Balanço desastroso. Está confirmado o desastre a que chegou a gestão de recursos humanos desta governação.
As loas à ex-ministra da educação porque era dura e intransigente com os professores chegaram ao fim já que até o prof Marcelo reconheceu na sua última crónica na TVI que afinal a escola pública obteve péssimos resultados no ranking das escolas secundárias. As escolas públicas foram praticamente varridas das melhores 20 escolas.
Um pequeno pormenor, neste faz de conta em que andamos, referido por Ramiro Marques (profblog): uma das escolas com piores resultados, teve uma excelente avaliação externa. Tanta exigência, tanto rigor !
Não será certamente pela suspensão daquele já celebre modelo de avaliação de desempenho, o melhor do mundo, que ficou pelo caminho. Pelo contrário. A avaliar pelo que foi o seu início, a aplicação daquele modelo seria um factor de grande instabilidade, a acrescentar às várias instabilidades existentes.
Quanto ao resto do pessoal do sector, porque há muito mais gente nas escolas do que professores, coisa, aliás, de somenos para o poder, o desastre é igualmente significativo: falta de recursos, carreiras inexistentes ou absurdas, o que é o mesmo, fim dos concursos, inconsequência da avaliação de desempenho, salários baixíssimos (pessoal contratado a 3 € à hora)…
Alguém pode acreditar seriamente numa carreira em que seria necessário viver três vidas para chegar ao topo dessa carreira ?
A solução não poderia passar por acabar com toda a legislação de recursos humanos que criaram durante estes 7 anos de destruição da função pública? A começar pelo dec.- lei 12-A/2008?
E se voltássemos aos concursos públicos para ingresso e acesso, mas a sério?
Esta gestão de recursos humanos culminou agora nessa grande medida socialista que é baixar os salários dos funcionários públicos e afins.
E, como o Herman, numa das suas rábulas recentes temos que nos perguntar se está tudo…
Tá tudo ? Temo bem que não.
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