27/02/21

A crítica em dias de pandemia e de sempre



Estes são tempos de isolamento, de silêncio, de meditação, de estarmos atentos àquilo que é essencial na nossa vida e de lhe dar a devida importância.
Mas é também tempo de fazermos perguntas e de tentar obter respostas...
Tempos exigentes que requerem o melhor de todos nós, de necessidade de equilíbrio, de que falei a semana passada, porque, como sabemos, a situação que vivemos leva ao stress, ansiedade, fadiga psicológica, resultantes do isolamento, para algumas pessoas da paragem da actividade profissional, que levam a enfatizar as nossas forças e virtudes mas também os nossos pontos fracos. (Seligman)

Não me interessam nem apoio teorias da conspiração. Não sou negacionista, nem sei bem o que isso é quando qualquer crítica é colada a este rótulo e “pronto, assunto arrumado e não se fala mais nisso”. Era o que faltava.
Pelo contrário, tenho grande apreço por todos quantos se dedicam com os seus esforços ao tratamento dos doentes com ou sem covid-19, pelo sofrimento de todos os que foram atingidos por esta situação e cumpro todas as regras definidas pelas instituições de saúde. Não sou cientista nem investigador e não sei o que se passa sobre este assunto excepto aquilo que é transmitido pelos peritos e media nesta matéria.

Criticar não é negar. Criticar é ajudar a ver melhor. Criticar é um contributo fundamental para a melhoria das instituições quer ao nível do funcionamento interno quer das respostas que são dadas aos cidadãos. Criticar não é criminoso. Pelo contrário, é uma atitude de relevo social. Criticar é contribuir para a clareza e transparência da vida social. Tanto mais que os enganos e erros das instituições têm sido evidentes e muitos, a começar pela OMS... 

Por exemplo, desde o início da pandemia (epidemia ou sindemia...) me interrogo sobre se ter falado tão pouco de tratamento para esta doença mas, por outro lado, imediatamente, o tema que passou a dominar todos os debates e informações virou-se para a necessidade de encontrar uma vacina o mais rápido possível, aparentemente como única solução para este grave problema sanitário.
È nessa perspectiva que devia ser mais divulgado o que está a ser feito no campo do tratamento desta doença e não politizar o assunto como aconteceu com a hidroxicloroquina...

Uma das vozes dissonantes, felizmente, é a do Dr. António Ferreira, do Centro Hospitalar e Universitário de São João, que falou de dois medicamentos que podiam ser usados no tratamento desta doença, um deles a ivermectina... *
Temos que conhecer o parecer da OMS, ou, entre nós, o Infarmed... mas também o trabalho dos investigadores, dos médicos e equipas que tratam os doentes nos hospitais. 
O que há de verdade e o que é fantasia ou é, simplesmente, uma forma desesperada de encontrar uma solução para evitar tanto sofrimento humano?

Uma coisa é certa: fala-se muito pouco de tratamento, profilático ou curativo. E esta circunstância de negação, esquecimento ou desinteresse é apenas uma dúvida que não deixa de me preocupar...

Até para a semana com muita saúde.

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* (27/2/2021) Marta Leite Ferreira, "Ivermectina contra a Covid-19: onde está a verdade e em que é que podemos confiar?" Observador.









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