Até ao 15º dia pós-eleitoral, Costa não se demitiu. Em vez disso, tem-se sujeitado a mostrar o que tem de pior e o pior que tem um político.
Na "Crónica dos bons malandros", os polícias fugiam à frente dos ladrões, como num filme de trás para a frente.
Costa acha que a sua atitude é como derrubar os últimos vestígios de um Muro de Berlim. Só que aqui não pode passar o filme às avessas. O que acontece é que foi o lado da liberdade que derrubou o muro e não foi a ditadura do proletariado, nem o centralismo democrático, nem a vanguarda da classe operária, nem a luta de classes, nem a nomenclatura, nem nenhum regime totalitário, nem nenhum pc, nem nenhum pc-ml, nem nenhum pc-mlm, nem internacionalista da 4ª, ... mas aqueles que queriam ser livres.
O problema é que na história do muro não houve bons malandros antes vítimas que ousaram romper o cerco pagando com a vida por quererem ser livres.
Costa, malabarista, pode dizer todas as inanidades e desvirtuar os acontecimentos, pode fingir querer negociar com quem ganhou as eleições, pode fingir querer cooperar, ou o que quiser, governar com quem quiser, prometer o que quiser... o que não pode é dizer que a história não foi assim.
Mas não se podem estranhar atitudes similares a quem consegue afirmar que não foi o governo PS que chamou a troica, a quem consegue negar o estado a que o país chegou em 2011...
Costa, malabarista, tem todo o direito de querer ser primeiro-ministro, mas já agora podia fazer o favor à gente de ganhar as eleições, nem que seja por "poucochinho".
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