26/12/18

De Josefa de Óbidos a Chiara Lubich


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Josefa de Óbidos, Adoração dos Pastores - óleo sobre tela (1669) - Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa.


"Aquele menino !

Quando Te rezamos, Jesus, no nosso coração, quando Te adoramos na Sagrada Eucaristia do Altar, quando conversamos Contigo, presente no Céu, e a Ti dizemos o nosso obrigado pela vida e em Ti lançamos o arrependimento das nossas faltas e de Ti invocamos as graças de que necessitamos, pensamos-Te sempre adulto, Senhor.
Ora eis que, luz sempre nova, em cada ano, de novo volta o Natal e como uma renovada revelação mostras-Te menino, acabado de nascer, num berço, e uma onda de comoção nos invade. E já não sabemos formular palavras, nem ousamos pedir, nem nos sentimos com coragem de ser um peso para tão minúsculas forças, embora omnipotentes.
O mistério faz-nos calar e o silêncio da alma em adoração confunde-se com o de Maria que, perante o testemunho dos pastores que ouviram o celeste canto dos anjos «conservava todas estas coisas, meditando-as no Seu coração»
O Natal ...: aquele Menino sempre nos aparece como um dos mistérios mais profundos da nossa fé, porque é o princípio da revelação do amor de Deus por nós, que depois se manifestará em toda a Sua divina, misericordiosa e omnipotente majestade."
(Chiara Lubich, Saber perder, p.108-109)



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