Também concordo com a
Ei! Já agora não se esqueçam de ouvir quem trabalha no terreno.
Ei! Já agora não se esqueçam de ouvir quem trabalha no terreno.
E depois há coisas que estão a correr bem sectorialmente: na Saúde, na Educação...Seria bom que desta vez houvesse menos precipitação na busca das soluções e que, com os pés bem assentes na terra, procurássemos um caminho que não voltasse a assentar em perspectivas irrealistas (a última reforma partia do pressuposto de que o nosso PIB iria crescer em média 2% ao ano…) e em preconceitos ideológicos. A dimensão do problema é excessivamente grande e tem condicionantes demográficas e económicas de uma tal magnitude que só uma discussão ponderada e séria nos poderá ajudar a encontrar um caminho.
A equidade na educação tem duas dimensões: A primeira é a igualdade de oportunidades (justiça), que implica assegurar que circunstâncias pessoais e sociais – por exemplo, sexo, status socioeconómico ou origem étnica – não devem ser um obstáculo à realização do potencial educativo. A segunda é a inclusão, o que implica assegurar um padrão mínimo básico de educação para todos - por exemplo, que todo mundo deve ser capaz de ler, escrever e fazer aritmética simples. As duas dimensões estão intimamente entrelaçadas: combater o insucesso escolar ajuda a superar os efeitos da privação social que muitas vezes faz o insucesso escolar. (Relatório da OCDE)
Era bom que fosse assim ! Aqui encontra uma crítica. Outras se seguirão.Design
1. Limit early tracking and streaming and postpone academic selection.
2. Manage school choice so as to contain the risks to equity.
3. In upper secondary education, provide attractive alternatives, remove dead ends and prevent dropout.
4. Offer second chances to gain from education.
Practices
5. Identify and provide systematic help to those who fall behind at school and reduce year repetition.
6. Strengthen the links between school and home to help disadvantaged parents help their children to learn.
7. Respond to diversity and provide for the successful inclusion of migrants and minorities within mainstream education.
Resourcing
8. Provide strong education for all, giving priority to early childhood provision and basic schooling.
9. Direct resources to the students with the greatest needs.
10. Set concrete targets for more equity, particularly related to low school attainment and dropouts. *
"Nesta altura, já se deve ter notado uma considerável desênfase nas recompensas e punições «extrínsecas» como factores da aprendizagem escolar. Tem havido, ao longo destas páginas, uma negligência um tanto intencional da chamada Lei do Efeito, segundo a qual é mais provável que uma reacção seja repetida se tiver sido seguida de um «estado de coisas satisfatório». Eu não descuido a noção de reforço. Apenas é duvidoso que os «estados de coisas satisfatórios» possam encontrar-se com fiabilidade fora da própria aprendizagem - nas palavras amáveis ou duras do professor, nas notas ou medalhas, na absurdamente abstracta garantia que se dá ao estudante do secundário de que os vencimentos de toda a sua vida serão 80% superiores se terminar os estudos. O reforço exterior pode de facto pôr um acto em andamento e pode até levar à sua repetição, mas não alimenta, de modo fiável, o longo curso da aprendizagem, através do qual o homem lentamente constrói, à sua maneira, um modelo útil do que é e pode ser o mundo."(Bruner, J S.(1999). Para uma teoria da educação, Lisboa: Relógio d' Água)
consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola.
a educação especial se organiza segundo modelos diversificados de integração em ambientes de escola inclusiva e integradora, garantindo a utilização de ambientes o menos restritivos possível, desde que dessa integração não resulte qualquer tipo de segregação ou de exclusão da criança ou jovem com necessidades educativas especiais.
Nos casos em que a aplicação das medidas previstas nos artigos anteriores se revele comprovadamente insuficiente em função do tipo e grau de deficiência do aluno, podem os intervenientes no processo de referenciação e de avaliação constantes do presente diploma, propor a frequência de uma instituição de educação especial.
chamamos a inclusão eletiva no sentido em que a pessoa depois de ter assegurada as condições básicas de participação social a todos os níveis (inclusão essencial) pode optar por formas mais restritas, especializadas e situadas de participação dependente da sua motivação e projeto de vida. Precisamos assim de continuar a lutar denodadamente para que as Pessoas com deficiência (PCD) tenham todas as condições da Inclusão essencial para que livremente possam optar pelas modalidades de inclusão electiva.
Em 1995 a percentagem de jovens entre os 20 e 29 anos de idade que não atingira uma qualificação a nível do ensino secundário era de cerca de 30% (Eurostat). Esta percentagem é ainda mais elevada para os alunos com necessidades educativas especiais. É difícil calcular o número de alunos que abandona a educação logo a seguir à fase obrigatória, mas é possível afirmar que muitos não prosseguem estudos para além dessa fase. Os dados, embora não sejam muito precisos, revelam que um grande número de alunos com necessidades educativas especiais inicia o ensino secundário, mas um grande número não o termina (OCDE, 1997). Em alguns países quase 80% dos adultos com deficiência, ou não progrediram para além do ensino primário, ou podem ser considerados analfabetos funcionais (HELIOS II, 1996a).
Para isso as escolas poderão proceder à construção dos currículos específicos individuais e dos planos individuais de transição, procede-se à definição de uma matriz curricular que se pretende estruturante, de modo a garantir que os currículos individuais integrem as áreas curriculares consideradas fundamentais, mas simultaneamente dotada da flexibilidade necessária a uma abordagem individualizada capaz de respeitar e responder às especificidades.
"A nossa tarefa é criar uma sociedade duradoura e que conceda aos seus membros a maior satisfação possível. Uma sociedade desse tipo, por definição, deve fundamentar-se em estabilidade, não em expansão.
Isto não significa estagnação - implica até uma maior variedade do que a que é permitida pela situação de uniformidade que actualmente se impõe na prossecução do objectivo de eficiência tecnológica. Cremos que uma sociedade estável, cuja concretização iremos discutir, bem como a remoção da espada de Dâmocles que pende sobre as cabeças das futuras gerações, têm muito mais probabilidades de trazer a paz e a realização pessoal que até aqui, têm sido, lamentavelmente, consideradas utópicas .
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Uma sociedade estável - que, a todos os planos e para todos os fins se possa manter indefinidamente, proporcionando aos seus membros a máxima satisfação - deve reunir quatro condições primordiais:
1 - o mínimo prejuízo dos processos ecológicos ;
2 - a máxima conservação de recursos e energia - baseando-se essencialmente numa economia de conservação - (Stock) - e não de desperdícios ;
3 - uma população em que os novos elementos sejam em igual número aos desaparecidos (óbitos equivalentes aos nascimentos) ;
4 - um sistema social que permita ao indivíduo o desfrute das três primeiras condições, em vez de ser escravo das mesmas."
"Mas há uma coisa que me surpreende: quando dizem que ao fim de um ano de tratado de assistência já está provado que não deu resultado. As pessoas que dizem isso estão a partir do princípio que num ano haveria crescimento e progresso. Como é evidente, o programa destina-se a fazer com que isso aconteça em três anos, destina-se a criar um clima de austeridade, contenção e poupança para poder pagar algumas dívidas, criar confiança para o exterior e poder voltar aos mercados financeiros. Dizer, como o PS, o BE e o PC, que está tudo errado não faz sentido."António Barreto, O Sol.
Nos tempos de progresso e de esperança raras vezes se perguntava como seriam os dias do futuro. Todos os supunham belos – cheios de riqueza, paz e justiça
Hoje não é assim. Mesmo aquelas pessoas que dizem ser indiferentes ao d dia de amanhã não podem evitar a pergunta: onde é que isto vai parar ? O desemprego aumenta, o nível de vida baixa, as carências de alimentação e higiene são cada vez maiores.
Para muitas e muitas pessoas o mal é dos governantes. deles e das forças que eles representam, sejam elas quais forem. Mas a verdade é que a população do globo está a aumentar velozmente e a produção de alimentos não aumenta proporcionalmente –antes pelo contrário. A superfície total das terras aráveis, longe de aumentar está a diminuir. E não é tudo: a civilização actual nasceu da abundância do carvão e do petróleo, e das matérias-primas. Mas o petróleo e as mais importantes matérias-primas estão a caminho do esgotamento: quando muito poderão durar ainda duas ou três gerações. Os seus custos irão aumentando, assim como os dos próprios alimentos. Recorre-se à automação, e o advento dos microcomputadores deve conduzir a um desemprego tecnológico maciço.
O grande obstáculo à construção da sociedade do futuro é o desconhecimento das tecnologias indispensáveis à construção de um mundo novo, em aliança com a Natureza.
Que progresso ? o científico e cultural ou o da tecnologia concentracionária, o do consumo inútil, da delinquência e da droga, da psiquiatria de massas, da violência institucionalizada ?
"O mais curioso é que "as inaceitáveis", pelos vistos, são tão aceites como quaisquer outras. E nenhumas deviam ser. Se de cada vez que houvesse uma pressão por parte de um político o jornalista a denunciasse, as coisas seriam bem diferentes, há já muito tempo. O problema é que não há uma cultura de jornalismo contrapoder enraizada em Portugal. Pelo contrário.
"Há uma enorme facilidade de ajustes editoriais sempre que há mudanças políticas e uma terrível promiscuidade entre políticos e jornalistas. Obtêm-se ‘fontes’ aceitando terríveis condições, vende-se a alma ao Diabo para segurar outras, não se chateia muito para se ter entrevistados que se dão ao luxo de escolher quem os entrevista, fica-se fascinado por ter amiguinhos políticos e dá jeito..." (M. Moura Guedes)
Deparei com o livro de Mendes Rosa que também mostra outra história da 1ª república, neste caso concreto.....
As várias formas de "nacionalismo" e de "marxismo" e respectivas variantes tinham dominado a disciplina durante décadas. Apesar de algumas contribuições magistrais (e a de José Mattoso é das principais), ainda não se tinha escrito uma História global, compacta e homogénea que rompesse com a alternativa dogmática, que viesse até aos nossos dias e que, especialmente para o século XX, "normalizasse" a interpretação da 1.ª República e do Estado Novo. Ambos estavam, mais do que qualquer outro período, submetidos à tenaz de ferro das crenças religiosas e ideológicas e ao ferrete das tribos.
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