30/01/11

A negação

Queriam um discurso magnânimo, tipo "nós por cá todos bem" ou, no mínimo, "porreiro pá".
Por acaso, já aqui nos tínhamos interrogado sobre outro discurso virulento, de verdadeira "vil baixeza" que definia bem quem o fazia.
O que não é justo é que um "cosmopolita" ministro, que devia ser magnânimo e cosmopolita, diga coisas destas. Como já tinha feito com o "malhar" e com o "salivar".
Em 23 de Janeiro, como disse Cavaco Silva, foi uma vitória difícil de conseguir e por isso histórica. Pelos vistos, foi também difícil de aceitar a alguns. Foi a primeira vez que vi que com maioria de votos se podia perder. Como entender, por isso, as opiniões que por aí vão: desde as classificações de "pequena vitória" até à de perda, uns negando mais profundamente a realidade do que outros?
Aqui, muito bem, dá-se conta dessa dificuldade de aceitar a realidade.
A negação é um bom mecanismo de defesa para justificar  o que aconteceu. Há quem continue a não querer aceitar que com Mário Soares  e  Ramalho Eanes, Cavaco Silva faz parte do grupo de estadistas que merecem  a nossa consideração. O povo sabe que assim é e, por isso, assim votou. O resto pouco importa. Provincianos  e cosmopolitas ? Quem ?

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