14/03/14

Família e escola, uma colaboração vital


De vez em quando surge a ideia de que a educação é dada pela família e a instrução é feita pela escola.
Supostamente as crianças seriam educadas pelos pais e instruídas pelos professores, partindo-se do principio de que é possível definir estes territórios em exclusividade para a educação e para a instrução.

Poderá haver formas e conteúdos educativos mais específicos da família e outros mais específicos da escola. Mas muitos têm aspectos comuns.  Nos vários aspectos da educação e principalmente da educação pessoal e social e da educação para a cidadania ambas, família e escola,  têm um importante papel a desempenhar.

Por outro lado, em educação está tudo ligado. As várias áreas de educação têm interacções entre si, a educação corporal, afectividade, educação sexual, expressões, e educação par a liberdade e para a vida comunitária...

Por exemplo, na educação corporal são importantes os aspectos da saúde física e vigor físico, interacção corpo psiquismo.
A família tem um papel na estabilidade somática, na alimentação, na prevenção da doença. A escola tem mais relevo no fortalecimento da capacidade de movimento, tem disciplinas que a promovem,  interacção das funções psicossomáticas (exercício de concentração, psicomotricidade, relaxamento, etc..), desenvolver a capacidade de expressão corporal.
Mas há também áreas comuns: prevenção das toxicodependências, evitar a destruição do corpo, aquisição de hábitos saudáveis, a necessidade de existência de regras.

Na educação intelectual, os pais devem apoiar as actividades dos filhos não em termos directos mas na assistência, exigência e ajuda às actividades escolares, tpc…
Há campos comuns como o dos comportamentos, atitudes, orientação escolar...

A educação da afectividade é a área do clima de compreensão e de amor e de diálogo permanente em família. Mas a escola continua a acção da família: afirmação de valores morais, estéticos, estimulação de relações afectuosas e abertura ao diálogo.

Na educação da expressões, a família deve efectuar o  desenvolvimento da linguagem oral, estimular o gosto pela leitura, ajudar na na utilização dos meios audio-visuais
É claro que à escola compete desenvolver toas as áreas expressivas específicas. A ambos cabe desenvolver a espontaneidade e a criatividade

Aos pais cabe definir o valor essencial da autoridade parental. Autoridade e diálogo devem estar sempre presentes. Escola deve também desenvolver o diálogo e a autoridade mas ao mesmo tempo o espírito critico da pessoa. À família e à escola compete: ajudar a descobrir o próprio caminho a descobrir os valores.

A família é a primeira educadora da dimensão social dos filhos. A escola pode ensinar sociologia e politica, as atitudes criticas em relação aos diferentes sistemas de convivência humana, deve dar a conhecer os valores e também avaliá-los, discuti-los e a atitude em relação a eles.
Ambos devem orientar para os aspectos da socialização: as amizades, a militância politica, social…

O ditado de que “é preciso a aldeia inteira para educar uma criança”, sugere que não podemos dispensar nem os pais nem a escola nas tarefas de educação, onde muitas vezes o trabalho de uns continua e interage com o trabalho dos outros.
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Educar e instruir
Diez, J. J. - Família-Escola , uma relação vital, Porto Editora

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