A ideologia de género está subjacente à irracionalidade que tem vindo a atingir a vida das pessoas que, de uma forma perturbadora, são afectadas no seu pensamento, na tolerância e respeito que também lhes são devidos. É elementar que haja liberdade para pensar aquilo que são os pontos de vista baseados na ciência e na racionalidade. E que sejam respeitados também os direitos dos pais na educação dos filhos.
Ainda a onda da irracionalidade da ideologia de género não tinha chegado ao ponto em que está na Assembleia da República, já Miriam Grossman psiquiatra de crianças, jovens e adultos, em 2009, tinha começado a alertar os pais para o que estava a ser ensinado na escola sobre educação sexual, no livro: “Você está a ensinar ao meu filho o quê?”
Esta racionalidade, inserida na contestação à teoria/ideologia de género é também necessária para que os pais possam argumentar contra frases feitas que são autênticas falsidades.
Contra a expressão “nascer num corpo errado”, Miriam Grossman diz que "nenhuma criança nasce no corpo errado". Para ela, "toda a criança nasce no corpo certo".
Outra falsidade é dizerem que os outros “só têm que respeitar”. Como?
Jean-François Braunstein em A religião woke dedica um capítulo à ideologia de género: "Uma religião contra a realidade - a teoria de género".
É uma análise da realidade em confronto com a ilusão.
“Poder-se-ia evidentemente dizer que esta entrada num mundo imaginário não incomoda ninguém, mas, contudo, traz consigo uma série de consequências. “Antes de mais, porque existe um risco, para alguns dos que mergulham nesta ficção, de ficarem presos nela...
Em seguida, porque se está a pedir que cada um de nós, individualmente, e como membros da sociedade participe neste mundo imaginário.
Por fim, ... alguns destes transgéneros são militantes e proselitistas que, não se contentando em eles próprios mudarem de género ou de sexo, se propõem a converter crianças e adolescentes.”
"Esta desrealização do sexo e do corpo, o facto de a aparência física já não contar absolutamente nada para os defensores da teoria de género, manifesta-se em particular em torno da questão dos "pronomes"...A questão do género é assim tão sensível porque conduz, não apenas a uma negação afirmada, descomplexada e conquistadora da realidade, mas também à vontade de que esta ilusão seja partilhada" (p. 85)
Para as crianças, “é uma coação insuportável obrigá-las a ver uma coisa, neste caso um homem, e a dizer que é outra coisa, isto é, uma mulher ou um “não-binário”. Esta obrigação é radicalmente destruidora do testemunho dos sentidos: pressupõe que o real não existe e que existem apenas consciências separadas de qualquer ancoragem física.”
"É isto que não é aceitável impor às nossas crianças e é aqui que a seita dos wokes melhor mostra a sua intenção de destruir o mundo pela raiz." (p. 88)
Outra falsidade que se repete tantas vezes que acaba por ser aprendida e imitada na legislação é "o sexo atribuído à nascença".
Atribuído à nascença? Nem é atribuído nem é à nascença. “Como se o sexo da criança não pudesse ser determinado antes do nascimento, na ecografia ou mediante uma simples colheita de sangue e um teste genético.” (p. 90)
Até para a semana.
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