Mais um ano lectivo se aproxima do fim misturando nostalgia e recordação do tempo que passámos com alunos excepcionais e nos fizeram sentir orgulhosos do nosso trabalho. Excepcionais não só nas aprendizagens das disciplinas mas também nas aprendizagens do ser humano.
A escola, pública ou privada, vai desempenhando a sua missão contra ventos e marés, currículos sem interesse e reformas falhadas, mega ou micro, rigorosas ou ad-hoc…
Educar dá muito trabalho aos professores e aos pais. Chegar ao fim do ano tem naturais cansaços, físicos e mentais, porque não há educação sem esforço e decepção. Os professores conhecem bem as faces da educação: a felicidade de educar um aluno e a persistência tenaz e dolorosa para continuar a fazê-lo dia após dia.
A escola não pode evitar, sozinha, que a humanidade continue a ter ditadores e malandros que aterrorizam os povos ou que corrompem a sociedade sempre que têm poder para lhe tocar.
Mas de uma maneira geral a humanidade está mais bonita, está mais democrática e fizemos muitos progressos na educação e na protecção das crianças.
A escola tem ainda muita exclusão mas está mais acolhedora. Depois da escola para todos lutamos agora por uma escola melhor para todos procurando respostas educativas onde todos possam ter um espaço e fazer o seu caminho.
Os alunos do 9º ano que nos vão deixar revelaram-se excelentes. Têm elevadas capacidades humanas, cognitivas, têm autoestima elevada, vão confiantes para o secundário e pedem muito ao futuro escolar. Querem um dia ser bons profissionais e querem uma vida digna e melhor.
Alguns podiam render mais, outros ultrapassaram-se em trabalho. Lutam por uma vida saudável, mesmo quando aparecem algumas doenças manhosas, lutam contra os problemas e a desagregação da sua família, querem que os conflitos não ponham em causa o afecto dos pais, lutam contra a tristeza da juventude que cai neles quando menos esperam, lutam…
Para alguns e para chegarem aqui a escola não foi assim muito boa, empataram-se pelo caminho ou empataram-nos com reprovações, mas recuperaram e ganharam resiliência.
Este é o perfil psicológico dos alunos que eu conheço, com quem trabalhei durante o ano, que tornam feliz a vida profissional e enchem de esperança o futuro.
Sei que há outras visões da educação.
O programa “olhos nos olhos”, sobre educação, foi uma oportunidade perdida. Os erros que se cometeram e continuam a cometer na educação e nas reformas da educação não nos permitem dizer, como lá se disse, que "os alunos não aprendem nada" e que "os professores não sabem nada".
Esta simplificação e reducionismo não deixa ver o essencial da questão. Tem havido pseudoreformas que obedecem a ideologias dominantes como, no caso português a da “escola na sociedade de classes”, levada ao absurdo com o "rodriguismo" e que só podia trazer a decepção.
Mas o essencial da escola, isto é, a transformação do ser humano, continua a ser extraordinário. Felizmente, os professores na sua grande maioria continuam a ser homens livres, a pensar livremente e a aplicar a pedagogia que melhor sabem com os seus alunos. São na sua grande maioria pessoas inteligentes, conhecem a sua área de formação, têm cultura e são capazes de educar com o coração.
Nessa perspectiva nada há a temer, nem os currículos sem arte(s), nem os mega agrupamentos, nem as direcções reitorais…
Alunos e professores estão aí para desmentirem as carpideiras do passado e os indignados do presente.
A escola, pública ou privada, vai desempenhando a sua missão contra ventos e marés, currículos sem interesse e reformas falhadas, mega ou micro, rigorosas ou ad-hoc…
Educar dá muito trabalho aos professores e aos pais. Chegar ao fim do ano tem naturais cansaços, físicos e mentais, porque não há educação sem esforço e decepção. Os professores conhecem bem as faces da educação: a felicidade de educar um aluno e a persistência tenaz e dolorosa para continuar a fazê-lo dia após dia.
A escola não pode evitar, sozinha, que a humanidade continue a ter ditadores e malandros que aterrorizam os povos ou que corrompem a sociedade sempre que têm poder para lhe tocar.
Mas de uma maneira geral a humanidade está mais bonita, está mais democrática e fizemos muitos progressos na educação e na protecção das crianças.
A escola tem ainda muita exclusão mas está mais acolhedora. Depois da escola para todos lutamos agora por uma escola melhor para todos procurando respostas educativas onde todos possam ter um espaço e fazer o seu caminho.
Os alunos do 9º ano que nos vão deixar revelaram-se excelentes. Têm elevadas capacidades humanas, cognitivas, têm autoestima elevada, vão confiantes para o secundário e pedem muito ao futuro escolar. Querem um dia ser bons profissionais e querem uma vida digna e melhor.
Alguns podiam render mais, outros ultrapassaram-se em trabalho. Lutam por uma vida saudável, mesmo quando aparecem algumas doenças manhosas, lutam contra os problemas e a desagregação da sua família, querem que os conflitos não ponham em causa o afecto dos pais, lutam contra a tristeza da juventude que cai neles quando menos esperam, lutam…
Para alguns e para chegarem aqui a escola não foi assim muito boa, empataram-se pelo caminho ou empataram-nos com reprovações, mas recuperaram e ganharam resiliência.
Este é o perfil psicológico dos alunos que eu conheço, com quem trabalhei durante o ano, que tornam feliz a vida profissional e enchem de esperança o futuro.
Sei que há outras visões da educação.
O programa “olhos nos olhos”, sobre educação, foi uma oportunidade perdida. Os erros que se cometeram e continuam a cometer na educação e nas reformas da educação não nos permitem dizer, como lá se disse, que "os alunos não aprendem nada" e que "os professores não sabem nada".
Esta simplificação e reducionismo não deixa ver o essencial da questão. Tem havido pseudoreformas que obedecem a ideologias dominantes como, no caso português a da “escola na sociedade de classes”, levada ao absurdo com o "rodriguismo" e que só podia trazer a decepção.
Mas o essencial da escola, isto é, a transformação do ser humano, continua a ser extraordinário. Felizmente, os professores na sua grande maioria continuam a ser homens livres, a pensar livremente e a aplicar a pedagogia que melhor sabem com os seus alunos. São na sua grande maioria pessoas inteligentes, conhecem a sua área de formação, têm cultura e são capazes de educar com o coração.
Nessa perspectiva nada há a temer, nem os currículos sem arte(s), nem os mega agrupamentos, nem as direcções reitorais…
Alunos e professores estão aí para desmentirem as carpideiras do passado e os indignados do presente.
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