09/03/24

"Dia de reflexão"

Praia da Manta Rota, Algarve

Manta Rota. Daqui


A procura de sossego merecido, de descanso, esperado durante todo o ano, a mudança de local, de actividades tranquilizadores e de rotinas calmas, apesar dos imprevistos, do trânsito, do estacionamento e de toda a logística afim necessária a férias, foi, este ano, pela Ilha de Tavira, Manta Rota... 
A praia compensa tudo, mesmo o que não funciona em condições, e por isso repetimos todos os anos a mesma dose... E às dez da manhã esperamos pelo tranquilizador pregão do vendedor de bolas de Berlim. 
Das férias deste ano ficou-me na memória o slogan: "É só p'ra dizer que já cheguei", que todas as manhãs despertava os nossos sentidos, como ficou provado por Pavlov, sem querermos saber de dietas, de tamanhos ou de açúcar.

No passadiço de acesso à praia, um encontro inesperado com P. Passos Coelho que, delicadamente, parou, esperou, conversou  e a quem cumprimentei do mesmo modo. Fala-se do tempo, do mar e da ondulação que está perigosa... e faço questão de lhe dizer e agradecer que tenho por ele o respeito e a apreciação do carácter de um político de qualidade e com qualidades. As que foram necessárias e suficientes para tirar o País da bancarrota.

P. Passos Coelho voltou a estar num comício da AD, em 25-2-2024, de apoio a L. Montenegro.
“Mais do que em 2015, o espírito da AD faz-nos recuar a 1979... Nessa altura, Francisco Sá Carneiro ... tinha uma frase muito marcante à época: ‘Portugal era um país em que os velhos não tinham presente e os jovens não tinham futuro.’ A AD que ele criou visava uma confiança e um carácter reformista que o país precisava... Também hoje há problemas sérios que aguardam resolução.... Podemos ter um país melhor do que aquele que está a ser oferecido às pessoas… seja na área da saúde, do ensino, da habitação, da segurança. Lembro-me de uma intervenção que aqui fiz em que disse, em 2016... nós precisamos de ter um país aberto à emigração mas cuidado que precisamos também de ter um país seguro. Na altura o governo fez ouvidos moucos a isso mas na verdade hoje as pessoas sentem uma insegurança que é resultado da falta de investimento e de prioridade que se deu a essas matérias. Não é um acaso...
Se queremos, como foi sempre a nossa alma, reformar alguma coisa para que as coisas mudem então temos de dizer que a nossa proposta é diferente.... se queremos realmente que as coisas mudem, a nossa proposta tem algum arrojo, o de confiar nas pessoas que estão a dirigir e de não querermos ser donos não só da economia, mas do próprio o Estado. Nós somos donos de nós próprios e do nosso futuro.
Está estudado: se mantivermos o perfil destes oito anos, não há jovem qualificado que encontre um futuro em Portugal. Fomos dos primeiros a entrar e não tarda estaremos na cauda da Europa do progresso, do desenvolvimento e do bem-estar. Qualquer dia estaremos todos nivelados por baixo...A AD tem um bom programa económico. É preciso colocá-lo em prática.
A política não é só economia.... há muitas outras coisas que são importantes hoje, há muitas questões políticas que são importantes...
Nas escolas queremos essa liberdade para as pessoas, nas escolas, na saúde, em todo lado...
Foi preciso estar a decorrer uma guerra na Europa para que as pessoas prestassem atenção nas questões de Defesa...
O mais importante de tudo é manter estas duas preocupações: antes de tudo uma capacidade reformista... e abandonar este calculismo. Não há um partido da esquerda que não veja um lobo mau em cada proposta reformista... ponham o Estado ao serviço da sociedade e não o contrário. A segunda coisa que precisamos é de dar uma oportunidade ao país para ser diferente”. (Do discurso de PPCoelho)

P. Passos Coelho só precisava de dizer, como o vendedor de bolas de Berlim: “É só p'ra dizer que já cheguei“.
E seria, só por isso, julgado, pela presença, como também o seria pela ausência, como fizeram, em geral, os OCS (nem vale a pena falar do cartoon obsceno divulgado pela rtp2).
Há escolhas, em relação a estes tempos de calculismo, que por sinal têm origem no mesmo sítio que lhes deu origem: entre o "Não pagamos, que até ficam as pernas a tremer aos banqueiros alemães", e as bolas de Berlim, com ou sem creme, porque já se ouve: "É só p'ra dizer que já cheguei ".





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