Glauco Velásquez (1884-1914) - Alma minha gentil (Camões), (voz e orquestra) (1913)
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma coisa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões, Sonetos
Uma "parceria" luso-brasileira que não sei se é de esquerda ou de direita. Nem quero saber. Porque a cultura é isso mesmo. E também sei que onde há cultura não há corrupção.
Os grandes artistas e personalidades da (dita) esquerda que levaram livros para a votação e também aquelas deputadas portuguesas da (dita) esquerda do #Ele não merecem esta modesta homenagem. Estão bem uns para as outras!
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