Há nove milhões de bicicletas em PequimIsso é um facto,É algo que não podemos negar,Assim como o facto de que irei amar-te até eu morrer...Há seis bilhões de pessoas no mundoMais ou menosE isso faz-me sentir bem pequenaMas tu és aquele que eu amo mais que todos
30/06/21
Nine Million Bicycles (em Pequim)... mas tu és aquele que eu amo
25/06/21
Recuperação, resiliência e respostas sociais
Obviamente que não é possível meter assunto tão vasto no tempo disponível para esta crónica. No entanto, queria fazer uma ligeira reflexão sobre alguns aspectos sociais do plano de recuperação e resiliência.
Apesar de tudo o que já se disse que vai da foleira designação de “bazuca” ou “já posso ir ao banco ?”, até à constatação séria da necessidade de ajuda externa para ultrapassar a crise em que vivemos, ou às criticas que possamos fazer, o plano aí está como um facto consumado.
O Plano contém projectos interessantes, como, por exemplo, os projectos sobre as respostas inovadoras para idosos ou sobre acessibilidades ...
Vão ser gastos 583 milhoes de euros * em reformas e investimentos em respostas sociais.
É verdade que “Portugal, à semelhança de outros países europeus, tem vindo a confrontar-se com desafios exigentes ao nível demográfico, socioeconómico e ambiental. Alguns destes desafios foram reforçados e ampliados pela situação de pandemia vivida no último ano. “
Porém, o que se passa em Portugal parece bastante mais gravoso do que na maioria dos países europeus por nos situarmos abaixo da média nos vários parâmetros que possamos analisar.
É, por isso, uma necessidade, como diz o Plano,“reforçar, adaptar, requalificar e inovar as respostas sociais drigidas às crianças, pessoas idosas, pessoas com deficiência ou incapacidade e famílias”.
Mas não nos podemos esquecer de que, se não houvesse a crise sanitária covid19, estas reformas e investimentos seriam igualmente necessários...
Há projectos que nos parecem familiares e que é necessário pôr a funcionar eficazmente e dar continuidade. Sem dúvida, é necessário haver Reformas nos Equipamentos e Respostas Sociais, como por exemplo, nos cuidados prestados nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), no licenciamento ou regularização das estruturas que estão a operar fora do sistema, como ficou bem evidente com a pandemia...
Mas, não sabemos muito bem o que sejam “respostas sociais inovadoras como são as respostas de Habitação Colaborativa, ou um modelo de apoio domiciliário inovador, ou um projecto designado Radar social, mas, pelo menos no campo das intenções, serão certamente melhores respostas do que as actualmente existentes.
Fazem falta creches mas também é muito importante “adaptar as respostas às necessidades das famílias e das realidades laborais que têm horários e contextos novos que importa acompanhar”.
É necessário reforçar as respostas destinadas a pessoas com deficiência ou incapacidade.
Além destas reformas, vão ser feitos Investimentos numa Nova Geração de Equipamentos e Respostas Sociais (417 M€) tendo em vista respostas sociais de proximidade e que promovam o máximo de autonomia das pessoas....
Sem dúvida, está aqui todo um programa de governo para uma década. Vale a pena acreditar que estes mais de 500 milhoes de euros* vão ser bem empregues. De uma vez por todas era bom que fosse verdade.
Era bom que houvesse reformas estruturais.
As pessoas mais vulneráveis merecem que não as desiludam mais uma vez.
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* Na versão de 22-4-2021 foi alterada para 833 milhões de euros.
19/06/21
17/06/21
Quanto mais conheço as pessoas mais gosto... de pessoas
Provavelmente, já ouvimos alguém dizer : “quanto mais conheço as pessoas mais gosto de animais". A ser verdade, por que será assim?
Em 12 regras para a vida, Jordan Peterson diz na regra 2: "Cuide de si como cuida daqueles que dependem de si."
“Imagine que um medicamento é receitado a 100 pessoas.... Um terço dessas pessoas não avia a receita, metade dos restantes 67 vão à farmácia mas não tomarão o medicamento de forma indicada. Não tomam todas as doses. Deixam de tomar os comprimidos antes do tempo. Pode ser que nem abram a caixa.”(p. 57) Isto acontece mesmo em situações em que há doenças graves, embora existam outros factores. (p. 58).
Mas, de forma incrível, as pessoas, em média preocupam-se mais com o seu animal quando está doente: têm mais cuidado em aviar a receita e administrar o medicamento ao animal, mais do que a si mesmas. (p. 59)
Tudo começou há muito tempo, provavelmente no jardim do Éden quando Adão e Eva descobriram o bem e o mal. (p. 84)
Ao descobrimos a nossa nudez, descobrimos também a nudez dos outros e como podem ser explorados. Podemos ser os piores inimigos dos outros e sermos cruéis para eles a ponto de fazermos pior aos outros do que fazem os predadores no reino animal.
Os seres humanos têm uma enorme capacidade para fazer o mal. (pag 85) Tendo em conta a enorme capacidade do homem para as acções malévolas não seria de estranhar que tivéssemos dificuldade de tomar conta de nós e de acreditar na humanidade.
Esta maldade vai-se repetindo ao longo da história. Porém, o mundo já foi muito mais violento do que actualmente apesar de assistirmos ao desmoronamento de impérios e à reconstituição, ou tentativas, de outros.
De facto, há dois mil anos as pessoas eram muito mais bárbaras do que actualmente, os sacrifícios humanos eram comuns, a história da infância, mostra-nos como hoje é insuportável a violência contra as crianças.
Se quisermos cuidar de nós de forma apropriada, em primeiro lugar, temos de respeitar-nos.
Em segundo lugar, compreender que é fácil acreditar que as pessoas são arrogantes, egoístas, só se preocupam consigo... quando o que acontece, na realidade, é que muitas pessoas vivem hoje vidas extremamente complicadas. Como diz Jordan Peterson, “carregam fardos intoleráveis de repulsa por si mesmas e desprezo e vergonha e autoconsciência.” ... “Parece que muitas vezes as pessoas não acreditam realmente que merecem os melhores cuidados.” (p. 90)
Na nossa cultura, dizem-nos “sacrifica-te pelos outros”. Sim, mas sacrificarmo-nos ao serviço dos outros não é vitimizarmo-nos ao serviço dos outros
Sacrificarmo-nos pelos outros não significa sofrer em silêncio e voluntariamente quando exigem de nós muito para além daquilo que é oferecido em troca. “Nada existe de virtuoso em sermos vitimizados por um agressor, mesmo que esse agressor sejamos nós.” (p. 91)
Cuidarmos de nós significa respeito por nós e pelos outros. Afinal, para termos a qualidade de vida actual, apesar das dificuldades que suportamos, foi e é necessário o contributo, o milagre quotidiano, de tantas pessoas extraordinárias...
Até para a semana.
13/06/21
Para os novos censores da era digital
Deolinda - Fado notário - Dois selos e um carimbo
Como no amor, na liberdade e na liberdade de expressão não há lugar para selos de qualidade ainda por cima vindos do estado ou de quem lhe for submisso.
10/06/21
"Não somos o que pensamos"
04/06/21
Uma crise perfeita: desgoverno e desoposição *
01/06/21
Hoje, dia da Criança, se eu fosse presidente...
...
"Mas não contem comigo para fazer política
Não é necessário ser Presidente, para amar as crianças"