N. Taleb refere: "O meu sonho é haver uma Epistemocracia - ou seja, uma sociedade robusta que aguente os erros dos especialistas, os erros de previsão e a húbris, uma sociedade resistente à incompetência dos políticos, dos reguladores, dos economistas, dos banqueiros, dos estudiosos da política e dos epidemiologistas." (N. Taleb, O cisne negro, pag. 396)
Numa democracia, todos os partidos democráticos fazem parte do jogo do poder democrático, como é o caso do neo-socialismo entendido como como “uma corrente de ideias socialistas, sociais-democratas e sociais liberais, que pregam a igualdade social e o fim de classes, mas diferente do socialismo clássico, prega que a globalização é um processo inevitável assim como a propriedade privada, mas as mesmas devem servir primeiramente ao povo ao invés de empresas e corporações bem-sucedidas. ”(Wikipedia)
O governo minoritário do primeiro-ministro Costa onde se inscreve? Onde estatisticamente dá mais jeito.
Daqui |
Perdidas as eleições, o regresso ao poder do PS, deu-se esquecendo as ideias neo-socialistas. Assim, "esquecido" Sócrates, e "afastado" Seguro, Costa, o número dois daquele e também seu braço direito (como referiu o insuspeito Pacheco Pereira), depois da tristeza da primeira tróica, deu-nos a grande felicidade de ver chegar ao poder a segunda tróica : ps-pcp-be. Não sei se por esta ordem.
Este neo-socialismo português, sui generis, que dissimula a austeridade de muitas formas e feitios padece de alguns pecados capitais:
Daqui |
- adora o despesismo: passes sociais, livros escolares, horário de 35 horas, PPP rodoviárias, subsídios a fundações, ongs... e a dependência geral do estado;
- adora o nepotismo – os job for the boys principalmente para os amigos e governantes familiares uns dos outros;
- a incoerência é o processo mais usado - "estes são os meus princípios mas se não gostam deles eu tenho outros" (Groucho Marx) – a geringonça é com quem um homem quiser;
- a insensibilidade social disfarçada de medidas de austeridade suportadas pelos mais pobres na saúde, por exemplo, nos desastres como os incêndios florestais, as falhas nos transportes púbicos, as operações do fisco na estrada, a falta de confiança dos portugueses na Justiça, o atraso no pagamento das pensões;
- as cativações que levam ao disfuncionamento das instituições do estado, na saúde, na educação, na burocracia, veja-se o caso da aquisição/renovação do cartão de cidadão;
Daqui |
- a censura que agora se chama rasura e ou apagamento, como aconteceu com o relatório da OCDE;
- o não reconhecimento dos erros – chamam o “fantasma do despesismo socratista", ou o "fantasma da corrupção" - com o respectivo silenciamento dessa corrupção nas autarquias e um pouco por todo o lado;
- a ignorância dos sucessos dos outros transformados em virtudes próprias, como no caso dos estaleiros de Viana do Castelo.
- etc.
Tudo isto faz parte do actual neo-socialismo nacional. Contra ele, e os seus vários poderes incompetentes, temos de criar/defender uma sociedade cada vez mais robusta e resistente - epistemocracia - neste tempo de incerteza.
(RACAB)
- etc.
Tudo isto faz parte do actual neo-socialismo nacional. Contra ele, e os seus vários poderes incompetentes, temos de criar/defender uma sociedade cada vez mais robusta e resistente - epistemocracia - neste tempo de incerteza.
(RACAB)
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