10/06/20

#Metrue

True - Spandau Ballet


Vivemos tempos em que a propaganda psicológica, "a manipulação dos espíritos",  é levada ao seu ponto mais maquiavélico, utilizando os métodos e as técnicas mais sofisticadas de orientação e manipulação.
A propaganda encontrou um meio poderoso que antes não existia, a internet, e as formas de interacção mais poderosas, para o bem e para o mal, as redes sociais.

Uma das técnicas bem conhecidas de propaganda é a da simplificação, talvez, a característica fundamental da propaganda actual. Usa apenas um hashtag (cardinal+palavra) para chegar instantaneamente a todo o lado e fazer prosélitos em toda a parte do mundo.

Tags são palavras-chave ou termos associados a uma informação, tópico ou discussão que se deseja indexar de forma explícita no Twitter, e também ao Facebook, Google+, Youtube e Instagram.(Wikipedia)

Temos assim um novo activismo: o activimo de hashtag também designado por ciberactivismo que é usado para partilhar assuntos com os "amigos" e seguidores, que por seu lado irão partilhar com outros "amigos" e seguidores.
É assim que o  movimento #metoo, deixa a grande distância a propaganda do tempo do  "AL Gore sou eu e tu" ou, por cá, mais recente a do  "somos todos  Centeno". (2)

Outro dos princípios a que a propaganda deve obedecer é não mentir. Por isso, inventamos palavras e expressões novas para designar mentira como  pós-verdade, fake news, ou,  finalmente, autoverdade, onde cada um tem a sua verdade e está convencido dela. E nesse caso a mentira passa a ser outra coisa. 
Chamem-lhe o que quiserem. Na realidade, hoje vivemos na era  da mentira. (2)

Perante a informação da comunicação social, e das redes sociais, que impulsiona esta onda de mentiras  devemos ser mais do que espectadores, devemos ser suspeitadores como método necessário desde Descartes ou desde o método do kalama suta, a resposta de Buda.  
Método tanto mais necessário quanto os media  actuais  fazem ruído com o status quo do socialismo marxista-leninista-trotskista-maoista que se instalou. Não sabemos onde acaba a informação, começa o comentário e a manipulação. Devemos ser suspeitadores de forma a desconstruir as mentiras, utilizando a dúvida metódica sobre tudo o que passam nos canais de todas as televisões do mundo.
Tudo o que não joga a favor deles é de extrema direita ou fascista. (Uma máquina de fazer fascistas). A repetição do hashtag até à exaustão em todos os canais, com raríssimas excepções, o que faz é banalizar o fascismo, a direita e a extrema direita que assimilam a racismo, machismo, violência de género, etc. ...  acabam por chocar os próprios seguidores e contribuir para que as pessoas, os eleitores, optem por aquilo que eles desprezam. (3)

O activismo de hashtag é defendido pelos que acham que permite divulgar uma ideia, uma informação, pelas pessoas de todo o mundo, ao mesmo tempo. Os críticos, por outro lado, afirmam que o activismo de hashtag pode ser utilizado facilmente para manipular pessoas, promovendo mentiras e ideias preconceituosas.
É as duas coisas. A diferença está em cada um de nós.

Até para a semana, com muita saúde.
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(1) No dia em que escrevo, Centeno terminou o seu ciclo, como disse o primeiro-ministro, de ministro das finanças. Como era de prever depois do caso Novo Banco. 
(2) ElBaradei ex-director geral da Agência internacional de energia atómica, das Nações Unidas, de 1997 a 2009, que com a IAEA receberam o prémio Nobel da paz, em 2005,  escreveu " A era da mentira".
(3) "#Ele não" foi a simplificação encontrada para as últimas eleições no Brasil. Nas democracias onde não há o governo que lhes convém, a "máquina de fazer fascistas", #antifa, está em funcionamento permanente... como em Arroios. O que a polícia tem que suportarJá nas ditaduras, para estes progressistas, não há discursos de exclusão. Ou melhor há apenas um pequeno problema: por vezes, há quem pense e tenha que ser retirado imediatamente de circulação.









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