Umberto Eco autor d' O nome da Rosa mas também de outras coisas mais incipientes, ou talvez não, começou por me ser muito útil com o seu livro Como se faz uma tese. O que à partida parecia ser mais um livro chato sobre metodologia do trabalho científico acabou por ser bem divertido. O que prova, se ainda não soubéssemos, que o processo ensino-aprendizagem não tem que ser chato.
Depois passou a fazer parte dos livros recomendados aos meus alunos.
Em época em que se fazem trabalhos e teses pouco ou nada originais, como por exemplo aqui, ou aqui, e até se escrevem livros em que se duvida de quem é o autor, ou se conclui que o autor é outro, seria bom ler U. Eco.
Eco é, aliás, de uma preciosa ajuda estratégica para o logro de quem "escreve" estas teses. Por exemplo, será sempre menos arriscado "escolher" uma tese de universidades da zona do Porto no caso de querer apresentá-la em universidades da zona de Lisboa e vice-versa. É improvável que algum professor descubra facilmente a astúcia.
O que Eco provavelmente sabia mas certamente não acreditava, como qualquer mortal, era a possibilidade de alguém escrever uma tese por avença ou, como diz J. D. Quintela, "O Farinho ampara".
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