Numa democracia, a liberdade de expressão é componente essencial e o contraditório faz parte do exercício da liberdade.
O politicamente correcto, o mainstream da política, é fazer ultimatos ao governo para que se demita. Todos os dias há mais um bem pensante comentador político e económico a exigir que o façam porque já não tem legitimidade.
O mesmo se passa com o presidente da república.
Exigem a marcação da agenda das instituições: quando falam não deviam falar quando não falam o silêncio é ensurdecedor.
Os bem pensantes comentadores políticos e económicos querem que Isabel Jonet diga o que eles pensam e que não diga as verdades que são sua opinião.
Os bem pensantes políticos e económicos não gostaram que Fernando Nobre tivesse direito, como qualquer homem livre, de se candidatar pelo PSD à Assembleia da República.
O mainstream exige o boicote ao Pingo Doce porque a empresa de Soares dos Santos mudou a sua sede social.
Debates tipo prós e prós confirmam, patrões e sindicatos em harmonia, que o pensamento único, é o que fica bem ao serviço público pago pelos contribuintes.
Ou então fazem-se cartas abertas.
É assim o exercício da liberdade.
Mas há um pormenor: os outros, discordantes, também devem poder expressar-se livremente, fazerem as opções políticas que quiserem, por quem quiserem.
E querem continuar a ajudar quem querem. É o que farei como sempre fiz.
Nos EUA, como se viu há pouco tempo, prós e contras, sabem que são mais quatro anos.
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