23/06/24

“Acredito porque é absurdo”

Tudo não passaria de uma questão fútil e sem sentido, que não me levaria a escrever uma linha sobre o assunto, não fosse o quererem envolver as pessoas numa aceitação tácita de todos os disparates que querem promover. “O que é que isso te incomoda? Cada um faz o que quer, cada um é como quer"; "A ideologia de género é de tal modo absurda que não vale a pena gastar um segundo a falar do assunto"... É verdade que essa é a atitude de muita gente tolerante e tudo isso pode estar bem assim... 

O problema é quando fazem propaganda nas escolas impondo, de forma obrigatória, esta ideologia, contra os direitos das crianças e contra a vontade dos pais. De facto, há milhares de assinaturas de pais de alunos que não querem ver aprovada esta legislação. Falam de “Abuso e perigo”: pais não querem alunos a escolher nome, género e WC.

Como já vimos, a ideologia de género usa uma linguagem de frases feitas e é feita de irracionalidade. Por isso, interessa-lhes retirar a família, os pais, muitos professores, do assunto, e levar a “mensagem” à escola. Chegar à escola é o objectivo de qualquer propaganda. E as escolas têm vindo a ser inundadas de propaganda quer interesse ou não aos alunos, ou seja, semear o seu pensamento absurdo nas mentes infantis, ainda não suficientemente desenvolvidas, ainda sem capacidade crítica para contestarem essas falsidades.

Mas se é o próprio que deve saber e decidir quem é, não precisa da ajuda dos pais ou dos professores para isso, porque será que precisa destes “formadores” e de sessões de esclarecimento nas escolas? É que, como toda a gente sabe, assim asseguram que não há outras interferências dos pais ou dos professores, e até podem denunciar quem se oponha... Sabem bem que o caminho é envolver-se cada vez mais nos meandros da burocracia do estado, levando a incluir nos currículos esta matéria sem sentido. No meio da igualdade de género, lá vem a ideologia de género. Ora a primeira é para defender e a segunda para contestar.

António Damásio veio reiterar, em “O erro de Descartes”, que nós somos uma unidade corpo-mente e que um não existe sem a outra.
Pois não senhor, agora temos que aceitar que afinal o corpo pode ser separado da mente. Sendo homem, pode-se ser mulher, se se quiser, e vice-versa. Para quem nega a biologia, é interessante ter que aceitar a biologia para o conseguir, através dos bloqueadores da puberdade e de tratamentos hormonais.

Felizmente, cada dia que passa temos mais provas sobre um dos maiores absurdos do nosso tempo: a ideologia de género. Como refere J.-F. Braunstein (A Religião Woke), estes fanáticos não acreditam apesar de ser absurdo, acreditam porque é absurdo. (p. 21) E quem defende posições contrárias à ideologia de género está sujeito a ser censurado, desprestigiado, prejudicado...*

Quero, finalmente, dizer que este assunto devia ser assumido por todos os partidos. E todos os partidos deviam lutar pelos direitos das crianças, inclusive que as deixem viver em paz a sua infância. 
E, se fosse assim, nunca a legislação que foi aprovada no Parlamento, poderia ter lugar numa democracia, livre e racional.

Desejo umas boas férias a todos os pais que me ouvem. E, juntamente com os filhos, aproveitem viver este tempo de maior presença afectiva, depois de um ano de intenso trabalho.
Boas férias!


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* Alguma literatura que tem vindo a ser publicada. Embora não haja tradução em português, pode-se conhecer do que tratam através das sinopses, vídeos, artigos, que estão disponíveis na internet :
- Dora Moutot e Marguerite Stern, Transmania - Enquête sur les dérives de l' idéologie transgenre, (2024); 
- Abigail Shrier, Irreversible Damage - Teenage Girls and the Transgender Craze, (2021);
- Miriam Grossman, Lost in Trans Nation - A Child psiquiatrist's Guide Out of the Madness, (2023);
- Miriam Grossman, You are teaching my Child What? - A Phisician expose the Lies About Sex Education and How They Harm Your Child, (2009);
- Caroline Eliacheff e Celine Masson, La Fabrique de L' Enfant transgenre - Comment protégé les miners d'un scandal sanitaire, (2022);
- Maria Keffler, Detrans, & Detox - Getting Your Child Out of the Gender Cult, (2021)
- Mary Margaret Olohan, True Stories of Escaping the Gender Ideology Cult, (2024)




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