Zoltán Kodály: Psalmus Hungaricus, Op. 13
Na aflição David queixa-se da malícia dos seus inimigos (SALMO 55)
- Inclina, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração, e não te escondas da minha súplica.
 - Atende-me, e ouve-me; lamento na minha queixa, e faço ruído.
 - Pelo clamor do inimigo e por causa da opressão do ímpio; pois lançam sobre mim a iniquidade, e com furor me odeiam.
 - O meu coração está dolorido dentro de mim, e terrores da morte caíram sobre mim.
 - Temor e tremor vieram sobre mim; e o horror me cobriu.
 - Assim eu disse: Oh! quem me dera asas como de pomba! Então voaria, e estaria em descanso.
 - Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto.
 - Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade.
 - Despedaça, Senhor, e divide as suas línguas, pois tenho visto violência e contenda na cidade.
 - De dia e de noite a cercam sobre os seus muros; iniquidade e malícia estão no meio dela.
 
O carácter dramático da obra manifesta bem o sofrimento do povo húngaro, após o tratado de Trianon, como, aliás, ao longo da sua história. 
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