O encerramento das escolas com menor dimensão, inserido na reorganização da rede escolar, tem vindo a verificar-se desde o ano 2000. Até 2009, tinham sido encerradas mais de 2500 escolas, de acordo com o Ministério da Educação. O projecto pretende integrar as crianças dos meios mais isolados em escolas maiores que têm mais meios e podem aumentar as suas hipóteses de sucesso.
No entanto, o coordenador nacional do Projecto Escolas Rurais e director executivo do Instituto das Comunidades Educativas, Rui d'Espiney, alerta para as consequências negativas desta reforma. "Temos de ter em conta o factor do prejuízo evidente para as crianças, que têm de fazer longas distâncias para chegar à escola e chegam a passar 10 a 12 horas fora de casa", indica o especialista.
Por outro lado, Rui d'Espiney lembra que "a escola rural não é um factor de insucesso, como se acreditava". Estudos mostram que "a percentagem de insucesso escolar no Alentejo litoral rural é 1% superior ao da média das escolas urbanas. O que é uma percentagem irrelevante", explica o sociólogo.
Já a mudança dos alunos do meio rural para o meio urbano aumenta o insucesso destas crianças, indica Rui d'Espiney. A acrescentar a estes problemas, está o maior isolamento das populações.
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