11/06/09

Orientação escolar e profissional


Um dos problemas que se coloca a muitos alunos nessa fase do ano lectivo diz respeito ao que irão fazer no próximo ano lectivo.
Para os que estão a terminar o 9º ano. Com o final da escolaridade básica coloca-se uma questão fundamental: Continuar a estudar ou ingressar no mundo do trabalho.
Para a maioria dos alunos a escolha preferida será a continuação dos estudos. Mas estudar o quê e onde ?
Como se sabe hoje temos várias escolas que podem certificar os alunos a nível do ensino secundário: As escolas do ensino secundário, as escolas profissionais, as escolas do ensino artístico, os centros de formação, os centros de formação do sector de actividade…
As escolas do ensino secundário têm também outro tipo de respostas que não apenas as dos cursos científico-humanísticos e tecnológicos.
Estes caminhos são muitas vezes esquecidos pelos alunos e pais, quando permitem ou querem que os filhos ingressem imediatamente na vida activa sem antes terem acesso à formação profissional.
Isto tem implicações na qualificação profissional dos trabalhadores e engrossa o contingente da mão-de-obra pouco qualificada.
Há, no entanto, alunos que não completam o 9º ano.
Para eles coloca-se também o problema da orientação quando devido a sua idade, ao seu comportamento ou às suas dificuldades de aprendizagem já não estão bem na escola e a escola já nada lhes diz e passam do desinteresse ao absentismo e muitas vezes ao abandono.
O insucesso repetido é assim muitas vezes a base da desmotivação que leva ao cominho mais fácil: o abandono.
Há alunos que deixam de ir à escola no dia em que completam os 15 anos. Nem sequer deixam terminar o ano lectivo que é o correcto para cumprir a legislação em vigor, prejudicando-se muitas vezes a si próprios, porque se foi viver com a namorada, porque se engravidou, por muitas razões, certamente compreensíveis mas pouco racionais.
No meio de tudo isto florescem orientações pouco científicas e pouco pedagógicas.
As crianças e adolescentes com problemas escolares deviam ter diagnósticos correctos mas para elas muitas vezes começa aí outro calvário.
São enviadas ao médico para serem vistas pela falta de memória ou de atenção, outras vezes vão aos xamanes da região, ou são caracterizadas com diagnósticos mais modernos como hiperactividade ou são consideradas espíritos especiais e caracterizadas como indigo ou cristal.
O que é preciso é encontrar uma justificação…
É por isso que há necessidade de equipas multidisciplinares que possam compreender e orientar estas situações. Estas equipas devem colaborar estreitamente com a escola e, principalmente, com a estrutura de decisão que é o conselho escolar ou o conselho de turma. É necessário, no entanto, dar mais competências organizacionais a umas e a outro.
Os recursos que temos são escassos mas é possível serem mais bem rentabilizados. Assim como a coordenação das respostas, a articulação dos serviços e dos apoios educativos e sociais.

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