O filme "Mentes que brilham" mostra algumas características das crianças sobredotadas e coloca diversas questões sobre o assunto.
1.Questões referentes à sinalização e identificação
Como fazer a sinalização ? “Nesta escola o que importa são os resultados dos testes” ?
Alguns sinais podem indicar-nos que estamos perante uma criança com características excepcionais:
- Fazer perguntas e mais perguntas.
- A insónia: estratégias para a enfrentar.
- Ser diferente: Festa de anos “Não quero festa de anos” vs “Todas as crianças querem", da mãe.
- Habilidades especiais: tocar piano.
- Van Gogh “as vezes acordo dentro dos quadros dele”.
2. A educação familiar destas crianças e os problemas que se colocam no aconselhamento à família
- A responsabilidade da mãe: não expor o filho, normal vs negar o potencial. Mas por outro lado diz “Você e eu sabemos que ele é o melhor...
- Ausência de cooperação entre a mãe e a professora e até competição pela criança: a mãe, Dede, ameaça a professora de que “a mata se alguma coisa acontece ao filho”.
- O encontro com um amigo mais velho e a necessidade de fazer outras experiências, outros ritmos: De Mozart ... ao jazz, a educação informal ... fazer outras coisas ...normais.
Os amigos normais mais velhos e a dificuldade de adaptação: ser amigo não quer dizer que esteja sempre contigo a qualquer hora.
- Gostos e desejos que são semelhantes aos de outras crianças e adolescentes: Macrobiótica vs coca-cola.
Dificuldade de autonomia. A professora, ela própria, finalmente, fazia experiências de culinária.
3. A questão do ensino geral vs ensino especial
- A não compreensão da escola regular para as crianças excepcionais. O desapontamento da professora do ensino regular e dos outros alunos face às respostas da criança.
A escola com tantos sinais não foi capaz de identificar esta situação.
A desadequação das actividades para estes alunos: A estimulação tem de se fazer na Universidade ? Procura-se a adaptação ao nível intelectual. Não se poderia fazer essa estimulação num meio mais ajustado ?
- Em outros contextos há uma desintegração psico-social enorme.
- A importância de ter também ensino individualizado.
4. A questão dos processos cognitivos envolvidos ou subjacentes aos comportamentos de excelência
- Todo o filme parece chamar a atenção para a necessidade de compreensão integrada dos processos cognitivos, envolvendo a emoção e a acção (comportamentos).
- O processo de assimilação mais rápido do que nas outras crianças e origina desadaptação na turma regular.
- Produção divergente de respostas: não ser compreendido pela professora nem pelos outros alunos que se espantam ou se riem.
- Criatividade
- Capacidade para colocar perguntas: “porque fala como se fosse um livro ? Porque não vem ninguém cá a casa ?”, “Porque não tem filhos ?”
- Embora também a nível dos conteúdos, das actividades, a confusão física quântica educação física e o abandono da sala pela maioria dos alunos. Envolve processos mais reflexivos do que activos.
5. Desenvolvimento sócio-afectivo
- Como acontece a qualquer criança, a separação da mãe provoca medo.
Encontra estratégias criativas para enfrentar e afastar o medo, as sombras na parede.
- Quando a ausência se faz sentir mais profundamente: “A minha mãe morreu”.
- Parentificação (é o homem da casa): Fazer o currículo, “Eu faço as contas”, “Quem vai regar as plantas”...
6. O papel dos fazedores ou fabricantes de prodígios
Protecção: O papel fundamental do professor: “Ninguém troçará de ti, eu não deixo”.
Estimulação e motivação.
Mas será necessário realizar “A odisseia da mente”, o “concurso para génios”, meninos prodígio” ou até a “feira do excepcional” ?
“Sem a Jane eu seria mais um palhaço”, refere o colega.
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