Eis o que minha mãe me contou quando jantávamos juntos,
No tempo em que era uma rapariga já crescida e vivia em
casa dos pais na velha quinta.
Uma pele-vermelha apareceu à hora do pequeno-almoço na velha quinta,
Transportava às costas um feixe de juncos para fazer assentos de
palhinha em cadeiras.
O seu cabelo era liso, brilhante, grosso, negro, abundante e
escondia-lhe metade do rosto,
O seu andar era desenvolto e livre e a sua voz tinha um som delicado.
A minha mãe olhava encantada e perplexa para a estranha,
Reparou na frescura daquele rosto altivo e na plenitude e
flexibilidade daqueles membros,
Quanto mais a olhava mais gostava dela,
Nunca antes vira uma beleza e uma pureza tão maravilhosas,
Mandou-a sentar num banco junto à lareira e preparou-lhe
qualquer coisa para comer,
Não tinha trabalho para lhe dar, mas deu-lhe uma lembrança e
ternura.
A pele-vermelha ficou toda a manhã e ao meio da tarde foi-se
embora,
Oh, a minha mãe, contrafeita, deixou-a partir,
Toda a semana pensou nela, durante meses esperou por ela,
Lembrou-se dela muitos Invernos e Verões,
Mas a pele-vermelha nunca veio nem dela se ouviu falar mais.
Walt Whitman, Folhas de Erva
Hoje, falo da amizade, desse encontro inesperado e sensível que toca duas pessoas de ternura e se recorda para sempre. Partir, sempre contrafeito.
Para uma equipa de trabalho extraordinária ! Vou lembrar-me dela durante muitos Invernos e Verões.
Hoje, falo da amizade, desse encontro inesperado e sensível que toca duas pessoas de ternura e se recorda para sempre. Partir, sempre contrafeito.
Para uma equipa de trabalho extraordinária ! Vou lembrar-me dela durante muitos Invernos e Verões.
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