À medida que os contextos de vida se vão modificando, independentemente desta ou de outra conjuntura, as famílias vão sentindo necessidades ou dificuldades diferentes e vão tomando decisões importantes ou sem grande relevo conforme essas necessidades.
À espreita está sempre a tristeza patológica, a depressão, que limita ou anula a capacidade de sermos felizes.
Face a essas situações procuramos que as nossas decisões sejam tomadas com base na racionalidade. Mas qual é o nível de racionalidade das nossas decisões ? Os publicitários sabem que não é muito elevado e dizem-nos: “Segue o que sentes”, apelando a uma decisão em que o mais importante é a emoção.
A grande decisão da nossa vida é querermos ser felizes e, se isso dependesse da nossa razão, era o que queríamos para sempre. O problema é que “a felicidade é um estado emocional activado pelo sistema límbico em que o cérebro consciente tem pouco que dizer”. (Punset)
Essas decisões são tomadas no nosso cérebro de modo que pessoas que tem lesões cerebrais que afectam as suas emoções tem dificuldade em fazer opções.
No princípio e no fim de qualquer decisão sobre qualquer projecto humano o que conta são as emoções. Se pensarmos nos nossos projectos (profissão, casamento, divórcio, ter filhos…) o que foi determinante ?
Faz todo o sentido que se faça um estudo racional sobre uma decisão a tomar. A orientação escolar e profissional que fazemos na escola, integra essa perspectiva racional: podemos tentar evidenciar os factores protectores e os factores de risco na tomada de uma decisão que é feita na mira de poder acertar na felicidade individual.
O que acontece é que as emoções estão presentes nessa decisão nas escolhas escolares que faço e, ao contrário do que acontece com outras situações, pouco importa a floresta, o que interessa é mesmo a árvore: aquilo que é mais pessoal e me distingue de todas as outras árvores da floresta.
Quando perguntamos a um aluno do 9º ano o que o leva a escolher um determinado curso são motivos como: “satisfação pessoal” e “desempenhar uma profissão útil” que aparecem em primeiro lugar e só posteriormente “ter um salário elevado”.
Parece-me que é uma escolha racional por mais emocional que possa ser no seu início.
Ser feliz é a emoção mais adequada ao tempo em que vivemos. Acontece que é em condições adversas que as pessoas utilizam a sua coragem (e as emoções positivas) para ajudar o próximo e darem um sentido feliz à sua à vida (Csikszentmihalyi).
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