O Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, defende que
Há, ainda, pessoas no poder com dignidade e respeito pelos portugueses.
Há, ainda, pessoas no poder com dignidade e respeito pelos portugueses.
"No seio do partido (Democrata –Cristão), é a eterna luta para conseguir este posto-chave (chefe do partido). Entre os «fanfanistas» e os «moroteístas», entre o «compromisso democrático», as «forças novas» e as «bases». Com efeito, as correntes dentro do partido são oficiais. Os «doroteístas» (dorotei) representavam 34 % dos votos, os «fanfanistas» (fanfanini), cerca de 20 %, os «moroteístas» (morotei), pouco mais de 8 %, o «compromisso democrático» (impegno democratico), cerca de 16 %, as «forças novas» (force nuove), 10% e as «bases» (base), 11%.É isto a política italiana: quando os doroteístas ( do nome do Palácio de Santa Doroteia, em Roma, onde se constituiu esta corrente) se aliam ao «impegno democratico», «base» e «force nuove». Fanfani é minoritário e sai. Estranha aliança essa, dos «doroteístas», mais de direita, com as correntes progressistas como a «base» e «force nuove». Aliança de momento, de homens divergentes contra um homem que se quer «afundar». Jogos políticos que, hoje, a Itália recusa. O episódio, quase teatral, da «defenestração» de Fanfani é um exemplo: revela o que é, actualmente, a Democracia Cristã ou, antes, o que são os seus «mandarins», pois as bases do partido são os primeiros a entristecerem-se com este espectáculo.Episódio tanto mais exemplar, quanto, a 14 de Abril de 1976, no XIII Congresso do partido, Fanfani surge como presidente da Democracia Cristã: «O nosso partido é cheio de quaresmas, mas também de ressurreições», diz ironicamente. E será o mesmo Fanfani que, ontem, afastado pelo seu anticomunismo, conduzirá a «dura» campanha eleitoral da Primavera de 1976, por ser o único capaz de recuperar os votos da extrema-direita para contrabalançar a escalada do PCI.Mas Fanfani não conseguiu retirar os sufrágios a Berlinguer. Não solucionou a situação; antes pelo contrário. A questão comunista ocupa, mais que nunca, o centro do problema italiano e a Democracia Cristã continua dividida, uma vez finda a batalha eleitoral. Ela sabe que os seus eleitores não votaram apaixonadamente e que a sua renovação se anuncia sob o signo das intrigas bizantinas, ao gosto de fim do Império." (P. Meney (1977), A Itália de Berlinguer, Lisboa: Ed. António Ramos, Pag.66 e 67)
"1) Na última década, Portugal teve o pior crescimento económico dos últimos 90 anos
2) Temos a pior dívida pública (em % do PIB) dos últimos 160 anos. A dívida pública este ano vai rondar os 100% do PIB3) Esta dívida pública histórica não inclui as dívidas das empresas públicas (mais 25% do PIB nacional)4) Esta dívida pública sem precedentes não inclui os 60 mil milhões de euros das PPPs (35% do PIB adicionais), que foram utilizadas pelos nosso governantes para fazer obra (auto-estradas, hospitais, etc.) enquanto se adiava o seu pagamento para os próximos governos e as gerações futuras. As escolas também foram construídas a crédito.5) Temos a pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (desde que há registos). Em 2005, a taxa de desemprego era de 6,6%. Em 2011, a taxa de desemprego chegou aos 11,1% e continua a aumentar.6) Temos 620 mil desempregados, dos quais mais de 300 mil estão desempregados há mais de 12 meses7) Temos a maior dívida externa dos últimos 120 anos.8) A nossa dívida externa bruta é quase 8 vezes maior do que as nossas exportações9) Estamos no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis10) A nossa dívida externa bruta em 1995 era inferior a 40% do PIB. Hoje é de 230% do PIB11) A nossa dívida externa líquida em 1995 era de 10% do PIB. Hoje é de quase 110% do PIB12) As dívidas das famílias são cerca de 100% do PIB e 135% do rendimento disponível13) As dívidas das empresas são equivalente a 150% do PIB14) Cerca de 50% de todo endividamento nacional deve-se, directa ou indirectamente, ao nosso Estado15) Temos a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos16) Temos a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE17) Temos a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos18) Nos últimos 10 anos, tivemos défices da balança corrente que rondaram entre os 8% e os 10% do PIB19) Há 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis. Em 1995, havia 630 mil. Portugal é ainda um dos países que mais gasta com os tribunais por habitante na Europa20) Temos a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (só melhor do que o México e a Turquia)21) Temos um Estado desproporcionado para o nosso país, um Estado cujo peso já ultrapassa os 50% do PIB22) As entidades e organismos públicos contam-se aos milhares. Há 349 Institutos Públicos, 87 Direcções Regionais, 68 Direcções-Gerais, 25 Estruturas de Missões, 100 Estruturas Atípicas, 10 Entidades Administrativas Independentes, 2 Forças de Segurança, 8 entidades e sub-entidades das Forças Armadas, 3 Entidades Empresariais regionais, 6 Gabinetes, 1 Gabinete do Primeiro Ministro, 16 Gabinetes de Ministros, 38 Gabinetes de Secretários de Estado, 15 Gabinetes dos Secretários Regionais, 2 Gabinetes do Presidente Regional, 2 Gabinetes da Vice-Presidência dos Governos Regionais, 18 Governos Civis, 2 Áreas Metropolitanas, 9 Inspecções Regionais, 16 Inspecções-Gerais, 31 Órgãos Consultivos, 350 Órgãos Independentes (tribunais e afins), 17 Secretarias-Gerais, 17 Serviços de Apoio, 2 Gabinetes dos Representantes da República nas regiões autónomas, e ainda 308 Câmaras Municipais, 4260 Juntas de Freguesias. Há ainda as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e as Comunidades Inter-Municipais.
22) Nos últimos anos, nada foi feito para cortar neste Estado omnipresente e despesista, embora já se cortaram salários, já se subiram impostos, já se reduziram pensões e já se impuseram vários pacotes de austeridade aos portugueses. O Estado tem ficado imune à austeridade."
"Todos os seres humanos podem ser levados por meios grosseiros ou subtis, a modificar o seu comportamento na direcção desejada pelos seus manipuladores. Mas a maior parte subestima o poder da publicidade, da propaganda e das várias formas de condicionamento de que é objecto. Ninguém gosta de reconhecer que é «intrujado» desta ou daquela maneira . O saber julgar não basta para se ficar imunizado. Ninguém poderá afirmar que os alemães, no tempo de Hitler, eram todos incapazes de julgar. O facto é que todos se deixaram levar por manipulações que desencadearam o entusiasmo das multidões." (A. Dorozynski, Quando o condicionamento se torna operante).
• Não contribui para a melhoria dos resultados fomentando antes a degradação do ambiente de trabalho;• Constitui um ataque aos trabalhadores, vinculando-os à avaliação do desempenho, mas não aos dirigentes e membros do Governo, que podem incumprir sem que lhes aconteça o que quer que seja;• Sujeita os trabalhadores a um sistema de quotas irracional e sem qualquer responsabilização do Governo que, até hoje, não publicitou qualquer levantamento com resultados susceptíveis de serem questionados;• É a total opacidade de um sistema absolutamente iníquo e que tem efeitos demolidores nas carreiras dos trabalhadores.