04/09/12

Vender a alma

Há 3 anos fecharam o Jornal Nacional de Sexta-Feira (TVI).
Podemos  gostar ou não do estilo ou do formato. Mas a liberdade e a liberdade de expressão não podem ser postas em questão. E no caso foi.
Os governos mudam mas as  pressões continuam ... com nuances. As nuances são, às vezes, subtis. As piores são aquelas que nem se dá por elas.
A liberdade de expressão é um bem sujeito a essa grande variedade de manipulações que acabam com facilidade apenas em pressões

"O mais curioso é que "as inaceitáveis", pelos vistos, são tão aceites como quaisquer outras. E nenhumas deviam ser. Se de cada vez que houvesse uma pressão por parte de um político o jornalista a denunciasse, as coisas seriam bem diferentes, há já muito tempo. O problema é que não há uma cultura de jornalismo contrapoder enraizada em Portugal. Pelo contrário.

"Há uma enorme facilidade de ajustes editoriais sempre que há mudanças políticas e uma terrível promiscuidade entre políticos e jornalistas. Obtêm-se ‘fontes’ aceitando terríveis condições, vende-se a alma ao Diabo para segurar outras, não se chateia muito para se ter entrevistados que se dão ao luxo de escolher quem os entrevista, fica-se fascinado por ter amiguinhos políticos e dá jeito..."
(M. Moura Guedes)

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