11/09/21

"O dia que fez abalar o mundo"


O passado, há vinte anos, quando o impensável aconteceu, convoca-nos ainda hoje para tentar compreender, para pensar, este acontecimento e estes comportamentos, porquê e para quê da "mais fantástica e incisiva acção terrorista de que há memória", porque "à irracionalidade subjacente a tal violência criminosa, se não dá a razão palavras e entendimentos, aquela fica em cada um de nós, tão só irracional e, por isso, feroz, maligna e estúpida" (p. 239). 
C. Amaral Dias ajuda-nos a tentar compreender estes comportamentos em "O dia que fez abalar o mundo", Um Psicanalista no Expresso do Ocidente (2003).
Por outro lado, a resposta intervencionista e de ocupação militar sem avaliação de consequências e deixando à sua sorte todos os que acreditaram noutro futuro mostram a fragilidade da decisão e de quem toma a decisão de intervir e de abandonar... 
Passados vinte anos, ficam para trás os direitos humanos, a liberdade e principalmente a liberdade das mulheres. Podemos pensar que mudou alguma coisa ? Ou que ainda vai mudar ?
O anacronismo dos comportamentos em relação à mulher poderá ter alguma expectativa de mudança como escrevia Aragon: "O futuro do homem é a mulher"? 


Capa do Anuário do Expresso de 2001



 

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