24/09/14

Alternativas à solidão

Depressão: doença para levar a sério



A comunicação social tem vindo a dar conhecimento de vários suicídios que, tanto quanto se sabe,  resultam de depressão. Ou então nós próprios conhecemos essas situações, na nossa própria família ou através dos nossos amigos.
De facto, a depressão é a grande ameaça à nossa vida.
A depressão muda a anatomia do nosso corpo. Uma situação de stress repetida, inclusive imaginada, muda ou pode mudar o volume do nosso cérebro, do hipocampo, em mais de 10%. 
Isso não ocorre por culpa da idade mas por causa da depressão que é uma doença que não se caracteriza por valores relacionados com a inteligência ou criatividade mas com a tristeza, uma profunda tristeza.

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM IV), a depressão é uma perturbação que apresenta determinados critérios para diagnóstico  (pág. 356)
Mas, resumidamente, podemos dizer que a a depressão tem sintomas facilmente reconhecíveis: Tristeza, insónia, dificuldade para se concentrar, pouca vontade de fazer coisas e ideia suicidas.

Mas onde acaba a tristeza e começa a depressão ? Provavelmente, o melhor é consultar o médico, a fim de efectuar um diagnóstico porque a depressão é uma doença como qualquer outra: esta é a dura realidade.
Segundo Peter Kramerparece que a depressão é 30 a 40 % genética e 60 % depende do meio.
Estudos recentes (ex.: Y. Sheline) informam-nos sobre alterações em determinadas áreas do cérebro como o hipocampo que tem um a função de regulação do stress e o stress está intimamente ligado a depressão.
Também o córtex prefrontal implicado nas emoções e nos processo cognitivos também está afectado. As células diminuindo a actividade deixam de funcionar correctamente.
A um cérebro deprimido sucede o mesmo que a uma pessoa deprimida: torna-se mais vulnerável aos factores externos.
Uma depressão também afecta outros órgãos: os ossos, o sangue e o sistema vascular ... é uma doença que afecta todos os órgão do corpo: é uma doença multissistémica.
O que parece acontecer na nossa sociedade é que há a ideia de que não é uma coisa grave e que a depressão afecta sobretudo o estado de ânimo ou que é um estado de ânimo. Ora, como se disse, é uma doença multissistémica e afecta diferentes órgãos e estruturas cerebrais. É uma doença para levar muito a sério.

Podemos perguntar se há outros processo químicos cerebrais que possam contrapor-se aos efeitos devastadores da depressão.
Peter Kramer refere que o amor salva muita gente da doença mental, o amor é uma forma de bem-estar para muita gente e é extremamente protector.
Às vezes, diz, vejo que alguns dos meus doentes se salvam porque adoptam um cão e se sentem verdadeiramente realizados com o início de uma relação com uma mascote, ou quando começam um romance com outra pessoa.
As relações afectivas podem ser, portanto, um factor positivo no tratamento da doença mas o contrário também é verdade e devemos estar atentos porque não suportamos muito bem um abandono e uma perda humilhante que causam stress e conduzem à depressão.

Mas, o amor pode, de facto, salvar da depressão.

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Nota 1: Este texto é baseado em E. Punset, El alma está en el Cerebro, cap. XV, "La gran amenaza: la depresión", pag. 377.
Nota 2: Sobre o assunto, em especial sobre a depressão infantil, ver aqui.

19/09/14

Um perdeu e outro ficou perdido


Reformar o Estado ? Seguro disse que o número de deputados devia ser reduzido? E poder escolher o seu deputado ? E apresentar um novo regime de incompatibilidades ? Disse. Pois é, agora é que já perdeu. Mas o outro ficou perdido: Reduzir deputados é "o epitáfio desta liderança".
Tudo pode ser reduzido: professores, enfermeiros, médicos, psicólogos, engenheiros... excepto deputados. Fazem todos, os 230, muita falta. Principalmente aqueles das últimas filas da bancada de que ninguém sabe o nome.

Felicidade












Nota: descontar as legendas em "português"  e relevar a felicidade.

17/09/14

Emagrecer o Estado




Monsanto, Lapa do lobo...


Tenho vindo a defender a continuação da actividade das escolas de pequena dimensão.
Infelizmente há uma visão diversa, errada, autoritária, relativamente a este assunto, e que pode ser tudo menos reformista.
Vale a pena dizer, novamente, que fechar escolas não pode entrar na perspectiva de reforma da administração.

A reorganização dos serviços do estado faz sentido, é necessária, apesar das mudanças que provoca na vida das pessoas e das deficiências com que são executadas. 
O encerramento dos governos civis, a reorganização de serviços de saúde, das freguesias, tribunais, etc. é uma tarefa difícil e, normalmente, há sempre resistência dos interessados. 

O encerramento de escolas é outra coisa. Embora tenha aspectos comuns como a desertificação, etc., nas escolas  há crianças muito pequenas, de 5/6 a 9/10 anos, que têm de fazer deslocações diárias, ao sol, à chuva, de vários quilómetros, longe dos pais o dia inteiro... 

Monsanto, Lapa do Lobo são dos últimos casos a virem na comunicação social. Oiçam os pais, que apenas estão interessados no bem-estar dos seus filhos.
Oiçam também os autarcas.
Pelo menos isso. Já que as crianças, infelizmente, são o que menos importa nestas histórias. 


Regresso à escola: a comunicação na educação

Inês, 7 anos

Todos os anos por esta altura, a escola parece que se reduz aos problemas corporativos. Este reducionismo mostra-nos uma escola dependente da má vontade e incompetência do ministro e da boa vontade e competência de alguns sindicatos. 
De facto entre ministério e organizações sindicais aposta-se neste desentendimento. Ocupa-se papel e tempo. Principalmente tempo de antena nos canais de televisão e esta é, provavelmente, a única vitória deste diferendo anual. 
Não esperemos que seja diferente nos próximos anos. Vai continuar a ser assim. E nós cá estaremos para ver isso mesmo, qualquer que seja o António mortinho de paixão pela educação ...
É claro que ambos têm responsabilidades pelas deficiências de organização do sistema, a começar pelo processo da colocação de professores. Não é estranho que este seja o único sector do estado em que todos os anos assistimos a estes complexos procedimentos e não há maneira de encontrar uma forma de recrutamento e selecção que evite esta confrangedora situação? Por mais complexos que fossem os problemas havia de haver respostas organizativas simples e transparentes que servissem melhor os interesses dos alunos e das famílias.

Mas não se pode confundir este reducionismo com o sistema. A maioria das escolas funciona bem, ao contrário do que querem fazer crer alguns sindicatos.
Ao contrário do que também se ouve por aí, a maioria dos alunos gosta de regressar à escola e gosta de estar na escola, como sempre foi, como no meu tempo, como no tempo dos meus filhos e dos meus netos.
Claro que o tempo e o modo contam, as novas tecnologias, as novas relações familiares, as novas situações sociais... Mas o que sempre é essencial, a relação professor-aluno, mantém-se como assunto central da sala de aula.
Por isso, era a comunicação interpessoal que acontece no processo pedagógico que devia estar no centro das discussões no “regresso à escola” .
Tanto o estatuto como os papéis de professores e alunos mudaram. É claro que o professor continua a ser o responsável pela transmissão do saber… Mas não é aceitável que o professor utilize as mesmas formas de comunicação na sala de aula, como noutros tempos, tais como as formas de comunicação implícita, paradoxal, etc.
Esta formas de comunicação são é prejudiciais a qualquer tipo de interacção pedagógica mas elas continuam a existir, há mesmo quem ache que as crianças não são nenhumas flores de estufa e que nada do que se diz às crianças tem importância.
Hoje as interacções na escola são diferentes do passado, a punição física por professores autoritários, praticamente desapareceu da sala de aula mas não desapareceu o sofrimento dos alunos. Não o que resulta do esforço, do trabalho do estudo, ou das contrariedades do processo de socialização mas de palavras ou frases assassinas que fazem a diferença para as aprendizagens e para o futuro.
Já ninguém (?) chama burro a um aluno na sala de aula, mas vão-se utilizando outras expressões: “é uma catástrofe”, “zero”, “medíocre”…
As palavras ganham outra força pelo facto de ser um professor a dizê-las: o que diz o professor é o veredicto de um especialista na matéria, a criança está a a desenvolver a sua personalidade, até aos 6 anos nós somos o nosso próprio ideal mas, a partir dos 6/7 anos, a avaliação escolar é mais forte, a criança é mais sensível a um juízo exterior
No caso dos adolescentes coincide com a fragilidade própria da idade no que respeita a aspectos físicos, psicológicos e sociais.
Avaliar o trabalho do aluno é uma coisa, avaliar a personalidade do aluno ou as suas competências, outra (ex.: "este trabalho de matemática vale zero" é diferente de dizer "és um zero a matemática").

Hélène Fresnel (Psychologies) escreve sobre alguns comportamentos dos professores na sala de aula. E apresenta os testemunhos de adultos para quem estas palavras os acompanharam ao longo da vida.
Peggy Pircher, (Le cercle psy) escreve o artigo "o seu filho nunca fará nada". O tema é, basicamente, o mesmo. Grave é ainda quando se atribui palavras ou frases deste tipo sem se saber exactamente o que se passa. É, por isso, importante haver um diagnóstico tão cedo quanto possível para proteger a criança e ao mesmo tempo poder ter apoio especializado. Este apoio, muitas vezes, "não acaba com as dificuldades mas sim com o sofrimento."

Felizmente o I , 15-9-2014, (ser professor em tempos de cólera), traz meia dúzia de casos de professores que têm orgulho na sua profissão, que se esforçam por ajudar os alunos, criam projectos e desenvolvem actividades para os alunos "irem mais além", mesmo quando se é professor " em tempos de cólera".

Estamos no início do ano lectivo e seria talvez importante tomar consciência das formas de comunicação desajustadas na sala de aula e... ter a coragem de mudar.

12/09/14

Sono e ritmos escolares


Entrevista de Catarina Fernandes Martins, Observador, aos psicólogos José Morgado e Cristina Valente sobre este assunto tão importante para a educação e aprendizagem.
Para N. Lobo Antunes: "O sono constitui uma parte fascinante do nosso quotidiano. Para começar, é nesse período que se consolidam as memórias do que vivemos durante o dia, pelo que não surpreende que crianças que dormem mal tenham mais dificuldade em aprender...", Se tiver à mão o "Mal-entendidos" poderá reler o capítulo 8 sobre as perturbações do sono."(pag. 219)




Ansiedade e design hospitalar


Cláudia Andrade e Ann Devlin investigaram os mecanismos psicológicos que estão subjacentes a esta relação.
"Os resultados demonstraram ainda que quanto mais elementos no quarto, menor a expectativa de stress, sobretudo se esses elementos contribuem para distrair ou para tornar possível e confortável a presença de amigos e familiares."

11/09/14

"O trauma é cumulativo"




Entrevista de Fábio Monteiro, Observador, a Judy Kuriansky, psicóloga clínica e professora na Universidade de Columbia.
...
Diria que este trauma, o stress pós-traumático dos cidadãos norte-americanos ao 11 de Setembro, é hoje perpetuado com os vídeos da decapitação dos jornalistas pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante?
O trauma é algo cumulativo, nós [psicólogos] sabemos isto. O 11 de setembro foi uma experiência traumática gigantesca, mas desde que isso aconteceu já ocorreram muitos outros eventos dramáticos: em Espanha, em França, em Bali e em Inglaterra. Os veteranos do Vietname costumavam queixar-se que sofriam de stress pós-traumático, e nós dizíamos que compreendíamos. Agora é algo muito mais real, um país inteiro viveu a experiência do terror.
Os vídeos do ISIS são especialmente perigosos porque estão disseminados por todo o lado. Em particular para as crianças — até atingirem os oito anos, para eles, é tudo a preto e branco. Em Nova Iorque, é obrigatório falar sobre o 11 de setembro nas escolas, porque é mais perigoso deixar rumores propagarem-se e as crianças não terem noção do que se passou. Mas quem as protege ou explica o que são decapitações na televisão e internet?
Lembro-me que quando se começou a falar do HIV, muitos disseram para não cobrir esse tema para não criar medo na população. Estão loucos?, perguntei. Contem os factos e ofereçam formas de lidar com o medo, por que isto é a realidade.

A forma como este tipo de notícias se torna viral pode criar medo à população de um país?
Sem dúvida. Quando as pessoas vêm aquelas imagens, ficam com elas em repetição na cabeça. A imagem dos aviões a colidir nas torres não se esquece. No início, as televisões mostravam pessoas a saltar das torres em chamas. Depois, decidiram parar de divulgar essas imagens. Enquanto psicóloga posso afirmar, quer sejas adulto ou criança, aquelas imagens não são saudáveis para o cérebro humano.

Como sugeriria lidar com as imagens divulgadas pelo Estado Islâmico?
Os jornais não deviam mostrar as imagens pós-decapitação. Uma imagem tem sempre um efeito mais profundo psicologicamente do que ouvir falar que uma tragédia ocorreu.

Quem são as pessoas atraídas por este nível de violência – que se voluntariam para estas organizações extremistas?
Existem muitos artigos científicos sobre este tema. O que tudo indica é que pessoas que já estão predispostas para ser violentas, sentem-se encorajadas a ser violentas ao ver os vídeos. Pensam: se ele já fez isto, porque é que eu não faço? Outras pessoas ficam horrorizadas. E ainda há um terceiro grupo de pessoas: aqueles que ao assistirem à violência têm os próprios impulsos anulados.
...


08/09/14

Silence is golden


Curiosa, muito curiosa, esta edição do i, a começar pela capa. Significa quarenta anos desta "democracia". A democracia não é um regime perfeito mas estas anomalias mostram a dificuldade da sua vivência. Por parecer uma entrevista genuína, demasiado sincera, mas, pena, extemporânea, e por aquilo que o princípio da realidade nos ajuda de alguma forma a compreender comportamentos e resultados deste funcionamento "democrático":

1. O funcionamento das organizações tem uma estratégia: o "silêncio". Só que esta é a forma de melhor entendermos a comunicação. O silêncio é o fundo de onde sobressai a  palavra. De ouro. Quem foi o último a saber ? As pessoas são como um rebanho ? 

     Talkin' is cheap, people follow like sheep
      Even though there is nowhere to go.
      How could she tell? He deceived her so well.
      Pity she'll be the last one to know.
      ...
      Silence is golden,
      But my eyes still see.
      (Tremeloes)

As reuniões são um "pró-forma", os administradores não executivos são " verdadeiros verbos de encher" e os conselhos de administração alargados também... 
Não é uma questão de dinheiro mas de poder... pois é, mas onde é que está o poder de uma instituição bancária  se não é no dinheiro? E quando se vai o dinheiro vai-se o poder.
O financiamento dos partidos é, aqui, claro, quer dizer, o financiamento dos partidos é obscuro. E tudo é mais ou menos oculto conforme o poder e o poder do dinheiro.

Também se entende o comportamento desbragado de muita gente sobre o Presidente Cavaco Silva: 
"Por uma questão social: não pertence ao eixo Lisboa-Cascais. É um homem da pequena burguesia urbana, típico pequeno-burguês urbano, que pela sua qualidade intelectual, pela sua formação académica e pela sua seriedade chegou a Presidente da República. Cavaco Silva não foi eleito pelo bloco social do PSD, foi eleito por muitos cidadãos que ora votam PS, ora votam PSD. O bloco social que constitui o núcleo duro sociológico do PSD detesta Cavaco Silva e, por isso, os meios de comunicação social também não gostam dele. É muito maltratado por uma questão social: porque é piroso, para usar um termo que diz tudo."

2. A justiça escuta o que quer e o que não quer deita fora. Sobre a promiscuidade do face oculta, merece referência o editorial de Luís Rosa: "O lado negativo passa necessariamente pelo homem que está na origem do nome do processo: José Sócrates O procurador João Marques Vidal e o inspector-chefe Teófilo Santiago foram impedidos de investigar o ex-primeiro ministro, o que (ironicamente) é um autêntico atentado contra o estado de direito. Ao promoverem e destruírem as escutas telefónicas que envolvem Sócrates, contra a vontade expressa dos investigadores e de forma duvidosa do ponto de vista legal, o ex-procurador-geral Pinto Monteiro e o conselheiro Noronha Nascimento escreveram um epitáfio: "Não deixou a justiça ir até ao fim". Será assim que a história os recordará"

3. O funcionamento interno dos partidos tem dado lições desta "democracia". A campanha eleitoral que decorre entre "amigos", está no grau zero do funcionamento do sistema mas isso pouco importa: os meios para conseguir que  "o nosso homem" lá chegue são os que forem necessários...
Uma vez conseguido o poder tudo ficará em silêncio por mais alguns anos, pelo menos até que apareça de novo o "partido bom" e o "partido mau".

4. Por isso vale a pena continuar a insistir na reforma do sistema político, na redução do número de deputados, nas incompatibilidades entre o exercício legislativo e o exercício de profissões com implicações na legislação que os próprios elaboram, na existência, pelo menos, de uma legislatura de nojo entre cargos no governo e cargos de gestores de empresas...

Em suma, como diz a canção, "os meus olhos ainda vêem".


03/09/14

"A banalidade do mal"


Eugene Delacroix Mephistopheles' Prologue in the Sky, from Goethe's Faust, 1828 - Giclee Print
Mefistófeles, litografia de E. Delacroix

"Em 1963, com base em seus relatos escritos para The New Yorker, sobre o julgamento, Arendt publica um livro - Eichmann em Jerusalém. Nele, ela descreve não somente o desenrolar das sessões, mas faz uma análise do "indivíduo Eichmann". Segundo ela, Adolf Eichmann não possuía um histórico ou traços antissemitas e não apresentava características de um caráter distorcido ou doentio. Ele agiu segundo o que acreditava ser o seu dever, cumprindo ordens superiores e movido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica burocrática. Cumpria ordens sem questioná-las, com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre o Bem ou o Mal que pudessem causar.

Em Eichmann em Jerusalém, Arendt retoma a questão do mal radical kantiano, politizando-o. Analisa o mal quando este atinge grupos sociais ou o próprio Estado. Segundo a filósofa, o mal não é uma categoria ontológica, não é natureza, nem metafísica. É político e histórico: é produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaço institucional para isso - em razão de uma escolha política. A trivialização da violência corresponde, para Arendt, ao vazio de pensamento, onde a banalidade do mal se instala."  (Wikipédia)

(Hannah Arendt, 1906-1975)

02/09/14

Elásticos coloridos, brinquedos para crianças...

Elásticos coloridos retirados por suspeitas de causar cancro


"Uma das maiores lojas de brinquedos britânica ordenou a retirada imediata das suas prateleiras de todos os elásticos que servem para fazer as famosas pulseiras coloridas, noticia o The Independent. Um estudo revelou que os elásticos contêm químicos cancerígenos em níveis muito acima do normal..."
(Notícias ao Minuto)

O que são ftalatos ?  Veja 12, 3 ...

01/09/14

Os zés e os brasões ajardinados




os zés sem os brasões ajardinados
empatas de túneis inacabados
por calçadas portuguesas esburacadas
passaram ruas cada vez mais defecadas


o império que se cale, acabe o buxo ornamental,
vicem agora hortas urbanas, nesta cidade sem historial,
cresçam verdes corredores, no Tejo amêijoas e corvinas
menos buxo imperial que, para isso, só há sovinas.