19/02/14

Educar para o optimismo


Para o Financial Times, Portugal foi considerado o herói-surpresa da zona Euro. No entanto, os mais surpreendidos por esta notícia são os próprios portugueses.
O medo do sucesso é uma característica do comportamento de alguns portugueses e, principalmente, de algumas organizações políticas, sociais e sindicais. O que se tem passado, ultimamente, confirma esta posição.
Todos sabemos que temos vivido tempos muito difíceis. Mas com o esforço de todos começa a haver sinais positivos e parece que o pior terá passado.
A economia, as empresas, as exportações, os juros dos empréstimos têm melhorado. O desemprego deixou de subir, mesmo que à custa da sazonalidade, da emigração, etc…. Os subsistemas da saúde e de educação têm mantido os indicadores positivos que são conhecidos, embora se saiba que quando se atinge um nível muito bom é difícil superar esse nível.
Mas o mais estranho é que aquilo que devia ser motivo de sucesso é todos os dias denegrido, tomado com desconfiança, justificado com a Europa, com os outros, e não com a nossa capacidade para superar as dificuldades…
Na saúde, por exemplo, alguns hospitais encontravam-se em falência financeira em 2009… mas usam-se os números de forma distorcida: houve menos 40000 consultas, em 2013, mas o que não se diz é que isso foi num universo de 40 milhões de consultas. E também não se diz que, em 2009, houve menos 4 milhões de consultas.

O que aconteceu na nossa vida colectiva foi isto: vivemos na mentira do sucesso... A nossa auto-estima estava em alta:Euro 2004, tgv, ppp, polis, auto-estradas, "estado social", novas oportunidades, etc., etc.
Vivemos entre o falso sucesso e o pessimismo paralisante que não deixa reformar nem inovar. Perguntam “onde é que está a reforma do estado?”, quando se quer que tudo fique na mesma.
Vemos só o que queremos ver. E não queremos ver os casos de sucesso dos portugueses.
Temos falta de autoestima para nos reconhecermos nos nossos sucessos. Somos pessimistas, parece que há até quem goste de o ser, e, por isso, precisamos de ser educados para o optimismo confiante.

Prometa a si mesmo...
- Ser tão forte que nada pode perturbar a sua paz de espírito.
- Falar de saúde, felicidade e prosperidade a cada pessoa com que se cruzar.
- Fazer todos os seus alunos, filhos e colegas sintam que têm algo de especial.
- Olhar para o lado positivo de tudo e fazer o meu optimismo tornar-se realidade.
- Pensar somente o melhor, trabalhar apenas para o melhor e esperar apenas o melhor.
- Ser tão entusiasmado com o sucesso dos outros como com o seu próprio sucesso.
- Esquecer os erros do passado e concentrar-me apenas nas realizações positivas do futuro.
- Usar uma expressão de alegria em todos os momentos e dar aos seres humanos com que se cruza um sorriso.
- Dar tanto tempo para melhorar a si mesmo que não tem tempo para criticar os outros.
- Ser tão forte que não se preocupe, tão nobre que não se descontrole, tão resistente que não tenha ansiedade, e tão feliz que não desfaleça face às adversidades. *


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*Christian D. Larson, 1912. Adoptado pela Optimist International.

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