As
vantagens físicas e mentais de viver a vida ao ar livre são evidentes.
O desenvolvimento humano, a civilização, levou-nos
a ficar cada vez mais sedentários, dentro dos edifícios: em casa, nas empresas e escritórios,
centros comerciais, ginásios... Além disso, à medida que nos vamos desenvolvendo individualmente,
diminui o tempo em que permanecemos nos espaços exteriores.
Porém, temos actualmente razões validadas pela investigação de que a vida nos espaços exteriores tem vantagens para a nossa saúde. (Maria Pinheiro, "O ar livre faz bem à saúde: 8 razões para sair de casa", PH+, nº 20.
Podemos identificar as seguintes razões:
1. Estimula a
produção de vitamina D. O sol que incide na pele tem efeito na produção
desta vitamina que por seu lado tem um papel activo no crescimento das células
e dos ossos. Há estudos que
indicam também que tem um efeito protector relativamente a patologias
como a osteoporose, depressão, doenças cardiovasculares e cancro.
Com a idade vai
havendo um declínio da vitamina D - uma pessoa aos 65 anos gera um quarto de
vitamina do que uma pessoa aos 20. Um passeio diário de 10 a 15 minutos pode
contrariar este declínio.
2. Melhora a
saúde mental. A luz solar tem efeito positivo sobre o humor. A actividade
física tem um impacto positivo sobre o humor e a autoestima.
Quem passeia na natureza por oposição a quem o faz na
cidade manifesta menos actividade no cérebro relacionada com a depressão, ou
seja, estes resultados podem manifestar que a exposição à natureza tem relação com a saúde
mental.
3. Diminui o stress.
Passear na natureza melhora o nosso desempenho mental. A comparação entre um grupo que passeia pela cidade e outro pela natureza este último apresentava
melhor humor e menos índices de ansiedade.
Noutro estudo, verificou-se
que a simples visão do verde dos trabalhadores que tinham uma janela gerava
menos stress e maior satisfação profissional do que aqueles que não
tinham.
4. Aumenta a
concentração e potencia o desempenho académico. Comparando um grupo que tinha
andado pelo parque com o que e andou pela cidade ou com o que ficou a relaxar,
o que andou pelo parque apresentou melhor capacidade de realizar as tarefas que
lhe foram propostas.
Outro estudo
mostrou que crianças com actividade física moderada e intensa revelaram
maior fluência e compreensão na leitura e na aritmética quando comparadas com
as que tinham uma vida mais sedentária.
5. Melhora a
visão. Passar mais tempo ao ar livre pode ser uma estratégia eficaz para travar
o a progressão da miopia em crianças e adolescentes.
6. Reduz a
inflamação e estimula o sistema imunitário. Um grupo de alunos que ficaram
na floresta manifestaram índices inferiores e stress oxidativo associado ao
envelhecimento e morte das células bem como de cortisol e de alguns marcadores
oncológicos face aos que tinham ficado na cidade.
7. Melhora a
qualidade do sono. Passar mais tempo exposto à luz solar permite ajustar
o ritmo circadiano à alternância normal entre o dia e a noite na medida em que
estimula a produção de melatonina, hormona que regula o adormecer e o acordar.
8. Retarda o
envelhecimento. A percentagem de verde num raio de 1 a 3 km tinha um impacto
directo no estado de saúde, mais positivo nas zonas rurais.
Noutro estudo
verificou-se que 12% de mulheres que viviam nas zonas rurais tinham uma taxa de
mortalidade inferior com a relação a ser mais forte nas patologias
respiratórias e oncológicas.
Já todos
ouvimos falar das vantagens que a natureza nos oferece. Perante estes estudos
ficamos ainda mais seguros do papel benéfico do ar livre para a saúde.
As autarquias não podem ignorar estes dados relativamente à qualidade de vida
que pode ser devolvida pela natureza quando cuidamos dela, criando espaços
verdes, zonas de lazer, que são autênticos espaços terapêuticos.
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Obs.: Consultar referências na revista pH+ nº 20.
Obs.: Consultar referências na revista pH+ nº 20.
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