.

Até para a semana, com muita saúde.

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* Infelizmente, um pouco por todo o mundo... Ficamos sem palavras, o silêncio de uma dor sem limites, perante tamanha violência para com as crianças.
** Ana Carolina B. S. Pereira, Filicídio: alguns contributos para a compreensão do fenómeno.
*** Goleman, D. - Emoções destrutivas e como dominá-las, C. Leitores. (cap. 11, "Formar um bom coração" e cap. 12, "Encorajar a compaixão".








11/05/20

"Canções que minha mãe me ensinou"


"Canções que minha mãe me ensinou", por Antonín Dvořák.



É a quarta das sete músicas do ciclo Canções Ciganas, (B. 104, Op. 55), escritas para voz e piano, em 1880. As músicas ciganas são compostas por poemas de Adolf Heyduk.

Orquestra Sinfónica de Gimnazija Kranj
Maestro: maestro Nejc Bečan
Soprano solo: Ernestina Jošt
Maestro dos Coros: Erik Šmid
Arranjo: mag. Jaka Pucihar
Tradução para inglês: Tog Hoath



08/05/20

Para além da covid-19, a peste emocional


o setimo selo jof e mia
"O Sétimo Selo" - A vida e a finitude mas também a esperança  na cura e na salvação.



Fome, peste e guerra são os males que a humanidade ou cada um de nós mais  teme. Ao longo da história fomos vivendo com estes cavaleiros do apocalipse, adormecidos, que aparecem quando menos esperamos.
Nos últimos tempos, houve grandes melhorias na vida das pessoas e reinava algum optimismo: em relação à fome com milhões de seres humanos a saírem da miséria, a guerra passou por uma fase de alguma distensão (détente) ou de confinação a alguns países  e a peste fazia parte das memórias de há cem anos. Mas o encontro com a morte de que nos dá conta Ingmar Bergman n' "O Sétimo Selo" está aí de novo. Podemos adiar o xeque-mate e entreter a morte durante algum tempo mas ela reaparece para nos recordar a nossa fragilidade.
"O Sétimo Selo” passa-se durante a grande praga de peste bubónica, conhecida como Peste Negra. Chegou à Europa em 1347 através de barcos genoveses vindos da Crimeia. A peste que tempos antes assolara a Ásia chegava por via da rota da seda e atacava os comerciantes italianos. Em pouco tempo, devido às pulgas dos ratos e à insalubridade das cidades, a doença alastrou-se a toda a Europa e países mediterrânicos.
As semelhanças com a covid-19 não deixam de ser surpreendentes. A peste actual fez o mesmo percurso de contaminação e veio trazer para primeiro plano a angústia e sofrimento. 

Como então, actualmente, no meio destes medos terríveis da pandemia, os seres humanos e a sociedade, criam os seus próprios problemas.  
Se há problemas que não podemos resolver de imediato, há outros que não se entende porque continuam a existir nas sociedades. 
O que é paradoxal, ao contrário do que acontece com a covid-19, é termos soluções para acabarmos com eles ou pelo menos minimizá-los, e muito pouco fazermos para isso.

Como as grandes catástrofes, nascem dentro de nós ou dentro de portas, casas ou países: a peste emocional (Reich) faz parte do quotidiano, e manifesta-se    
- pela violência doméstica
- pelo abuso de menores
- pela falta de apoio aos sem abrigo
- pelo tráfico de seres humanos 
- pelos dramas causados pela toxicodependência
- pelos grandes negócios da corrupção, do tráfico de armas e de drogas.
- ...
Dois exemplos:
Somos confrontados com frequência com a informação de abuso e violação  de menores como aconteceu esta semana com  mais uma violação de uma menor pelo próprio pai.
E o que faz o poder e a sociedade para além de nos indignarmos ?

O Sr. Presidente da República fez do apoio aos sem-abrigo uma bandeira.
Há em Portugal mais de 4000 pessoas a viver na rua ou em centros de abrigo temporário espalhados pelo país. Quase metade vivem em Lisboa. Os espaços para acolher estas pessoas são insuficientes, com o problema agravado por esta pandemia. Não seria possível haver respostas sociais e psicológicas que dessem aos sem-abrigo condições mínimas de vida digna? 

A peste emocional é um doença que pode ser tratada. É necessário reconhecer que ela existe e procurar ajuda ou levar ajuda a quem precisa.
Até para a semana, com muita saúde.








01/05/20

Para ouvir... em tempos de covid-19

Jacques Brel - Lers vieux
Os velhos

Os velhos já não falam ou então somente por vezes pelo canto dos olhos
Mesmo ricos eles são pobres, já não têm ilusões e não têm senão um coração por dois
Com eles cheira a tomilho, a limpeza, a lavanda e ao verbo do passado
Mesmo vivendo em Paris, todos vivemos na província quando vivemos muito tempo
É de ter rido muito que a sua voz se quebra quando falam sobre ontem
E de ter chorado muito que as lágrimas ainda escorrem nas suas pálpebras
E se eles tremem um pouco é de ver envelhecer o pêndulo de prata
Que ronrona na sala, que diz sim que diz não, que diz: Eu espero-vos

Os velhos ja não sonham, os seus livros estão adormecendo, os seus pianos estão fechados
O gatinho está morto, o moscatel de domingo já não os faz cantar
Os velhos já não mexem os seus gestos têm muitas rugas, o seu mundo é muito pequeno
Da cama para a janela, depois da cama para o sofá e depois da cama para a cama
E se eles ainda saem de braços dados, todos vestidos de forma rígida
É para seguir ao sol o enterro de um mais velho, o enterro de uma mais horrível
E o tempo de um soluço, esqueçer por uma hora o pêndulo de prata
Que ronrona na sala, que diz sim, que diz não e depois que os espera

Os velhos não morrem, adormecem um dia e dormem muito tempo
Eles dão as mãos, têm medo de se perder e, no entanto, perdem-se
E o outro fica lá, o melhor ou o pior, o gentil ou o severo
Não importa, aquele que dos dois fica, reencontram-se no inferno
Pode vê-lo talvez, vê-lo-eis, às vezes à chuva e com tristeza
Atravessar o presente enquanto já pede desculpas por não estar mais longe
E fugir diante de ti uma última vez o pêndulo de prata
Que ronrona na sala, que diz sim que diz não, que lhes diz: estou à tua espera
Que ronrona na sala, que diz sim, que diz não e depois que nos espera

(Tradução: CT)







Consequências psicológicas do confinamento físico


O confinamento físico das crianças e jovens junto das suas famílias, resultante da situação inusitada da covid-19 está no oposto daquilo que devia ser o contexto interactivo de qualquer pessoa e por maioria de razão de qualquer criança ou jovem. A criança é por definição activa e necessita de uma variedade de estímulos suficiente e equilibrada para o seu desenvolvimento. Os estudos e experiências psicológicas provam que o desenvolvimento sensoriomotor e simbólico é fundamental para a saúde mental do ser humano, ou seja, a realização de experiências sensoriomotoras a nível da percepção, memória, comunicação não verbal, linguagem e realização de operações cognitivas, que são acompanhadas do afecto da interacção com os pais e com os pares.

Não é só a aprendizagem cognitiva dos conteúdos disciplinares que estão em questão, como parece ser a grande preocupação do ministério da educação, mas todas as outras aprendizagens que levam uma criança ou um adolescente a tornar-se uma pessoa integrada na sociedade.

Mais do que atribuir responsabilidades sobre o estado da educação, esta crise mostrou a importância da interação famílias-escolas na educação e instrução das crianças 
Há que ter em conta que o estádio de desenvolvimento e as circunstâncias do confinamento terão consequências diferentes para cada uma das crianças ou jovens e maneira de lidar com essas circunstâncias...
Mas há aspectos semelhantes. O confinamento físico é, desde logo, um confinamento do corpo que entra em contacto fisico com outros. Esse contacto físico é um sinal de comunicação não verbal que constitui a forma mais primitiva de acção social e está presente em todos os animais.

Nesta situação, como sempre, funcionam os princípios de aprendizagem, os princípios do reforço do comportamento, e isso depende muito de cada família e de cada contexto.
Também depende de como cada um vê a escola, ou seja das expectativas e da valorização que ela merece. 
Os que não gostam da escola e os que se sentem mal na escola ou têm "mágoas da escola” (Pennac), os alunos que são vitimas de bullying ou os alunos com fobia da escola, poderão sentir-se, momentaneamente, aliviados com esta situação.
Mas, por outro lado, a distância social pode reforçar estes comportamentos desajustados e também as falhas de inúmeras situações de aprendizagem social e emocional.

O confinamento físico pode então levar a um afastamento e distanciamento psicológico e social que, por seu lado, pode levar os jovens a situações de desmotivação, de isolamento e exclusão social, de desânimo, de cansaço e de ansiedade generalizada que, em alguns casos, pode ser de pânico .
Muita atenção por isso aos casos em que já há isolamento social, ou seja, em que os jovens não têm interesse pelo estudo, em interagir com os colegas da sua idade, sem motivação para terem uma actividade desportiva, artística ou laboral.

Em síntese, é necessário, aumentar o diálogo dentro da família e aumentar a conexão social através de formas activas de comunicação à distância.

Até para a semana, com muita saúde.