Quando foi aprovado o 1º orçamento do "tempo novo" e o inefável João Galamba sustentou: "Este é mesmo um Orçamento de
um tempo novo, porque é o primeiro em muitos anos que cumpre
integralmente todos os compromissos assumidos, tanto os internos, como
os internacionais. É um Orçamento que procura um equilíbrio", ficámos numa enorme expectativa.
Fogo! Não fazia por menos: Cumpria integralmente todos os compromissos assumidos! Algo de verdadeiramente diferente ia acontecer aos portugueses.
Fogo! Não fazia por menos: Cumpria integralmente todos os compromissos assumidos! Algo de verdadeiramente diferente ia acontecer aos portugueses.
Nada disso, apenas interessava, mais uma vez, chegar ao poder, nem que para isso tivesse sido necessário um compromisso obtuso mas estatisticamente pragmático e suficiente para governar. Novo ou velho é igual ao litro. Mostrou ser desconforme à realidade e as expectativas negativas acabaram por ser confirmadas.
Podia até ser assim, podia tirar com uma mão e dar com a outra, podia até tirar com as duas mãos, como nos governos anteriores, Passos Coelho e Sócrates (o corte de salários foi no governo de Sócrates, as scuts pagas idem...) mas podiam deixar-se de tanta retórica e de nuances semânticas.
Foi para isto que deixou a Câmara de Lisboa, que tinha no coração, “O que sei é que tenho Lisboa no coração e sobre isso não tenho dúvidas”, não cumprindo o mandato até ao fim.
Foi para isto que tirou do caminho Seguro, que até tinha algumas propostas de reformas para o país.
Foi para isto que tirou do caminho Seguro, que até tinha algumas propostas de reformas para o país.
Foi para isto que tendo perdido as eleições, engendrou uma "posição conjunta" que lhe permitiu sair "vencedor".
O orçamento de 2017, é a continuação, conforme diz o governo, do orçamento de 2016, ou seja um orçamento «tira do "lete" e põe no "caféi"» - parte 2. Tira dos impostos directos e carrega nos indirectos que são mais injustos e selectivos: os que acumulam riqueza *, os que gostam de açúcar, os fumadores, os que andam de carro, etc., com uma estratégia mais descarada que está longe de ser nova, embora pareça, como por exemplo, o "sem-vergonhismo" do imposto Mortágua.
Entretanto, o pagamento das fantasias tem que ser feito (culpa da União Europeia, claro) e deita-se mão a tudo o que mexe na economia para haver dinheiro para as pagar. A política do "sem-vergonhismo" que "espalha com as patas o que os outros juntam com o bico" é isso mesmo. Verdadeiramente a cara dos descarados
Entretanto, o pagamento das fantasias tem que ser feito (culpa da União Europeia, claro) e deita-se mão a tudo o que mexe na economia para haver dinheiro para as pagar. A política do "sem-vergonhismo" que "espalha com as patas o que os outros juntam com o bico" é isso mesmo. Verdadeiramente a cara dos descarados
É um orçamento que dá poucochinho com uma mão e tira com a outra aos que "acumulam"alguma coisa. *
É um orçamento de austeridade: "Baixou o IRS? Não. Baixou o IRC? Não. Baixou o IVA? Não. Baixou o IVA da eletricidade e do gás? Não. Baixou o IMI? Aumentou. Criou novos impostos? Sim. Manteve ou reforçou o aumento dos impostos verificado no ano anterior? Sim. Eliminou a sobretaxa como prometido? Não."
É um orçamento de austeridade: "Baixou o IRS? Não. Baixou o IRC? Não. Baixou o IVA? Não. Baixou o IVA da eletricidade e do gás? Não. Baixou o IMI? Aumentou. Criou novos impostos? Sim. Manteve ou reforçou o aumento dos impostos verificado no ano anterior? Sim. Eliminou a sobretaxa como prometido? Não."
Ou o jogo do rapa, como diz António Barreto.
Mas parece que vão repor a justiça para os contribuintes que tiveram carreiras mais longas e portanto descontaram mais, lá para Agosto, por causa da informática.
___________________________* "Quem paga impostos em Portugal?" Mário Amorim Lopes
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