30/05/19

"Mitos climáticos" 7


Os adultos não devem mentir às crianças. Temos o preconceito de que normalmente quem mente são as crianças e não deixa de ser interessante a verificação de que, se fizermos uma pesquisa na internet sobre a mentira dos adultos, os resultados colocam sempre a questão do avesso, isto é, a mentira das crianças. Parece que os adultos falam sempre verdade e quem mente são as crianças…
Não estou a falar de estórias infantis, da fantasia, da imaginação, do ambiente mágico em que a criança vive, principalmente no período pré-operatório, em que a realidade e a ficção fazem parte do seu raciocínio.
Estou a falar da mentira dos adultos, da mentira que faz parte da educação, transmitida formal ou informalmente como é o caso da educação cívica ou da educação para a cidadania que não é outra coisa que a doutrinação do “homem novo” e das alterações ambientais.
Os temas ambientalistas estão eivados de mentiras que se transformam em verdades para muita gente. O caso das alterações climáticas confundidas com aquecimento global devido à acção humana tomou conta dos currículos formais ou informais.

O tema do aquecimento global devido à acção do homem aparece como verdade absoluta e inquestionável, e quem disser o contrário ou seja descrente é apelidado de "negacionista" e ostracizado em qualquer plateia real ou digital.
Mais grave é que os patrulheiros do aquecimento global causam alguns estragos pessoais e profissionais a cientistas que discordem desta verdade oficial, veiculada ao mais alto nível institucional como a ONU ou ao nível mais popularucho da menina Greta que começou a faltar as aulas às sextas-feiras para defender o planeta do aquecimento global provocado pelo homem…
A moda pegou e agora temos manifestações e alunos a faltar à aulas … porque segundo dizem  não temos planeta B, o truísmo mais ridículo repetido à exaustão como argumento para agir. A confusão propositada com poluição, com alterações climáticas que sempre existiram, e vão continuar a existir, façam as manifestações e as declarações  que fizerem. A propagação de medos faz o seu caminho num mundo infantil e juvenil em que alguns  adultos apelidados de “comunidade cientifica”, ou não, encontraram eco na generosidade dos jovens, nas suas actuações genuínas sem que haja qualquer contraditório que os possa esclarecer sobre a verdade e ou a mentira do aquecimento global…
Como dizia o poeta António Aleixo “Para a mentira ser segura e atingir profundidade tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade”

Como vamos sobreviver* é uma questão fundamental que se coloca ao ser humano. A rotura dos equilíbrios ecológicos, o desequilíbrio dos sistemas sociais, a questão demográfica e os recursos alimentares, os recursos não renováveis, devem fazer reflectir e agir, serenamente,  baseados em dados científicos, sem ameaças e sem inculcação de medos ancestrais, renovados em datas redondas como o ano 2000, nas previsões de videntes que não se enxergam a si próprios, mas adivinham que o planeta está condenado a breve prazo.
Não se trata de uma mentira infantil mas de mentiras que os adultos “ensinaram" a crianças e adolescentes, que vão fazendo os seus estragos sendo os principais sobre o "esquecimento" das questões que enunciei.
Manifestem-se sobre a energia nuclear, de que a central de Almaraz é um exemplo, sobre o problema da água, de que o Tejo internacional e os tranvases são exemplos, sobre as lixeiras de resíduos perigosos, sobre a substituição da utilização do plástico em actividades humanas, sobre a desertificação humana do interior, sobre a qualidade de vida dos idosos, sobre a segurança das populações, sobre os hábitos inúteis, tabagismo, alcoolismo, drogas, e …sobre a enorme desgraça social chamada corrupção. Sobre isto não há, praticamente, movimentações de jovens, nem de adultos, demasiado passivos, complacentes e tolerantes à existência destes problemas.
Concluo: Sobre questões ambientais, vamos falar verdade às crianças e aos jovens.  
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*Este The Ecologist de 1972 (trad. 1977) parece ter pouco a ver com este Ecologist.


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