"Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai”. (Freud)
A frase atribuída a Freud, ganha ainda maior relevo na medida em que também para Freud "a criança é o pai do homem".
As relações entre pai e filho com todas as emoções que foram construídas ao longo dos anos, principalmente emoções positivas, são de grande riqueza e complexidade para o desenvolvimento saudável, para o equilíbrio mental e auto-estima de que necessitamos para viver. É, por isso, que ser pai é muito mais que ser progenitor. É este vínculo que se estabelece para sempre.
Nos tempos actuais, é notória a falta de respeito de alguns filhos para com os pais, quando os mais velhos são atirados para fora da família e de sua própria casa, quando são privados até do bem-estar que conseguiram construir ao longo de muitos anos.
Podemos falar muito de como deve ser o relacionamento entre pai e filhos, sobre a parentalidade, sobre a educação... No fim, é determinante o exemplo dos pais. A modelagem funciona e através dela são aprendidos os valores evidenciados e praticados pelos pais.
A melhor forma de sabermos como os pais educaram está no testemunho dos filhos. Sem dúvida que o orgulho dos filhos mostra bem como a educação que receberam dos pais, mesmo que não seja completamente perfeita nem de acordo com todos os critérios dos educadores encartados, é de resultado eficaz.
Permitam-me que partilhe este texto que tirei do Facebook do João Gonçalves. Não pude deixar de me sensibilizar pela forma como os filhos se referem ao seu pai. Há esperança, afinal, e nem tudo se perdeu na voragem da egoísmo reinante.
“Não sabemos exatamente por onde começar.
Descrever o nosso pai é um pouco difícil nestas horas e acima de tudo, pelo seu caráter complexo, levaria muito tempo a escrever.
O nosso pai foi um bom cristão, um grande jurista, um homem corajoso, íntegro, fiel aos seus valores, inteligentíssimo, cultíssimo, com bom gosto, com jeito para fotografia, com algum jeito para a pintura, muito jeito para escrever mas acima de tudo foi um grande PAI que nos amava muito!
É indescritível o amor do meu pai por nós. Só descrevendo os sacrifícios inimagináveis realizados tanto por ele e pela minha mãe, para que nós pudéssemos ter um futuro digno (e conseguiram!), é que se poderia compreender.
O nosso pai foi, é e sempre será o nosso anjo da guarda!
É com muito orgulho e honra que nós (João Oliveira, Pedro Oliveira e Maria Oliveira) dizemos que somos filho/a do António Augusto Alves de Oliveira!
Obrigado Pai por todos os esforços e pelos sacrifícios incalculáveis !
A tua memória e a tua honra serão para sempre salvaguardadas por nós os 3 (+ mãe) até à morte.
Até sempre Pai. Raul Xaves
Ps: o meu pai tinha o hábito de jogar o Euromilhões todas as terças e sextas, para ver se nos saía um milagre…
Ao falar com o meu irmão hoje eu disse-lhe:
-Tivemos muita sorte em tê-lo como pai.
Respondeu-me ele : eu sei, foi o nosso euromilhoes, e ele jogava essa merda todas as semanas e nós já o tínhamos…”
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