18/04/24

Família e identidade

 

Pormenor de um quadro de Jessie Wilcox Smith

1. A família é a coisa mais importante da minha vida e penso que da vida de todas as pessoas. Sem família não existíamos e, sem ela, o meu EU não era como é. Isto é, Eu não seria como sou. Foi com ela que  formei a minha  identidade. 

A família é continuidade: A família onde cresci deu lugar à família onde crescem os meus descendentes. E, assim, ao longo das gerações se vai dando continuidade ao ser humano. A família é este intrincado de relações afectivas que nos ligam uns aos outros e que dão substrato a toda nossa vida relacional.

A família é determinante para a sobrevivência  (veja-se o problema da natalidade) mas também para a saúde física e para a saúde mental de cada um de nós (e, quando disfuncional, também para a doença mental).


2. Por tudo isto, a família sempre foi tema do meu interesse. Quer pessoalmente quer enquanto assunto que não pode ser ignorado na minha profissão (psicólogo). Não se vive sem uma família, quando está presente ou ausente, quando nos trata bem e quando nos trata mal, quando estamos de relações cortadas ou temos grande proximidade, quando somos pequenos ou quando somos adultos, quando sofremos por perdas irreparáveis ou quando há um novo ser que se junta à família. Ninguém pode apagar a sua família da sua consciência ou do seu inconsciente. 


3. As transformações sociais colocam questões como a necessidade de apoio às famílias: segurança social, habitação, prestações pecuniárias, equipamentos sociais e serviços. Nos anos 80 e 90 do séc. passado, as instituições procuravam conhecer melhor as necessidades das várias formas de família e até as designações existentes para essas formas de família, que nalguns casos eram estigmatizadas como no caso das "mães solteiras", vistas logo à partida como um problema social.
Fiz então parte de grupos de trabalho que estudaram algumas dessas necessidades como foi o caso do estudo sobre "Familias monoparentais, atendidas nos Centros regionais de Segurança Social (CRSS), em 1974 e 1981", e do estudo sobre "Famílias reconstituídas", em1989/90.

 

4. Caiu o Carmo e a Trindade porque foi editado um livro, Identidade e família que reproduz a visão de algumas pessoas sobre a família, entre elas algumas ditas ou que se dizem conservadoras.

Vieram imediatamente os chamados “progressistas” e defensores da ideologia de género  criticar não só o livro mas a publicação do livro. Chega mesmo a raiar o discurso de ódio apelidando-os de  chalupas, fascistas... 

Era só o que faltava. Pelos vistos, estas pessoas não têm sequer o direito de poder expressar e publicar  a sua opinião, estejamos ou não de acordo. A democracia e a liberdade não se lhes aplica. 


5. A realidade integra muitas formas de família: Família tradicional, nuclear ou alargada, monoparental ou reconstituída... chamem-lhe o que quiserem. Desde que haja pelo menos uma criança, então há uma família e isso é o que importa.

O que não se compreende é que não haja políticas de família integradas e se deixe chegar a habitação, ou a educação... ao ponto em que está. Deste esquecimento é que deviam ter vergonha.



Até para a semana.

 




Rádio Castelo Branco


 

12/04/24

Traumas e resiliência



Com demasiada frequência, vivemos hoje situações traumáticas como acidentes, violações sexuais, actos criminosos, desastres naturais e catástrofes (incêndios, inundações, sismos, furacões), morte violenta de um familiar/amigo, doença grave/internamento hospitalar... Situações como a pandemia e situações de guerra na Ucrânia, Gaza, etc... são situações traumáticas em que populações inteiras estão sujeitas a trauma.
Perante estas violências podemos sentir choque, ameaça, stress, insegurança, humilhação, vergonha, anulação...
Ou seja, dependendo de cada pessoa, estamos, mais uns do que outros, sujeitos a traumas. As consequências do trauma dependem da reacção de cada pessoa e da sua resiliência.

1. Trauma e situações traumáticas 
Segundo a revista digital Psychology today “Trauma significa literalmente ferida, choque ou lesão. Trauma psicológico é a experiência de sofrimento emocional de uma pessoa resultante de um evento que supera a capacidade de digeri-lo emocionalmente. 
O evento precipitante pode ser uma ocorrência única ou uma série de ocorrências percebidas como gravemente prejudiciais ou potencialmente fatais para si mesmo ou para seus entes queridos.“
De facto, trauma corresponde a um registo, físico e mental, às feridas físicas e psicológicas.

2. Subjectividade
Um indivíduo pode passar por essas situações traumáticas, sem, necessariamente, ficar traumatizado. Os traumas não possuem origem no evento traumático em si. Mas Têm originam a partir da resposta psíquica e do sistema nervoso para o acontecimento negativo, tanto no momento em que ocorreu, como na sequência do acontecimento.
O que é ou não traumático é subjectivo e pessoal. Podemos ter experiências semelhantes às de outras pessoas, mas vivê-las e sermos afectados por elas de forma muito diferente. 
Segundo Sofia Teixeira do Observador ("O que é um trauma? Oito perguntas para entender o choque e o stress pós-traumático ", de 13-8-2023), depois de um evento traumático podem acontecer três coisas: 
- A maioria das pessoas, depois de um período de tempo (horas, dias ou semanas) acaba por superar estas experiências sem ficar com sintomas ou sequelas relevantes;
- Outro grupo de pessoas recupera mas não fica com a situação completamente resolvida. Ao longo da vida, em períodos de maior instabilidade emocional, voltam a ter alguns sintomas de sofrimento psicológico, apesar de não terem critérios para um diagnóstico de perturbação mental;
- Por fim, entre 5% a 8% dos atingidos desenvolve doenças mentais na consequência da exposição ao evento traumático. 
Algumas das perturbações que podem ocorrer são a depressão, o luto prolongado, os comportamentos aditivos, os sintomas psicóticos. E uma doença mental em particular: Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT).

Mas também pode acontecer que haja crescimento pós-traumático, ou seja, pode-se desenvolver um processo em que, depois da vivência de um trauma, a pessoa dá um novo sentido à sua vida. Estas pessoas sentem-se mais maduras, com mais ferramentas para enfrentar a vida, dão menos importância a contrariedades pequenas, mudam as prioridades e, não raras vezes, fazem mudanças positivas, atribuindo essas alterações à experiência intensa e ao sofrimento por que passaram.


Até para a semana.



Rádio Castelo Branco


07/04/24

Em defesa dos direitos da criança


"O que há assim de tão admirável e exemplar na chamada transexualidade para que se pretenda a sua proliferação pelo mundo ocidental e o seu ensino nas escolas portuguesas? Este episódio conta com o testemunho ímpar da jurista Teresa de Melo Ribeiro. Imprescindível." Joana Amaral Dias

04/04/24

O primeiro dente-de-leão





Hoje foi dia de passear com os netos no jardim. Ver as plantas que crescem com a Primavera, por todo o lado, e as flores de todas as cores que nos extasiam os sentidos  e descobrir o dente-de-leão ou parecido porque o que interessa é soprar e ver as sementes voarem para longe... e lembrar Walt Whitman.



O PRIMEIRO DENTE-DE-LEÃO

Singelo, fresco e belo quando brota no fim do Inverno,
Como se nenhum artifício da moda, negócios, política, tivesse um
              dia existido.
Surge do seu soalheiro recanto entre a erva abrigada - inocente,
              dourado, sereno como a aurora,
O primeiro dente-de-leão primaveril que mostra o seu rosto
             confiante.

Walt Whitman

02/04/24

Uma sociedade mais robusta

República Portuguesa (@govpt) / X

Finalmente. A pressa em chegar ao governo obrigou à geringonça. Novidade: pela primeira vez um partido que perdeu as eleições, formou governo (XXI Governo Constitucional, período de governação: 26-11-2015 a 26-10-2019).

A pressa de sair do governo obrigou a deitar fora a maioria absoluta e como resultado das eleições de 10-2-2024, Luís Montenegro tomou posse em 2-4-2024. Há pelo menos um resultado positivo: o malabarismo politico (aquiaqui e aqui...), perdeu vantagem. 

Montenegro pode não durar três meses. As armadilhas deixadas, como a dos cofres cheios, fazem pensar no pior, dado o estado do Estado, e não é difícil adivinhar o que se segue. Mesmo assim, valeu a pena terminar com uma situação governativa completamente desajustada da realidade do país.

Apesar disto tudo, a julgar pelo que se sabe, deve ser realçado o papel positivo, digno e responsável que António Costa mostrou na transição de pastas para o novo governo. 



30/03/24

Envelhecimento e perda de memória


1. A memória é uma capacidade mental extraordinária que nos permite vida autónoma e com qualidade. Mantém-se durante toda a vida ou pode falhar de forma mais maciça ou de forma mais lenta e parcelar. 
O cérebro aprende e memoriza mas também esquece. Em condições normais esquecemos o que não é importante para nós, e, ao longo do tempo, vamos perdendo mesmo as memórias relevantes. Juntamente com outras capacidades a memória vai-se desvanecendo com o passar do tempo. Mas isso faz parte da vida, como ouvi M. Esteves Cardoso dizer numa entrevista (cito de memória ): o tempo (ou a falta de tempo) é o pior que há mas o passar do tempo é o melhor que há porque se não for assim nada acontece, as coisas boas não tinham acontecido e isto é o melhor que tem a velhice: podermos recordar as coisas boas que nos aconteceram...

2. Geralmente, as memórias vão-se desvanecendo com o passar do tempo: “O avô tem uma borracha na cabeça” (Rui Zink). Mas, a menos que aconteça um qualquer traumatismo, nem sempre desaparecem na totalidade de imediato.
Acontece com frequência, momentaneamente, não recordarmos o nome de uma pessoa. Mesmo se familiares e amigas. Da mesma forma acontece com algumas actividades ou até hábitos que de repente desaparecem da nossa memória.

3. Há episódios de perda de memória que nos deixam muito preocupados. Como, por exemplo, o episódio que descrevo a seguir e que pode voltar a acontecer em qualquer altura.
“Hoje levantou-se no seu estado de saúde habitual, tomou banho sem dificuldade de forma autónoma. Pelas 7h30 ao tentar fazer o pequeno-almoço conseguia reconhecer os ingredientes mas não sabia qual a ordem para fazer a mistura queria fazer leite com cereais mas não se lembrava dos passos para o realizar. Sabia que tinha de tomar a medicação mas não sabia quais nem de que forma. Pediu ajuda à mulher que refere que o doente estaria muito ansioso com a situação. A mulher nega alteração da linguagem. Em seguida levou os netos à escola. Dificuldade em abrir a porta do carro não sabia como se fazia. 
Nunca teve episódios prévios semelhantes. Sem alteração da FM ou da sensibilidade. Sem descoordenação. Sem diplopia ou disartria. Nega cefaleia. Sem movimentos involuntários. Sem episódios prévios semelhantes. Sem febre. Sem traumatismos.”

4. Algumas destas situações têm a ver com a perda de capacidade de recordar, com a deterioração cognitiva ligeira, com as demências e as amnésias. Neste caso, após os vários exames necessários, a hipótese de diagnóstico parece ser de amnésia global transitória.
O que é isso, afinal ? 
A amnésia global transitória "é uma amnésia que dura menos de 24 horas e que costuma surgir pela primeira vez entre os 60 e 70 anos. A pessoa mantém-se consciente e orientada, não apresenta alterações sensitivas nem motoras, e a linguagem e o raciocínio estão preservados. O paciente repete constantemente as mesmas perguntas, porque se sente incapaz de criar memórias a curto prazo, dado que a amnésia é anterógrada e afecta o que acontece depois do episódio. Por outro lado, conserva a memória a longo prazo em todas as suas funções." (p.111)

5. Contingências do envelhecimento. Faz parte. Nunca estamos preparados para eventualidades assustadoras mesmo para aquelas que não merecem outra preocupação e isso já é suficientemente tranquilizador.
De resto fica sempre a interrogação sobre o nosso envelhecimento: "E quando for velhinho como é que vai ser? 
"Eu já não vou a tempo. Nem sequer consigo desacelerar. Tenho inveja da tranquilidade com que os meus amigos estão uns com os outros e sinto-me triste por não ser capaz do acto de amizade que tem maior valor: deixar-me estar quieto. Um verdadeiro amigo apenas quer a companhia do outro. O que se faz ou o sítio onde se está é secundário. Não é como eu, sempre aos saltos, a perguntar "Onde é que vamos? O que é que vamos fazer?". Os amigos são mais que companheiros. Deveriam ser "companhia"...
Sou um Ferrari em segunda mão com uma avaria grave na caixa de velocidades: só tenho quinta. Enquanto for novo, consigo arrancar em quinta, dando cabo do meu mecanismo e patinando por toda a parte, até atingir a velocidade de ponta. Mas quando tiver mais uns quilómetros em cima, de nada me servirá ter só a última velocidade. Devagar se vai ao longe. Depressa só dá para dar umas voltas." (Miguel Esteves Cardoso, Independente demente, p. 243-244)



26/03/24

Mãe e Filho: uma relação única



1. Stabat Mater dolorosa iuxta crucem lacrimosa dum pendebat Filius
    Em pé, a Mãe dolorosa, chorando junto à cruz da qual pendia seu Filho.
...
5. Quis est homo qui non fleret Matri Christi si videret in tanto supplicio?
    Que homem não choraria se visse a Mãe de Cristo em tamanho suplício?

6. Quis non posset contristari Matrem Christi contemplari dolentum cum filio. 
    Quem não se entristeceria ao contemplar a Mãe de Cristo, condoída com seu
    filho?
...


Pergolesi - Stabat mater (soprano e alto) - Les Talens Lyriques








19/03/24

O dia do Pai

 Arquivo: Raffael 017.jpg 

"Sagrada Família" - Rafael (1483-1520)



Todos nós somos filhos e temos pais e muitos de nós somos pais e temos filhos. Trata-se de uma relação em que existe um porque existe o outro. Em que o crescimento de um leva ao crescimento do outro. 
É o nascimento de um filho que faz o nascimento de um pai, ou de uma mãe, e a partir daqui forma-se uma ligação que vai manter-se durante toda a vida, mesmo quando a interação deixa de existir ou quando perturbações psicológicas levam ao afastamento de um e de outro. Pode haver divórcios, o pai e a mãe podem separar-se, mas não há divórcio dos filhos...

Crescer juntos significa que o desenvolvimento, dos filhos e dos pais, se faz dentro de uma família onde se estabelece um vínculo para sempre. Nunca nos desligamos dos filhos e vice-versa, e esta relação sobrevive para além da morte.
Crescer juntos durante toda a vida é uma experiência fantástica que nos faz ver a beleza e a bondade deste mundo, de sentirmos que vale a pena o esforço e a luta de todos os dias e de nunca perder a esperança.
Mas também não devemos esquecer que crescer juntos pode ser doloroso e malsão, pode ser uma experiência terrível e traumática. Há pais que abandonam os filhos, infligem maus tratos e abusos... E também há filhos que abandonam os pais.

D. Antonino Dias, bispo da nossa Diocese, escreveu um texto muito impressivo sobre este dia que gostava de referir.

“Nestes dias em que vamos celebrar São José, o pai adotivo e amantíssimo de Jesus e, a par, celebramos o Dia do Pai, queremos recordar todos os pais que choram amargurados. 
Aqueles que choram, pesarosos, ao reconhecer que não exerceram bem a sua missão de educadores de seus filhos nem foram verdadeiros fomentadores da cultura do amor na sua família e comunidade, mas, arrependidos desta sua atitude, seguem em frente, rezando e colaborando, como agora podem, em prol dum mundo melhor. 
Mas queremos recordar, sobretudo, os pais marginalizados, os pais que vivem sem alegria, sem saúde e sem paz. Recordamos os pais que não conseguem pão para os seus filhos, que vivem sem emprego, sem casa nem condições de habitabilidade. Os pais que veem os seus filhos a morrer por doença, em guerras sem sentido ou são vítimas do vício da droga ou dos sombrios caminhos da violência e do mau viver que abraçam e os destrói.”

Mas também quando os filhos não querem saber dos pais...

“Os pais que se sentem explorados e abandonados pelos seus filhos, em casa, em lares ou hospitais, como se fossem coisas sem valor para arrumar e esquecer. Que a todos, por quem de direito e dever, seja feita justiça, com amor e respeito. Por intermédio de São José, rogamos por todos os pais, sobretudo, pelos que sofrem e choram por não se sentirem respeitados nem amados." (Pais que choram tristes e amargurados)

Por tudo isto, é urgente uma política de família, conforme prevê a nossa Constituição (Artº 67º a 71º da CRP), expressa na importância dos pais na sociedade, na protecção da paternidade e maternidade, na protecção das pessoas com deficiência e na protecção dos idosos.



Boa Páscoa.


 

Rádio Castelo Branco



14/03/24

Manipulação emocional




Costumamos dizer que "é melhor prevenir do que remediar." Mas apesar das campanhas preventivas (p.ex., campanhas contra a violência doméstica) que se vão fazendo, visando melhor informação, conhecimento e mudança de comportamentos, nem sempre os resultados são tão eficazes como seria desejável. 
Em relação à violência no namoro, violência doméstica... a prevenção não parece ter sido suficiente para vermos as estatísticas baixarem, de modo a que possamos dizer que há uma melhoria na sociedade e que vivemos em contextos de vida mais saudáveis...
Mais informação e consciencialização poderão também explicar o aumento de casos denunciados... por isso sem prevenção os resultados seriam ainda piores.

Conhecer melhor estes comportamentos de abuso de poder será uma forma de agirmos com mais eficácia nas intervenções preventivas.
Talvez a questão possa radicar mais fundo na nossa educação e formação da nossa personalidade e no papel que a manipulação aí desempenha.
Então o que é a manipulação e como ela se aprende? "Todos nós desde a mais tenra infância, somos manipulados e aprendemos a manipular." ... "Todos nós temos ideias feitas que herdamos do meio familiar educativo social, e que nunca pomos em causa com raciocínios críticos e racionais.”(A manipulação dos espíritos, A. Dorozynski, p. 9-11)
A manipulação emocional utiliza palavras, gestos, sentimentos para influenciar o outro de forma consciente com o objetivo de conseguir o que se deseja.

O termo Gaslighting talvez seja a melhor forma de traduzir esta situação. Constitui uma forma de abuso e chantagem emocional, manipulando uma pessoa, forçando-a a questionar seus pensamentos, memórias e eventos que ocorrem na sua vida, para ganhar mais poder.
É uma técnica comum a todo o tipo de manipuladores e é um comportamento que, paulatinamente, leva a pessoa a não perceber a pressão a que está sujeita. 
No filme Gaslight (1944), o enredo descreve-nos um homem que inventa situações estranhas, como o desaparecimento de objectos que levam a vítima a pensar que está a enlouquecer, a perder a auto-estima, a sua confiança e segurança, levando à exaustão, acabando por ficar doente.

Como refere a revista Psychology Today, temos que ter em conta que quase todas as pessoa podem “ser susceptíveis a tácticas de manipulação, desde sempre utilizadas por agressores domésticos, ditadores, narcisistas, líderes de seitas, etc.... 
Os manipuladores mais eficazes são frequentemente os mais difíceis de detectar; eles podem ser reconhecidos pelas ações e pelo estado mental em que deixam as suas vítimas.

Como conhecer um manipulador? Normalmente trata-se de pessoas com perturbação de personalidade narcisista e psicopatia. 
Os manipuladores manifestam comportamentos diversos conforme se trata de uma vítima ou de pessoas em geral, de forma a evitarem cair no descrédito social. 
A manipulação pode ser uma táctica utilizada por qualquer pessoa e tem níveis de gravidade diferentes. A manipulação de que falamos aqui é diferente e menos comum do que as manipulações noutras situações.
Também há diferenças entre esta manipulação e narcisismo, Ela pode fazer parte de uma personalidade narcisista, mas não é um traço central da perturbação de personalidade narcisista. 
Então, conhecendo melhor a personalidade destes manipuladores, podemos também estar a prevenir situações de abuso e de perturbação psicológica no futuro. 




Rádio Castelo Branco