11/06/15

"Sinto-me grato..."


A gratidão é uma das vinte e quatro forças de assinatura de que fala Seligman. A partir de Felicidade autêntica,  venho utilizando este modelo que me ajudava a ajudar os meus alunos e a mim próprio: todos os dias tento avaliar as situações, atitudes e comportamentos dos outros em relação aos quais me sinto grato. 
É uma tarefa que não é fácil de praticar quando o tempo se vai reduzindo... Como no poema de David Mourão-Ferreira: "Há-de vir um Natal e será o primeiro/em que não viva já ninguém meu conhecido."

Aos 81 anos, Sacks tem vindo a assistir ao desaparecimento da sua geração. A cada morte, uma pequena parte dele também desaparece. “Não irá existir ninguém como nós quando desaparecermos”, escreveu para o jornal norte-americano. “Quando as pessoas morrem, não podem ser substituídas”. São como “buracos que não podem ser preenchidos”, acredita. Mas esse é o destino de todos os homens, e Sacks tem consciência disso.
Admite ter medo, mas acima de tudo diz-se grato. “Amei e fui amado. Recebi muito e dei alguma coisa. Li, viajei, pensei e escrevi”.

Leio Musicofilia. Fascinado e grato.
"A espécie humana tem tanto de musical como de verbal. E essa predisposição para a música pode assumir muitas e diferentes formas. Todos nós, (com raras excepções) somos capazes de apreender a música, de apreender os sons, timbres, distância entre tons, contornos melódicos, harmonias e, (talvez de forma elementar) ritmos. Integramos todos esses elementos e «construímos» mentalmente a música, usando para isso diferentes partes do cérebro. E a esta capacidade estrutural – em grande parte inconsciente -  para apreciar a música acrescenta-se amiúde uma profunda e intensa reacção emocional à música." (pag.13)

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