Tempo de mudança e data da libertação, a Páscoa é “passagem”, do Inverno para a Primavera, da escravatura no Egipto para a liberdade na Terra prometida, é um novo começo, a renovação da natureza.
Mas cada um de nós vive a sua Páscoa, obviamente condicionado pela Páscoa dos que nos rodeiam.
Várias dificuldades psicológicas acontecem connosco ao longo do ano, em especial nos tempos de festa. Momentos de maior ou menor tristeza, alegria e frustração… a nossa vida é dominada pela nossas emoções. E precisamos de uma "Páscoa" para mudarmos para uma vida mais saudável…
Qual será o segredo para vivermos uma vida de forma mentalmente saudável ? Esta pergunta é mais que pertinente quando estamos a ser invadidos por todo o tipo de temporais psicológicos e físicos e por circunstâncias pouco tranquilas.
Como reagir à frustração se “ela está sempre presente cada vez que o nosso organismo encontra um obstáculo ou um impedimento mais ou menos intransponível no caminho que conduz à satisfação de qualquer necessidade vital” ? (Rosenzweig)
Sabendo, actualmente, tanta coisa sobre as emoções como é que estamos a lidar com elas: da mesma forma como há muitos anos ? As guerras não deixaram de ser menos brutais, mantém-se a impotência da sociedade das nações para parar os líderes sanguinários que emergem com frequência, quem trava os tráficos de pessoas, drogas, armas, diamantes, quem permite os paraísos fiscais ...
Estamos a lidar de forma diferente com as crises financeiras e económicas?
Os grandes e queridos “líderes“ terão apenas ruínas e a dor das pessoas para governar porque não desaparecerão nas próximas gerações...
Os grandes e queridos “líderes“ terão apenas ruínas e a dor das pessoas para governar porque não desaparecerão nas próximas gerações...
Para que serve a imensa informação que circula por todo o mundo? Para se transformar em comentário politico que amortece a dureza dos acontecimentos e os integra nas estratégias dos comités centrais ou dos secretariados partidários ?
"A sociedade não se importa um corno com a sua felicidade. À sociedade interessa-lhe que consuma e que pense que o consumo o pode fazer feliz."(Punset).
O que se passa no trabalho ? No sector de educação os professores integram as 10 profissões com maior risco de depressão. Como neste testemunho:“Sei que fiquei mais gordo, por causa dos medicamentos, mas sei porque vejo nas fotografias, não me lembro disso”, confessa ao jornal um professor com 28 anos de carreira mas que passou os últimos três em casa, de baixa. Neste caso, a mudança de escola foi dramática e foi “perdendo as forças para controlar a sala de aula”.
O que acontece é que o ser humano não activa o seu sistema de autodefesa como acontece com os animais. Podemos não dar importância mas o que vai acontecendo à sociedade tem impacto sobre cada um de nós. “A maioria dos casais que se separa fazem-no por falta de atenção aos detalhes da vida quotidiana cujo impacto é tão pequeno que quase passam despercebidos, porém que se acumulam ao longo do tempo até escavar os fundamentos sentimentais que sustem o casal". (Punset)
O que está a fazer mal à nossa sociedade é esta intrusão quase permanente na nossa vida que não desperta em nós o "sistema imunológico psicológico” * de autodefesa, mas esta frustração quotidiana que nos leva a deixar de gostar do nosso trabalho, de dar aulas, a deixar andar, em vez de sermos mais profissionais, gostarmos de ser bons alunos, produzirmos com mais qualidade, gostarmos de ser nós próprios. Esta mudança neste tempo de Páscoa podia bem ser a mudança de que necessitamos.
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*Daniel Gilbert, referido por Punset, El alma está en el cerebro, pag. 404.
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*Daniel Gilbert, referido por Punset, El alma está en el cerebro, pag. 404.
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