06/07/19

"Mitos climáticos" 13


Clima, narcisismo e educação parental

O narcisismo está presente na nossa vida, faz parte do nosso desenvolvimento e quando equilibrado dá-nos uma imagem positiva através dos outros. Mas em excesso ele é perturbador.

Freeman Dyson, físico famoso, citado por Rentes de Carvalho, refere, em entrevista, o seguinte
- É interessante notar – diz o jornalista – que muitos (cientistas) cépticos acerca do aquecimento global são pessoas idosas. Porque será?
Dyson permanece calado alguns segundos, o seu olhar preso no do interlocutor:
- Os cientistas idosos são financeiramente independentes e podem falar com toda a liberdade… Fora de dúvida existe um lobby do clima. Há um vasto número de cientistas que ganha dinheiro assustando o público. Não digo que o façam conscientemente, mas é facto que muitos rendimentos provêm desse medo.
O presidente Eisenhower disse um dia que o poder dos militares em determinado momento se torna perigoso, pois é tão grande. O mesmo se constata com o lobby do clima: com o poder de que dispõe torna-se perigoso
Esta separação entre idosos cépticos e jovens defensores do aquecimento global parece ter associadas a culpabilização dos pais e antepassados, por terem estragado o planeta que vão deixar aos vindouros, um planeta em ruínas e sem conserto, e a autoflagelação, dado que os jovens são o ideal que esperávamos de nós próprios, eles são a consciência que nos faltou. Não fomos capazes de lhes transmitir uma sociedade perfeita, uma educação perfeita, um clima perfeito e somos culpados de produzir CO2 em excesso...
Fazemos tudo para que nada lhes falte, das necessidades mais básicas à gestão de expectativas de patamares de excelência nas suas profissões que nós não conseguimos para nós próprios.
Toleramos ou apoiamos as manifestações e as faltas às aulas porque eles estão a lutar contra as nossas falhas na educação parental.
Permitimos que faltem ao respeito aos professores e que exerçam bullying e ciberbullying contra os colegas.
Não compreendem nem lhes importa saber como foi possível terem o nível e a qualidade de vida que têm, neste momento, na Europa. Usam a electricidade, o frigorífico, o automóvel, a climatização, as autoestradas, os transportes... como se isso não existisse para o ambiente. *
Não têm qualquer gratidão aos mais velhos que conseguiram uma vida melhor, pelo sofrimento que tiveram com várias guerras, com a criação da Europa como a zona democrática do mundo onde melhor se vive actualmente. **

E nós os mais velhos perguntamos onde é que errámos? O que se passa com os nossos "príncipes" e "princesas" ?
De facto, errámos e erramos quando não lhes dizemos:
Que educação não se faz sem sofrimento, real e simbólico, através da integração na comunidade, de que a linguagem aproxima mas também afasta dos outros;
Que a educação se faz de forma a terem que lidar com limites e também com a frustração;
Que é necessário, por vezes, dizer não;
Quando não se pode diluir a responsabilização individual em relação a droga, álcool e outros comportamentos aditivos, na ideia de que  “não são todos assim ?";
Quando apagamos as relações hierárquicas no interior da família e não respeitamos os lugares e funções diferenciadas de cada um no grupo familiar;
Quando não lhes damos oportunidade de serem críticos das falsas verdades oficiais em que vivemos, como a das alterações climáticas por acção do homem.

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* Usam computadores, telemóveis sofisticados... desde que o lítio venha de outros países...  
** São descartáveis e são um problema social...


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