Mudanças climáticas? Claro! É um pleonasmo! Camões já tinha "descoberto" que "o mundo é composto de mudança". No clima e no resto. É o truísmo mais na moda e mais cretino destes tempos que vivemos.
É verdade que o verde vai sendo dizimado pelos incêndios, periodicamente, e um pouco por todo o lado. Mas neste espantoso mundo insano, que descobriu agora as mudanças climáticas, mais devastador que os incêndios e o negro que daí resulta é o verde, por fora, que afinal é de outra cor, por dentro, que pouco tem a ver com os incêndios, como escreve J. Rentes de Carvalho: "E assim o verde, que era a cor da alegria e da esperança, se mudou no vermelho do passado: a cor da repressão, do extermínio dos opositores, do Gulag, dos campos de concentração. É agora a bandeira da sociedade que se anuncia: dividida em bons e maus, os que seguem e os que se opõem, todos espiados e controlados por um governo que tudo pode, em tudo manda, tudo determina." Bilhetes (74)
Não estão preocupados com o verde da mudança do mundo à medida que as estações do ano passam, como cantava Camões, mas com a confusão instalada à volta de Bolsonaro/Macron em que interessa apenas apontar o dedo ao que elegeram como responsável pela destruição do "pulmão do planeta".
Um verde demagógico, totalitário e perigoso, cresce como o mato um pouco por todo o lado. Um verde transformado em pulmão do planeta, que esquece outros pulmões de que não interessa falar. Basta consultar o Google para constatar a enorme quantidade de pulmões verdes que existem, foram construídos ou vão ser.
A Amazónia tem sido instrumentalizada para esse efeito. No entanto, parece que não é bem como o senso comum e quem o instrumentaliza diz que é, como os OCS e designadamente as ONGs, que são aos milhares - "15.900 ONGs atuam na Amazônia. Maior parte delas, dedicada à religião".
Se há matéria em que era melhor cada um ver-se ao espelho é esta. Não para o autoconvencimento do "espelho meu há alguém mais verde do que eu?" mas para se interrogar sobre os comportamentos e as atitudes relativas ao ambiente, dos que comem hamburgers aos que adoram soja ainda que transgénica.
Os equívocos que propositadamente têm sido propalados, sem a menor reflexão crítica, estão em todo o lado. Um dos mais inflacionados é o dos "pulmões".
A Amazónia é o "pulmão" do mundo, mas está longe de ser a maior floresta global. Praticamente apenas falam da Amazónia do Brasil porque afinal há incêndios também nos outro territórios: Esta região inclui territórios pertencentes a nove nações. A maioria das florestas está contida dentro do Brasil, com 60% da floresta, seguida pelo Peru com 13% e com partes menores na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França (Guiana Francesa). Estados ou departamentos de quatro nações vizinhas do Brasil têm o nome de Amazonas por isso.
Também pouco lhes interessa o que arde por todo o mundo: De Angola à Sibéria. O que arde no mundo além da Amazónia?
Desconhecido e quase intacto: este é o segundo pulmão verde do planeta : "Em um laboratório criado na floresta, uma jovem geração de pesquisadores florestais lança luz sobre os imensos segredos da Bacia do Congo, um lugar essencial para o clima e a biodiversidade."
Entretanto vão nascendo pulmões por todo o lado. Basta consultar o Google para constatar a enorme quantidade de pulmões verdes que estão construídos ou que estão em vias de o ser:
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