11/04/16

As minhas serigrafias: Eurico Gonçalves


Eurico Gonçalves - Luz Oblíqua

Técnica: Serigrafia
Suporte: Papel Fabriano D5 GF 210g; Dimensão da Mancha: 41,7x31 cm ; Dimensão do Suporte: 70x50 cm
N.º de cores: 10
Data: 1995
Nº de Exemplar: 43/200


Biografia
Nasceu em 1932, em Abragão, Penafiel. Exercendo a sua actividade sobretudo na área da pintura, é também professor e crítico de arte, membro da A.I.C.A.. Neste âmbito, tem publicado vários artigos que versam sobre temáticas como a Expressão Plástica das Crianças, o Dadaísmo, a Filosofia Zen ou a Escrita. Em Paris, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1966 e 1969. Em 1971 recebeu uma Menção Honrosa do Prémio Crítica de Arte Portuguesa, pela Soquil. Entre 1972 e 1992, foi membro dos Corpos Directivos da S.N.B.A (Sociedade Nacional de Belas Artes) e actualmente é membro da A.I.C.A. (Associação Internacional de Críticos de Arte). Em 1998 recebeu o Prémio Almada Negreiros e, em 2005, o Grande Prémio da Bienal de Vila Nova de Cerveira. Autor dos livros: Narrativas de Sonhos e Textos Automáticos (1950-51), editado pelo CPS, 1995; A Pintura das Crianças e Nós - Pais, Professores e Educadores, 1978; A Arte Descobre a Criança e a Criança Descobre a Arte (4 volumes); e Dádá-Zen/Pintura-Escrita, 2005. No seu percurso artístico, conta com uma fase inicial surrealista, originária das teorias freudianas na vertente do fantástico, evoluindo depois para um asbtraccionismo não-geométrico e gestual, que valoriza, portanto, a mancha e o traço livre e impulsivo. Esta pintura tem o intuito, como o próprio artista disse em 2003 de “reduzir-se a pouca coisa ou quase nada, em função do vazio libertador”.

 Eurico Gonçalves
Um blog sobre Eurico Gonçalves.
Eurico Gonçaves dá o seu nome a uma escola básica, merecidamente.



Foi com Eurico Gonçalves que aprendi muito sobre a expressão gráfica na infância. Com os seus livros: A arte descobre a criança  e A pintura das crianças e nós - pais, professores e educadores mas também com a sua capacidade de formador na área da expressão gráfica.
Em determinada altura da minha vida profissional, como psicólogo nos Serviços Sociais da Presidência do Conselho de Ministros (SSPCM), uma das tarefas que me competiam era a participação no projecto de organização e gestão de campos de férias e actividades de férias e, especificamente, no recrutamento e selecção de monitores de campos de férias  e na formação desses monitores. EG foi escolhido para formador da área de expressão plástica. Era deslumbrante a sua comunicação sobre a pintura moderna e a arte infantil. Era exigente com os formandos que nem sempre se esforçavam o que deviam sobre as composições que lhes eram propostas.
Foi, para mim,  um privilégio ter tido a oportunidade de ver de perto a sua forma de trabalhar como pedagogo. Estivemos no seu atelier nos Coruchéus e não me esqueço da sua empatia.

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