06/11/14

Ousar falar


Le cercle psy, nº 3 , hors-série,  dá voz às pessoas que sofrem de alguma difculdade a nível da sua personalidade. Sobre o assédio moral, um extracto do livro De la rage dans mom cartable, remete-nos para o testemunho de Noémya.


Noémya foi vítima de assédio moral durante toda a sua escolaridade. Viveu quatro longos anos de sofrimento, onde intimidação, insultos, agressões e rejeição foram o seu quotidiano, na indiferença geral do pessoal docente, acrescentando a cada dia um pouco mais de raiva na sua mochila ... Isto foi seguido por dez longos anos de depressão e fracassos profissionais, as consequências directas do fenómeno do assédio. Com espírito de luta, Noémya escapou graças à escrita, conseguindo colocar em palavras os seus problemas .... 
Durante três anos, ela fez da luta contra o assédio moral a sua luta pessoal. 

"Diz-se que há palavras que matam. Palavras que destroem do interior. A diferença com as agressões é que as palavras ficam...

...Para as vítimas de assédio escolar não há geralmente paragem. Todos os locais se tornam ansiogénicos. As salas de aula. O pátio do recreio. A cantina. O autocarro. A perseguição é permanente."


Para os que sofrem com esta situação,  mais importante  do que "guardar na mochila" todas estas agressões é ousar falar.

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