09/10/24

A comunicação social e os abusos


Perante a crise dos abusos sexuais na Igreja, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) tem respondido assertivamente ao problema, de várias formas. 

Em Portugal, o estudo desta realidade foi entregue  a uma Comissão Independente que concluiu pela existência dos abusos, ao longo de mais de 70 anos, e pela necessidade de agir em várias áreas, como consta do Relatório final elaborado.

A realidade descrita é suficientemente dolorosa para, tout court, se aceitar as conclusões do Relatório.

No entanto, não questionando essa  verdade, certamente que se podem colocar problemas metodológicos e em consequência questionar  algumas conclusões a que a Comissão Independente chegou. (1)

Perante a necessidade de dar continuidade às sinalizações, verificou-se a impossibilidade de identificar muitos casos por falta de dados, tal como de vir a poder efectuar compensações financeiras, sem ter de obrigar a novo processo ainda que com o risco de revitimização.

 

Na sequência da Carta Apostólica Vos estis lux mundi do Papa Francisco, foram criadas as Comissões Diocesanas para proteção de crianças e jovens e pessoas vulneráveis que respondem localmente pela prevenção e protecção das vítimas de abusos.

 

Foi também criado o Grupo VITA que não só continuou  a atender vítimas, a nível nacional, como se tem empenhado na realização de acções de prevenção primária como formação e elaboração de instrumentos de trabalho pedagógicos para a prevenção.

O Grupo VITA criou ainda uma bolsa de psicólogos e psiquiatras, de  todo o país, que têm atendido as vítimas que necessitam de apoio psicológico. Como Bento XVI referiu, "o importante é, primeiro, olhar pelas vítimas e fazer tudo para as ajudar e acompanhar enquanto saram”.

 

A comunicação social informa, investiga e divulga mas também manipula e é manipulada de acordo com interesses mais ou menos expressos ou mais ou menos ocultos.

Seja como for, na complexidade do mundo global, uma grande parte da  luta pela liberdade e liberdade de expressão passa pelo trabalho dos jornalistas e dos media, que não têm trabalho fácil e estão sujeitos a perseguições arriscando a própria vida. (Committee to Protect Journalists)

Por isso, o papel da Comunicação Social é fundamental na investigação de eventuais casos de violência sexual nas instituições da Igreja mas também da sociedade, famílias, escolas, desporto... Por isso mesmo, deve investigar e informar com imparcialidade. 


Bento XVI, em entrevista a Peter Seewald, Luz do mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos tempos, disse o seguinte sobre o papel da comunicação social: "Não foi possível deixar de reparar que subjacente a este esclarecimento por parte da imprensa, estavam não só a vontade pura de obter a verdade, mas também uma alegria em comprometer e em desacreditar o mais possível a Igreja. Independentemente disso, tem, porém, de ficar sempre claro que, sendo verdade, devemos estar agradecidos por cada  esclarecimento. A verdade, associada ao amor correctamente entendido, é o valor número um. E, por fim, os meios de comunicação social não teriam podido falar como falaram, se na própria Igreja não houvesse o mal. Só porque o mal estava na Igreja é que os outros puderam utilizá-lo contra ela."




Até para a semana.

 

 

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Felícia Cabrita entrevistou várias personalidades (Euclides Dâmaso, Jónatas Machado, Mário Mendes, José Cardoso da Costa) sobre o assunto - "Já não estamos no tempo da Inquisição", Jornal I, 18-3-2023;

02/10/24

Envelhecer com dignidade



O dia 1 de Outubro foi declarado pela ONU, em 1990, como dia internacional dos idosos, e em 1991 foram aprovados os princípios para as pessoas idosas (Resolução 46/91 das Nações Unidas). Este ano, o Secretário-Geral da ONU na sua mensagem para o Dia Internacional dos Idosos, voltou a apelar para: “Envelhecer com dignidade: A importância de reforçar os Sistemas de Cuidados e de Apoio aos Idosos em todo o Mundo.”
Todos estamos de acordo. Mas sabemos que o discurso bem intencionado se confronta com uma realidade bem diferente. Infelizmente, as estatísticas dão-nos uma imagem deplorável do tratamento dado a muitos idosos que vai do abandono e negligência aos maus tratos físicos. E, mais uma vez, vindos de quem não se devia esperar.

Esta discriminação negativa, devida à idade cronológica, chama-se idadismo (ageism). Para Sofia Duque(“Dia Internacional do Idoso: contra o estigma e estereótipos, para dignificar e respeitar os direitos dos mais velhos”, DN, 1-10-2024o idadismo “pode ter várias consequências negativas:

de natureza psicológica – a baixa autoestima, depressão e ansiedade; 

a redução do acesso a cuidados de saúde; 

a falta de  motivação dos próprios para a adoção de estilos de vida saudáveis, face à crença falsa de que a deterioração funcional e cognitiva são consequências inevitáveis do envelhecimento; 

o isolamento social e solidão;  

a tensão nas dinâmicas familiares, sendo frequentemente afastada a pessoa mais velha da tomada de decisões, mesmo quando estas lhe dizem diretamente respeito; 

o afastamento das esferas familiar e social; 

as políticas sociais e de saúde desfavoráveis; 

a desvalorização das capacidades das pessoas mais velhas e a falta de oportunidades.”


Podemos fazer um exercício. Para entendermos o que sente um idoso coloquemo-nos no seu lugar. Como gostaria de ser tratado quando fosse mais velho ou idoso?

Um idoso quer ser tratado com o respeito que é devido a um ser humano.

Deve-se ter em conta o seu passado, o profissional que foi  e o trabalho que fez durante tantos anos.

Embora possa ficar calado, não gosta de ser tratado com termos  ofensivos e esterotipados.

Apesar de já não poder deslocar-me tão facilmente ou de não estar “à la page”, não gosta de ser excluído de nada: da vida da família e da vida em sociedade.

Não gosta de ser tratado por tu mas de ser chamado pelo seu nome e gosta de ser cumprimentado como as outras pessoas.

Não gosta de ser excluído de sítios que proíbem a sua entrada.

Gosta que lhe perguntem a sua opinião em relação às coisas que lhe dizem respeito e que o deixem decidir em relação à ida para um lar ou uma “erpi” (estrutura  residencial para pessoas idosas). Deve ser respeitada a sua vontade.

Gosta de ser tratado por profissionais competentes que sabem como lidar com pessoas idosas com as suas dificuldades emocionais, cognitivas e sociais.

Gosta de fazer o que gosta e de não ser infantilizado. As actividades devem ter em conta que o adulto ou o idoso não é uma criança, que tem uma experiência de vida, cultura e vivências próprias.

Gosta que o deixem em paz quando não quer participar... mas,  ainda que sozinho, prefere ler, escrever e pensar...


 

Até para a semana.





Rádio Castelo Branco






30/09/24

Equilíbrio natural


A chuva chegou, de manhã e de mansinho. O tempo de Setembro,  ameno e acolhedor, convida ás actividades agrícolas ou de lazer... A natureza, afinal, também nos dá esta calma e bem-estar, este sentimento de serenidade, de poder olhar até onde a vista alcança e apreciar os últimos legumes e frutos do verão: ainda há curgete, tomate, os canteiros estão cheios de rúcula, espinafre, salsa, coentros e agrião, os pêssegos de Setembro estão agora deliciosos mesmo com algum bicho à mistura, e ainda se mostram os últimos figos e framboesas; começam a aparecer os dióspiros e os kiwis ainda têm que esperar...
Tudo à nossa volta nos ajuda no equilíbrio da nossa mente e as quatro estações completam o seu ciclo milenar de mudança constante. As alterações climáticas, afinal, foram sempre assim. Quando era criança os ribeiros saíam do leito. Há setenta anos que isso não acontece mas não estamos livres de voltar a acontecer.

Como Alberto Caeiro: “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo”. Da minha quinta não sou capaz de deduzir a explicação científica do mundo mas consigo ver, ouvir e ler as mudanças que o afectam. 
Não sei nada de clima, nem de alterações climáticas nem de ambiente ou ecologia... e muito menos de javalis. Mas da minha aldeia observo a natureza e sei que os javalis andam por lugares que não era costume.

Leio explicações (Carlos Dias, "Reforço da caça vai travar invasão de javalis? "Chamem o Obélix, pede agricultor", Público , 21 de Julho de 2024):
- “os incêndios florestais de 2017 e a pandemia de covid-19 terão potenciado o aumento desmesurado de javalis. Relatos sobre danos em cultivos, acidentes rodoviários e transmissão de doenças acumulam-se."
- “Estes dois fenómenos, um a seguir ao outro, encaminharam milhares de javalis para as zonas urbanas, e até praias do litoral (Arrábida), em busca de alimento que deixaram de ter no seu habitat natural."
- "uma estimativa da Universidade de Aveiro admite (o número de javalis) poder oscilar entre os 150 mil e os 400 mil."
- "Em 2023, a área (de milho) destruída afectou cerca de 3% da produção nacional e resultou numa perda de “cerca de oito milhões de euros”. (Associação de Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis)).
- Mas “a ameaça maior está no potencial perigo para a saúde pública e os aparcamentos de suínos, através da propagação de doenças como... a peste suína africana (PSA), o pesadelo dos criadores de pecuária extensiva.”

Perante isto, era bom que associações de caça, caçadores, partidos, incluindo os chamados ecologistas, os governantes, os cientistas e investigadores e os técnicos de saúde pública, se pusessem de acordo para resolver este problema.
No meio destes desentendimentos sobre uma coisa que parece simples de resolver há pessoas que trabalham e vêem as suas culturas destruídas, as suas quintas completamente fossadas e estragadas. Há pessoas preocupadas, que não dormem sossegadas e vivem na angústia de ver tudo estragado de um dia para o outro.

Mas os que têm o poder de decidir continuam a fazer belos discursos na conferência do clima, nos parlamentos, nos governos, sobre as alterações climáticas. Continuem... Por enquanto, ainda haverá couves para o bacalhau do Natal. Só não sabemos até quando.


Até para a semana.



Rádio Castelo Branco




01/09/24

Hoje apetece-me ouvir


1. Hoje é o Dia Nacional das Bandas Filarmónicas. 

"As estimativas apontam para a existência de mais de 600 bandas em Portugal e, de acordo com um inquérito feito em 2001 pela Direção Regional de Cultura do Centro, esta designação engloba agrupamentos de 17 a 83 músicos. As bandas apresentam-se geralmente com uniformes personalizados e reconhecíveis, incluindo chapéu, e muitas vezes usando insígnias para distinguir e identificar a comunidade à qual pertencem. Os músicos são quase todos amadores, no sentido em que a música não é a sua carreira, não obstante o facto de, ao longo dos últimos 30 anos, um número crescente de músicos destas bandas procurar formação musical em escolas oficiais de música, elevando assim a sua qualidade técnica e o potencial musical de uma forma bastante notória." (Bandas Filarmónicas: 200 Anos de Música em Comunidade )

Um trabalho extraordinário. Parabéns.


2. Em 1 de Setembro de 1610, a obra musical Vespro della Beata Vergine de Claudio Monteverdi é publicada pela primeira vez, impressa em Veneza e dedicada ao Papa Paulo V.


Monteverdi - Vespro della Beata Vergine - Gardiner

29/08/24

De regresso à selva

 



A luta pelo estímulo (Desmond Morris, O Zoo Humano) é fundamental para a sobrevivência do ser humano. Porém, quando os estímulos são em excesso podemos ficar doentes. 
Sempre que pensamos em férias temos em mente os benefícios do descanso e relaxamento, do ar livre, do mar e do sol, para o corpo e para a mente, que são comprovados pelos estudos sobre férias e saúde.  (1)

Acontece que deixamos o trabalho mas o trabalho não nos deixa. Levamos  connosco muita bagagem desnecessária: preocupações, arrelias, frustrações, desilusões, trabalho e equipamentos: portátil, telemóvel, ipad ...  E acima de tudo a mesma atitude mental: competição expressa ou inconsciente nos mais pequenos pormenores que compromete aqueles benefícios.

Umas férias pensadas e sonhadas para combater o stress levam a aumentar ainda mais o stress com as bichas de automóveis para a praia, para o supermercado, para o barco, dificuldade para estacionar... Afinal já chegava a bicha para marcar consulta no Centro de Saúde, tratar de um documento  na Loja do cidadão, para não falar na AIMA que só de ver na TV me cansa... 

  

O ser humano percebeu que era necessário haver regras para poder funcionar em seu próprio proveito. Mesmo que alguns teimem em não as entender na utilização  do condomínio, do trânsito... e da praia. (2)

Por que há-de haver regras num tempo e espaço em que queremos gozar a nossa liberdade? E por que não hei-de ter as minhas regras ?

Não é de estranhar o resultado de um recente inquérito: “os jovens dizem que as proibições nas praias lhes tiram a diversão.” (3)


Uma das últimas guerras de que estaríamos à espera seria a luta pelo domínio de uma espreguiçadeira junto à praia ou à piscina. Uma espreguiçadeira pode ser o meu território. Tenho espreguiçadeira, logo existo. Mas a conquista daquele minúsculo espaço territorial, a necessidade de ficar à frente, ter o melhor lugar junto à praia, exige ter que levantar cedo, correr para a conquista, impondo a minha regra, o espaço marcado pela minha toalha. E esta vitória tem custos: deixam-me completamente stressado.


Por mais que tenha evoluído e tenha abraçado o progresso, trazido pelo turismo de massas, o ser humano está sempre a voltar para os estádios primitivos dessa evolução. Como acontece com todas as guerras em que  o homo sapiens manifesta a sua incapacidade para ultrapassar a eliminação física do outro ou os pequenos conflitos interpessoais, inesperados, que ameaçam o velho cérebro que dita o meu domínio territorial: "Os hotéis dizem que sem o controlo das espreguiçadeiras "seria uma selva", uma vez que os turistas competem por lugares privilegiados nos hotéis ao longo da costa espanhola." (4)


O comportamento humano não pára de nos surpreender, preocupar e... divertir. Em vez de tranquilas férias aumentamos o stress, a terapia vira pesadelo, um feliz casamento pode voltar de férias desfeito ou uma boa amizade encontrará o seu ocaso. (5)

O ser humano ainda não se adaptou a estas novas regras. Volta sempre à selva de onde afinal parece nunca ter saído: um lugar ao sol tem uma importância fundamental para um primata em via de socialização.


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26/07/24

Almas gémeas

"Uma vez realizada esta divisão da natureza primitiva, eis que cada metade, desejando a outra, a procurava." (p.69)


O amor é uma emoção ou sentimento extraordinário de afecto entre pessoas, como descreveu Camões no soneto “Transforma-se o amador na coisa amada”, um dos sonetos mais bonitos sobre a relação amorosa. 

Mas as pessoas apaixonadas por mais almas gémeas que possam ser ou achar que são, mais tarde ou mais cedo, não estão imunes, na sua vida, ao surgimento de conflitos, insignificantes ou graves, por algum motivo previsível ou não: “Afinal, não te conhecia.” E daí tantos divórcios e separações precoces.

Há listagens de lamentações da parte de um ou de outro para justificarem, com mais ou menos razão, os comportamentos desajustados. 

O amuo surge como uma forma de descomunicação entre as pessoas e com algumas ficamos deveras surpreendidos. 

Amuar é uma “atitude, que é  frequente  em crianças e adolescentes, encontra-se, igualmente, na idade adulta... (correspondendo) a uma atitude de fixação ou de regressão a um estádio infantil. O amuado reage como se fosse sempre uma criança perante os seus pais frustradores." (Dicionário Temático Larousse - Psicologia, Círculo de Leitores, p. 24)


Este comportamento pode começar com uma simples discordância e com a continuidade transformar-se num padrão comportamental que se vai transformando num conflito aparentemente sem solução, um sintoma de algo mais grave em termos de saúde mental. Trata-se de um processo sadomasoquista de relacionamento com alguém: “eu faço-te sofrer com o meu silêncio, sofro, mas faço-te sofrer ainda mais” ou “eu sofro mas controlo a tua vida”, ou ainda “sou capaz de viver  como se não existisses”. 

É um jogo onde o jogador vai prolongando o limite esperando a cedência do outro. Se a corda rebenta desse lado, então isso é porque eu tinha razão e fui eu que ganhei. 

E, assim, o processo, o próximo amuo, reforça-se, repete-se e amplia-se. Passando por reencontros e novas rupturas.


Dizem-nos: “alguém tem que ceder”, ou “tens que aprender a dar o braço a torcer” ou mesmo a "saber perder". 

O que fazer? Talvez uma perspectiva racional ajude a compreender o nosso comportamento e a encetar um caminho de mudança a nível do pensamento: alterar a crença de que ceder é próprio do perdedor, alterar a ideia de que o amuo modifica as atitudes do outro, alterar a ideia de que há almas gémeas e de que encontrar a alma gémea é encontrar a felicidade para a vida.

Não, não gostamos das mesmas cores, da mesma comida, dos mesmos móveis, dos mesmos amigos, do mesmo clube, e podemos não ouvir a mesma canção.

O conflito faz parte da vida e da vida de casal, da vida dos amigos, da vida de família.

Aprender a comunicar: Dar e receber feedback. Há uma aprendizagem do outro que tem que se fazer desde criança com os próximos e também com os estranhos. Como sabemos os abusadores não são na maioria das vezes os estranhos apesar de passarmos a vida a ensinar às nossas crianças que não se aceitam coisas de estranhos. 

Ora, também aqui, “o inferno somos nós” e as almas gémeas, a existirem, também amuam.

 


Até para a semana.


 


Rádio Castelo Branco





14/07/24

Os problemas da justiça ...

 

Quino, Não me grite, Pub. Dom Quixote, 1973 (orig.)


O Ministério Público não é o único responsável pelos problemas da justiça. Nem a actual nem a anterior procuradora. A anterior procuradora, que faleceu a 9 de Julho, era considerada justiceira e saiu de forma não muito bem explicada. Nessa altura o grande argumento manifesto era o de que a PGR tivesse um só mandato
Como nada se fez em relação a isso, estamos outra vez com a mesma situação: a falta de transparência, isto é, a actual procuradora também não serve mas não sabemos bem porquê.
O Ministério Público também não foi responsável pela queda dos governos, pois não?  Pergunto eu que sou leigo na matéria como muitas das 50 personalidades que assinaram um manifesto, no qual se pede a “reforma” do sistema da Justiça em “defesa do Estado de direito democrático”. Ou será que pedem um Ministério Público a la carte ?



01/07/24

"Lembra-me um sonho lindo"


Fausto - 1948-2024


"É o cantautor mais carismático da música popular portuguesa. A sua obra maior canta as Viagens dos Portugueses ao longo dos séculos. As desventuras anónimas, a diáspora e o trilho da nação." (RTP - Primeira Pessoa)


Fausto: O barco vai de saída, outra vez

30/06/24

Construir



Manuel Cargaleiro (Mata dos Loureiros – Castelo Branco)

“Quando um artista encontra o seu caminho, é a grande felicidade” - Cargaleiro (Entrevista à RTP)

1927-2024