Continuamos a assistir, via comunicação social, a actos de violência terrorista. Nos últimos dias: Um jovem mata casal de polícias em Paris; Em Orlando, nos EEUU, um homem matou 50 pessoas e feriu 53; quase diariamente são feitas ameaças de que outros actos terroristas se seguirão…
Esta violência cria vítimas directas: os mortos e os feridos fisicamente e todas as que ficam com feridas psicológicas para muito tempo. Entre as vítimas indirectas estão os familiares das vítimas e dos sobreviventes, os técnicos que desenvolvem a sua intervenção durante este tipo de crises, assim como os que assistem através da comunicação social a estes actos de violência que geram incerteza e medo em cada um de nós. Ficamos a interrogar-nos onde devemos estar, tomar um café, passear, fazer compras, passar as férias…
Além disso, provocam desajustamentos emocionais, stress pós-traumático, episódios de pânico, depressão e todas as consequências de saúde e sociais que resultam destas perturbações psicológicas.
A seguir ao 11 de Setembro em vários estudos verificou-se que havia um aumento de dores de cabeça, aborto, mudanças no cérebro, problemas pulmonares, aumento do medo em geral...
Verificou-se que o cérebro, mais especificamente a amígdala, se torna mais sensível ao medo, inclusive o de pessoas saudáveis que viviam a grande distância do local do ataque.
Interrogamo-nos sobre que espécie de gente é esta que é capaz de cometer assassinatos de forma indiscriminada, atacando pessoas totalmente inocentes. O medo também resulta de não sabermos quem pode ser esse terrorista que mora na nossa rua, é nosso vizinho e frequenta a mesma escola dos nossos filhos.
Apesar de não conhecermos um perfil de terrorista suicida sabemos já alguma coisa: A sua personalidade apresenta algumas características: introvertida, tímida e com baixa autoestima, facilmente seduzido e manipulável por “doutrinadores” que os sujeitam a técnicas de condicionamento e de “lavagem cerebral” onde as acções mais depravadas e brutais são justificadas por determinadas causas com argumentos irracionais ou ilógicos.
Por outro lado, há sinais comportamentais que se tornam, a posteriori, mais precisos, Vejamos o que a ex mulher do terrorista de Atlanta e um ex-colega de trabalho dizem:
Descreve o ex-marido como “profundamente perturbado e traumatizado”. Alguém que facilmente perdia o controlo e tinha um passado de consumo de esteroides: "Envolvia-se em conflitos e discussões frequentes com os pais, mas a maior parte da violência era dirigida a mim, eu era a única pessoa na vida dele”.
Um ex-colega de trabalho, revelou ao New York Times que chegou a queixar-se de Omar à empresa: “Ele falava constantemente em matar pessoas”, afirmou. “Ele estava sempre zangado, a suar, zangado com o mundo.”
Esta é a realidade dos começos do sec. XXI. Devemos estar atentos e ao mesmo tempo continuar a fazer a nossa vida sem que o medo tome conta dela.
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