21/11/21

Dimensões psicológicas de um presidente

 presidente de portugal, Marcelo Rebelo

Marcelo convoca eleições para 30 de janeiro (ECO)


Queiramos ou não, gostemos ou não, um presidente tem a sua personalidade e, nas  funções que exerce, há também dimensões psicológicas que caracterizam o mais alto cargo da nação.

Sobre a actual presidência, podemos perguntar: o que seria do país político e social se não tivesse como presidente uma pessoa como Marcelo (1) ?

Não é que ele seja um predestinado, um D. Sebastião messiânico para resolver os nossos problemas e suprir as nossas falhas (2).

Não é que o presidente tivesse uma atitude mais parcimoniosa em relaçao à fala, ao momento da fala, à presença, à proximidade,  aos actos triviais...

Não é que Marcelo não pudesse ser mais interventivo e assertivo junto de Costa,  como eu gostava que fosse. Pelo menos tendo em conta a minha preferência política, há quanto tempo o ministro Cabrita já não  era, há quanto tempo o ministro da defesa já não era, há quanto tempo a ministra da saúde ja não era, e o ministro da educação nunca tinha sido (3) ...

 

Mas como poderíamos pensar este país sem este presidente ?

Nada podíamos esperar  da desacreditada gerinçonça.

A crispação social (4) seria muito maior porque há famílias em situação socioeconómica insuportável. 

A ansiedade dos cidadãos seria ainda maior. A crise pandémica seria mais violenta para tantas pessoas e famílias que perderam familiares, empregos, o sentido da vida (5)...

No caso das forças armadas, de Tancos  aos diamantes... Marcelo defende que não se pode confundir a árvore com a floresta, que o mau comportamento de um grupo  não afecta as forças armadas como um todo (6).


Fotografia de Marcelo às compras partilhada em todo o mundo



Marcelo popular, próximo, afectivo, a puxar para cima, porque somos os melhores do mundo.
Marcelo a apoiar um governo até ao limite do inimaginável para não querer fazer ondas - ou crises - que possam pôr em causa a estabilidade social e política.
Mas também Marcelo que estabelece as regras do jogo: não há orçamento, acaba-se a “festa” da geringonça, vamos a eleições...
Marcelo um homem como nós: que vai ao multibanco, que almoça e janta como nós. Que bebe uma cerveja como nós, que tem ansiedade como nós, que gosta das pessoas como nós.

Mas também Marcelo que sabe falar e tem estilo, sabe fazer discursos brilhantes, sempre à procura de consensos.
Marcelo que releva o patriotismo de cada um de nós (7) e da forma como somos todos patriotas que é o cimento que nos une. 
Marcelo é um antídoto contra a insegurança, a irresponsabilidade a insensatez. Contra o desequilíbrio dos extremismos.
Marcelo impõe-se pelo exemplo da simplicidade e da proximidade do mais importante até ao mais humilde, do mais novo ao mais velho (8).

Marcelo que comete erros que faz coisas heterodoxas para um presidente, algumas com as quais podemos não concordar. 

Felizmente, no fim de contas, há Marcelo !
Face a este estado de coisas, a este governo, Marcelo dá
- Segurança 
- Estabilidade
- Conforto/afecto
- Estabilidade social e emocional
- Reconhecimento pelos valores e pelo mérito...
- Autoestima e orgulho de ser português (9).


Até para a semana.

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(1) No caso presente, podemos fazer um exercício de imaginação sobre o que seria este lugar com António Nóvoa ou Ana Gomes !

(2) A propaganda das qualidades desliza facilmente para o discurso do culto  da personalidade,  coisa afastada por defeitos, falhas e erros  que  Marcelo não tem problemas em reconhecer.

(3) Apesar de não haver pachorra para tanta incapacidade revelada por um governo com cerca de 70 ministros e secretários de estado ainda foi necessária uma task force gerida pelo vice-almirante Gouveia e Melo  para obter excelentes resultados na vacinação, ou para desenhar a visão estratégica para o plano de recuperação económica (Costa Silva), e de não se registar, em 6 anos, uma única reforma estrutural que se possa apresentar como exemplo de governação.


(4) A crispação de que Sampaio tanto gostava de falar não era comparável com a que aconteceu com Cavaco Silva ou Passos Coelho que passou por toda a espécie de manifestações, algumas humilhantes, de grandoleiros ressabiados e extemporâneos,  mas que com a geringonça estiveram mudos e quedos conforme ditavam os amortecedores BE e PCP e respectivos sindicatos para estarem devidamente silenciados.


(5) Marcelo reconhece a sua hipocondria, como muitos de nós, mas isso não significa que nas suas atitudes e comportamentos não tenha a capacidade relacional para minimizar a  ansiedade que tem acompanhado algumas das fragilidades deste povo desmoronando-se num presente tão doloroso e num futuro tão incerto. Não bastam as promessas de milhões:  programa 2020,  2030, basuca... É muito mais do que isso, é preciso quem acompanhe e mostre compaixão pela dor do outro.


(6) Marcelo  defende a honra das forças armadas e nem podia ser de outra maneira como queria M. S. Tavares que ele fizesse (Expresso, 13-11-21). Claro que é uma vergonha  o que aconteceu  dentro das FA, mas não se pode tomar a nuvem por Juno.


(7) Como dizia Olivier Bonamici ("Invasões Bárbaras") há uma coisa que aprendeu com os portugueses: o amor a uma bandeira.


(8) Neste momento de tacticismos (Costa) e ajustes de contas (Rio), só para referir estes, Marcelo é a único político que me representa, sou orfão da política partidária da esquerda  que nos governa, obviamente, e da desoposição que não se acerta nem se concerta.


(9) Marcelo certamente conhece as necessidades humanas fundamentais (Maslow) e segue-as.






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