20/09/12

A resolução construtiva do conflito


Assistimos, neste momento, à escalada do conflito e todos os dias surgem novos episódios: contam-se os que são por nós e contra nós, os argumentos a favor e contra e ninguém sabe como e quando se vai inverter a escalada.
A falta de diálogo, o silêncio, entre as partes leva ao aumento da escalada .
Factores emocionais e processos inconscientes das personalidades envolvidas dificultam ainda mais a resolução do conflito.
É necessário que as partes envolvidas tenham algumas competências de gestão dos desacordos, dos conflitos, dentro da família e nas instituições como o governo.
Evitam-se, assim, muitas soluções erradas ou violentas, algumas que levam a rupturas desnecessárias, como alguns divórcios, e a desfechos mortíferos:
Antes de mais é preciso admitir que há um problema.
Depois, é necessário dar tempo e espaço de forma a que cada pessoa possa exprimir as suas emoções, os seus sentimentos de injustiça, incompreensão, e também de arrogância, egoísmo...
Em terceiro lugar, para resolver um conflito, a discussão deve centrar-se no problema e não nas pessoas.
Finalmente, é necessário mudar a percepção a respeito da situação do conflito: A distorção da percepção leva a ver apenas aspectos negativos e a não identificar qualidades positivas, a percepção de si como correcta e justa e a percepção da outra pessoa como intransigente e impeditiva da resolução. Querer permanecer na sua posição intransigente, utilizando expressões como: “eu tinha razão", "como sempre disse", "não há alternativa", "eu sou coerente", "estão todos contra...", "estão todos a favor…", faz ainda parte da escalada.
Basicamente, o que está aqui em jogo é o preconceito: cognitivo, social, sexual, político...
A responsabilidade da mediação, neste caso do Sr. Presidente da República, é muito grande ou mesmo decisiva, dadas as posições rígidas que foram tomadas mas se se tiver algumas destas competências para lidar com os problemas podemos evitar males maiores.

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