17/06/19

"Sociedade de preservação de Green Village"

 
The Village Green Preservation Society - The Kinks

 
 Na versão de Kate Rusby


Para os que usam as palavras mágicas da política actual, "alterações climáticas", a "sociedade de preservação"  é o mais verde que pode haver. A oferta política de "verdes" é o que está a dar e vai da esquerda à direita. Há verdes por todo o lado.
Entretanto, o interior, o ar puro, a vida tranquila das aldeias, tem cada vez mais adeptos de pacotilha. Não pára de crescer a desertificação humana.
Neste desvario, é bom ouvir a ironia e sarcasmo dos Kinks. Também interessante a versão de Kate Rusby e do vídeo.

16/06/19

Callas, Puccini, Zeffirelli

“Callas, a Diva” (2002) – Naquela que foi a sua derradeira longa-metragem, Franco Zeffirelli combina recordações pessoais de Maria Callas (magnificamente personificada por Fanny Ardant) com elementos ficcionais, para homenagear o talento e a integridade artística daquela que foi sua amiga e que dirigiu em palco. (Eurico de Barros, Observador)

Maria Callas - O Mio Babbino Caro (Tosca) de Giacomo Puccini

14/06/19

"Mitos climáticos" 8

 1. Cristina Miranda resume aqui a questão sobre o clima: "A falsa emergência climática"

"Em 2009 rebentou um escândalo que viria a abalar a agenda do “Apocalispe Climático”: uma fuga de e-mails da Climatic Research Unit da Universidade de East Anglia no Reino Unido chefiada por Phil Jones, revelava que um grupo de cientistas americanos e britânicos, concertados entre si, mentiram sobre o suposto aquecimento global. O Climategate, – como passou a ser chamado – e denunciado cá pelo Expresso, feriu de morte a Conferência de Copenhaga que se seguiu nesse ano tendo sido por isso um fiasco. Esta revelação acabou com a farsa da emergência climática? Não. Ela segue e aqui explico porquê."
 ...
"Aprenda que existe Ambiente, Poluição e Clima. Os DOIS primeiros dependem do Homem e a ele e só ele cabe o dever de cuidar e promover a sustentabilidade dos recursos; o segundo não é nem nunca foi da sua responsabilidade. Haverá sempre mudanças com ou sem humanos na Terra e o Homem nada pode fazer para o impedir. "
...


2. O Blasfémias traz também o post de Helena Matos sobre a capa da Time: "O único problema para o planeta que vejo nesta foto é que as calças estão a debotar a olhos vistos"

Se o problema não fosse dramático (Os países que se estão a afundar), chamava a esta capa "o pântano" ou "a verdade com que nos mentem".

time


13/06/19

Drogas de sempre


O programa desta semana e o debate da rubrica da SIC “E se fosse consigo”, da jornalista Conceição Lino, teve como tema “os jovens e a droga”.
Em primeiro lugar, é de saudar que se apresente e debata um tema que tem andado esquecido da comunicação social e da informação/prevenção das actividades das escolas e organizações juvenis.
Em segundo lugar, é chocante a banalização existente na sociedade sobre o assunto, como o programa demonstrou com esta situação simulada, mas reveladora de que se acha normal poder aliciar alguém, num local público, para o consumo de drogas.
É tanto mais chocante quando há pouco tempo num programa sobre violência sobre animais as pessoas protestavam e ameaçavam com a polícia. Neste caso foi escasso o número de pessoas que se manifestaram.
Ainda focado pelo programa, é chocante a complacência com que se encaram os festivais de verão, (também podia falar-se das viagens de finalistas, das festas académicas), quando sabemos pelas apreensões que são feitas nesses festivais e eventos, a grande quantidade de droga que circula. Em alguns casos, mesmo quando os organizadores o negam, são implicitamente incentivadores do consumo. E, claro, se há consumo é porque há tráfico.
É chocante que continue a haver tanta condescendência com estas situações e se tente passar a ideia de que as drogas falsamente consideradas leves não têm qualquer problema para a saúde.
É chocante que seja necessário fazer legislação na Assembleia da República, para tratamento médico com derivados da canábis, quando isso não é necessário para outras substâncias para fins medicinais. Mas, claro, baralhar as situações tinha em vista que a justaposição ou associação dessas situações em que o auto-cultivo e consumo para fins chamados recreativos, fosse permitido.
Continua a justificar-se uma aposta na prevenção, como foi o caso deste programa, que é, aliás, uma das competências do Serviço de intervenção nos comportamentos aditivos e nas dependências (SICAD), porque: “A prevenção (é a) área onde o principal objetivo é a intervenção sobre as causas do fenómeno, procurando que este não venha a manifestar-se futuramente, fomentando não apenas o conhecimento sobre o fenómeno, mas também exponenciando a abrangência, eficácia, eficiência e qualidade dos programas de prevenção implementados".
Por outro lado, é importante esclarecer que com o Decreto-Lei n.º 130-A/2001, de 23 de Abril, houve descriminalização mas não houve despenalização. Deixou de se considerar crime o consumo de droga, a aquisição e a posse para consumo próprio, dentro de determinadas quantidades. No entanto, isso não significa despenalização.
As Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência (CDT), que vieram substituir os tribunais criminais como resposta do Estado ao consumo de drogas, constituídas por técnicos da área da saúde e da justiça, procuram informar as pessoas e dissuadi-las de consumir drogas, e têm, também, o poder de aplicar sanções administrativas e de encaminhar pessoas para tratamento, sempre com o seu consentimento.

A “encenação” da iniciação da entrada das pessoas na "cena" da droga mostra, assim, facilitada, sem reacção dos que assistem, a porta de entrada, quando se junta a falta de informação, a necessidade de ter comportamentos miméticos ao grupo e a auto-avaliação da posse de uma personalidade suficientemente "forte" para saberem aquilo que querem e como e quando terminar. Nada mais falso.
Compreendemos a recusa pelos jovens dos bons conselhos de alguns adultos, racionais, correctos, cheios de bom senso e a fácil aceitação da complacência de outros. Mas mais uma vez, neste assunto, é necessário dizer a verdade aos jovens sobre as drogas mesmo quando consideradas falsamente leves.
É necessário explicar-lhes que há ideias erradas sobre a canábis, e outras substâncias psicoactivas, os riscos para a saúde e, em consequência, os efeitos nefastos para a vida.
 

07/06/19

Virginia Apgar

Virginia Apgar (7/6/1909-7/8/1974), "foi uma médica norte-americana que se especializou em obstetrícia e anestesiologia. Foi líder em vários campos da anestesiologia e, efetivamente, foi a responsável pela criação do que viria a ser a neonatologia. Para o público em geral, ela foi mais conhecida como a responsável pelo desenvolvimento da Escala de Apgar, um método de avaliação de saúde de recém-nascidos que reduziu drasticamente a mortalidade infantil em todo o mundo."

Virginia Apgar faria, em 2019, 110 anos. A escala que criou continua a ser um instrumento fundamental na avaliação da saúde do recém-nascido. V. Apgar não casou nem teve filhos. Porém, a sua vida foi dedicada aos recém-nascidos. O seu método ajudou e ajuda  a salvar milhares de bebés.

O resultado, Índice de Apgar, é imprescindível na anamnese psicológica.


Resultado de imagem para indice de apgar
Em 2018, Google Doodle Honors Dr. Virginia Apgar, the Anesthesiologist Credited With Saving Many Newborn Babies' Lives


109.º aniversário da Dr.ª Virginia Apgar

[APGAR: Appearance, Pulse, Grimace, Activity, Respiration. Em Português: Aparência, Pulso, Gesticulação, Actividade, Respiração.]



A segunda tróica - do neo-socialismo ao nepotismo

N. Taleb refere: "O meu sonho é haver uma Epistemocracia - ou seja, uma sociedade robusta que aguente os erros dos especialistas, os erros de previsão e a húbris, uma sociedade resistente à incompetência dos políticos, dos reguladores, dos economistas, dos banqueiros, dos estudiosos da política e dos epidemiologistas." (N. Taleb, O cisne negro, pag. 396)

Numa democracia, todos os partidos democráticos fazem parte do jogo do poder democrático, como é o caso do neo-socialismo entendido como  como “uma corrente de ideias socialistas, sociais-democratas e sociais liberais, que pregam a igualdade social e o fim de classes, mas diferente do socialismo clássico, prega que a globalização é um processo inevitável assim como a propriedade privada, mas as mesmas devem servir primeiramente ao povo ao invés de empresas e corporações bem-sucedidas. ”(Wikipedia)

O governo minoritário do primeiro-ministro Costa onde se inscreve? Onde estatisticamente dá mais jeito.
Sócrates e Costa lideraram a maioria absoluta de 2005. Nesta foto, do congresso de 2006, o actual líder era o número dois de Sócrates no governo
Daqui
Como sabemos, o desastre governativo do governo de Sócrates levou à primeira tróica, grupo de peritos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia, que tiveram por missão tirar o país da bancarrota através do governo de Passos Coelho.
Perdidas as eleições, o regresso ao poder do PS, deu-se esquecendo as ideias neo-socialistas. Assim, "esquecido" Sócrates, e "afastado" Seguro, Costa, o número dois daquele e também seu braço direito (como referiu o insuspeito Pacheco Pereira), depois da tristeza da primeira tróica, deu-nos a grande felicidade de ver chegar ao poder a segunda tróica : ps-pcp-be. Não sei se por esta ordem.

Este neo-socialismo português, sui generis, que dissimula a austeridade de muitas formas e feitios  padece de alguns pecados capitais:
4 décadas a afundar Portugal e a obliterar o futuro de muitas gerações. #neoSocialismo #propaganda
Daqui
- é um  neo-socialismo que adora o estado mas detesta os funcionários públicos principalmente se forem professores;
- adora o despesismo: passes sociais, livros escolares, horário de 35 horas, PPP rodoviárias, subsídios a fundações, ongs... e a dependência geral do estado;
- adora o nepotismo – os job for the boys principalmente para os amigos e governantes familiares uns dos outros;
- a incoerência é o processo mais usado - "estes são os meus princípios mas se não gostam deles eu tenho outros"  (Groucho Marx)  – a geringonça é com quem um homem quiser;
- a insensibilidade social disfarçada de medidas de austeridade suportadas pelos mais pobres na saúde, por exemplo, nos desastres como os incêndios florestais, as falhas nos transportes púbicos, as operações do fisco na estrada, a falta de confiança dos portugueses na Justiça, o atraso no pagamento das pensões;
- as cativações que levam ao disfuncionamento das instituições do estado, na saúde, na educação, na burocracia, veja-se o caso da aquisição/renovação do cartão de cidadão;
Resultado de imagem para inauguração dos estaleiros
Daqui
- a reversão de medidas (revertério) mesmo vindas do próprio governo, desde a TAP à discussão sobre as PPP na lei de bases da saúde;
- a censura que agora se chama rasura e ou  apagamento, como aconteceu com o relatório da OCDE;
- o não reconhecimento dos erros – chamam o “fantasma do despesismo socratista", ou o "fantasma da corrupção" - com o respectivo silenciamento dessa corrupção nas autarquias e um pouco por todo o lado;
- a ignorância dos sucessos dos outros transformados em virtudes próprias, como no caso dos estaleiros de Viana do Castelo.
- etc.
Tudo isto faz parte do actual neo-socialismo nacional. Contra ele, e os seus vários poderes incompetentes, temos de criar/defender uma sociedade cada vez mais robusta e resistente - epistemocracia - neste tempo de incerteza.


(RACAB)